27 Riflessione

18 2 5
                                    

Ethan ON

9:44 da noite e ainda estamos no hospital

Thomas-rapazes, a Tryna ligou agora e nós precisamos entrar em reunião para acertarmos a data da entrevista-diz 

Tryna é a nossa agente

Ethan-vocês podem ir. Eu vou cuidar das coisas por aqui-digo

Damiano-não, eu fico-rebate

Ethan-você precisa ir. Tu és o frontman da banda. Precisas estar lá-ressalto

Damiano-tens um ponto

Ethan-além do mais, fui eu quem causou todo esse caus-digo-e é meu dever ficar aqui

Thomas-ela tá ligando de novo-diz mostrando a tela do celular-acho melhor a gente ir-diz

Damiano-tá bom-diz-nós voltamos amanhã Ethan-diz saindo 

(...)

Passaram-se mais  horas e nem sinal da Abebi acordar. Já são 00:30 e essa ansiedade tá me matando por dentro.

O médico nos deu aval paea entrar e ver como ela estava. Criei coragem e fui até ao quarto. Mesmo sabendo que ela está desacordada, ainda assim fico com receio na hora de entrar. Será que eu tenho ao menos o direito de entrar aqui?

Reúno minas forças e coragem e entro no quarto.

Vendo Abebi deitada nessa cama e desacordada, com essa roupa de hospital e entubada desse jeito me fez reflectir o porquê de eu não gostar dela. O cabelo dela ainda está solto, bagunçado nessa juba, chega até a ser bonito. Me aproximo mais e me sento na beira da cama.

Ethan-oi...-digo envergonhado mesmo sabendo que ela não me ouve-sou eu, o merdinha que te colocou nessa situação-disse pois é assim que ela me chama-a beira da morte. Me perdoa. Eu não sabia que você era alérgica a uvas. Eu acabei de descobrir. Achei que você só não comesse por capricho, por isso que coloquei lá para você comer. Porque eu queria provocar você, não te mandar para as emergências Abebi-digo segurando a mão dela

Eu tô falando e observando ela faz um tempinho. Ela tem algo único. Algo que você não encontra em qualquer pessoa. Ela é africana, o que eu esperava?

Pelo pouco que eu via sobre África na internet e televisão, eram só lugares sujos, com situações precárias. Mas nesse tempo que eu tive um contacto mais próximo com alguém de lá, notei que na verdade não era só aquilo que as pessoas vêem e dizem.

No primeiro dia que vi ela no show,  vi ela de longe, algo me chamou a atenção. Porém não liguei. Era só mais uma fã nossa que estava no meio daquela multidão que logo se iria embora. Mas para a minha surpresa Damiano apareceu com ela naquela noite, na nossa van.

Eu observava cada detalhe nela.  Reconheço que tenho uma tendência muito feia ne nunca gostar de alguém de primeira. Mas eu gosto disso, pois é sempre bom desconfiar das pessoas. Você não sabe quem é quem. Imagina se ela fosse só mais uma louca que gosta de nós mas no fundo no fundo sei lá, só quisesse se aproximar de nós e em seguida nos envolver num escândalo só pra ganhar fama?

Mas pelos vistos ela parece ser diferente. Não só na aparência. Essa aparência que ela tem. Uma pele acastanhada, um cabelo diferente, um tipo que por aqui não se encontra. Crespo e enorme. Que chama atenção de qualquer um na rua. Baixa, falastrona, olhos grandes e de cor castanho claros e lábios levemente rosados.

Uma voz me tira dos meus pensamentos quando entra na sala

Doutor-você é o namorado dela?-pergunta-eu espero que sim, porque eu pedi uma ficha que tem falha nos gráus de parentesco. Só tem mãe e esposo-falou

Ethan-eu n-ia reponser que não, até ele me cortar

Doutor-por favor assine aqui e coloque seu número de celular. Eu preciso levar logo a ficha. Tenho que ir logo pra sala de emergência-falou apressado

Ethan-é claro-tomo a ficha e a caneta das mãos dele e assino: "Ethan Torchio" e em seguida coloco meu número de celular-aqui senhor-entreguei

Doutor-pbrigado-diz e sai da sala com pressa

Isso ainda vai dar merda

Trastevere|MåneskinOnde as histórias ganham vida. Descobre agora