À medida que o sol começava a se pôr e o dia chegava ao fim, Serena pegou seu celular e discou o número de sua mãe. O telefone tocou algumas vezes antes de ser atendido, e Serena prendeu a respiração enquanto esperava ouvir a voz familiar do outro lado da linha.
"Alô?" A voz de sua mãe soou distante e cansada, como se estivesse perdida em algum lugar além do alcance de Serena.
"Mãe, sou eu", disse Serena, tentando manter a calma em sua voz. "Só queria saber se está tudo bem. Você parecia um pouco distraída esta manhã."
Houve uma pausa do outro lado da linha, e Serena pôde ouvir sua mãe suspirar suavemente. "Estou bem, querida. Apenas um pouco cansada, acho. Não se preocupe comigo."
Serena queria pressionar mais, queria exigir respostas para suas perguntas não respondidas, mas algo em sua voz a deteve. Sua mãe estava escondendo algo, isso era óbvio, mas Serena sabia que não poderia forçá-la a revelar seus segredos antes que estivesse pronta.
"Está bem, mãe", disse Serena, resignada. "Só queria ter certeza de que você estava bem. Te vejo em casa mais tarde, tudo bem?"
Sua mãe concordou, e Serena desligou o telefone com um suspiro pesado. Ela sabia que não resolveria nada naquele momento, mas também sabia que não podia desistir. Ela era filha de sua mãe, afinal de contas, e havia uma determinação feroz dentro dela que se recusava a aceitar o desconhecido.
____________________________________
O brilho amarelado das luzes da cidade diminuía gradualmente enquanto Serena dirigia pelas ruas silenciosas, seu carro cortando o ar noturno com uma suavidade reconfortante. O plantão no hospital havia sido exaustivo, mas ela finalmente estava a caminho de casa, ansiosa para se entregar ao calor de sua cama e deixar os eventos do dia para trás.
No entanto, o destino tinha outros planos.
Enquanto virava a esquina em direção à rua onde morava, Serena viu algo que fez seu coração pular uma batida. Um vulto humano, pálido e nu, surgiu do nada e atravessou a rua diante de seu carro em um movimento desesperado e desordenado. Antes que Serena pudesse reagir, foi tarde demais.
O som ensurdecedor de metal contra carne encheu o ar enquanto seu carro colidia com o homem, enviando-o voando pelo capô e caindo com um baque surdo no asfalto. O carro de Serena parou abruptamente, o cheiro acre de borracha queimada invadindo o ar enquanto ela lutava para recuperar o fôlego e entender o que acabara de acontecer.
Com as mãos tremendo, Serena desligou o motor do carro e saltou para fora, ignorando a dor aguda que se espalhava por seu corpo. O homem estava caído no chão, imóvel e aparentemente inconsciente, seu corpo coberto de cortes e contusões que pareciam ter sido infligidos recentemente.
O coração de Serena batia descontroladamente em seu peito enquanto ela se ajoelhava ao lado do homem, suas mãos indo instintivamente para verificar seus sinais vitais. Ele ainda estava vivo, mas mal. Sua respiração era superficial e irregular, e havia um brilho de dor em seus olhos quando ele finalmente se moveu, voltando à consciência.
"Meu Deus, você está bem?" Serena perguntou, sua voz trêmula de choque e preocupação.
O homem piscou lentamente, seus olhos azuis turvos focando-se nela com dificuldade. "Água..." foi tudo o que ele conseguiu articular, sua voz um sussurro rouco.
Sem hesitar, Serena correu de volta para o carro e pegou uma garrafa de água que estava no porta-malas. Ela voltou rapidamente e ajudou o homem a se sentar, segurando a garrafa enquanto ele bebia com avidez, a água escorrendo por seus lábios rachados e garganta ressecada.
"O que aconteceu com você?" Serena perguntou, sua mente girando com perguntas não respondidas.
O homem balançou a cabeça, uma expressão de dor passando por seu rosto angustiado. "Não... não sei. Tudo aconteceu tão rápido. Eu estava... fugindo."
आप पढ़ रहे हैं
RED
वेरवुल्फ़Um mundo onde os lobos originais reinam supremos, guiados por seus instintos sanguinários e primitivos. As matas densas e as vastas planícies se tornam palcos de uma batalha constante pela sobrevivência e dominação. Os lobos, dotados de uma ferocida...
