13. OPERAÇÃO RESGATE

Start from the beginning
                                    

—  temos uma semana para trazer os semideuses para cá, ou seja, essa missão tem que ser perfeita

— como vamos entrar na escola? Nem estudamos lá, com certeza vão desconfiar — pergunto

— é para isso que usamos a névoa — a gatinha diz

— exatamente, Quíron usou a névoa para que achem que estudamos lá. Agora só falta nós descobrirmos quem são eles e fazer amizade — Grover diz totalmente convencido

— não tem como a névoa fazer isso não? — ele balança a cabeça dizendo que não — que merda hein, a sorte é que eu sou uma pessoa extrovertida

— sorte? — Clarisse diz sarcástica

— disse a garota que me ama tanto, que vive me seguindo. Assume logo que gosta de mim — rio e ela fica totalmente séria

— vocês vão ficar nisso a viagem inteira? — eu e Clarisse balançamos a cabeça — a viagem vai ser longa.

Assim que chegamos em Westover Hall, sinto o meu corpo estremecer e meu coração disparar. Que lugar sinistro, ainda não entendo como tem dois semideuses aqui dentro. As portas de carvalho se abriram rangendo e nós três entramos no gigante saguão aterrorizante. O lugar era imenso. As paredes cinzas, eram revestidas por estandartes de batalha e vitrines com armas: rifles antigos, pistolas que provavelmente são do tempo dos reis, machados velhíssimos, tudo naquele lugar era exatamente uma ameaça.

— que lugar tenebroso, tem certeza que estamos no lugar certo? Este lugar me causa calafrios — Grover diz nervoso

— achei super interessante — Clarisse analisa as armas  e eu lanço um olhar de desaprovação

— achei esse local muito meia boca, nem parece de verdade essas armas — dou de ombros depois que vi que não era nada demais— já vi maiores

As portas se fecharam atrás de nós, fazendo um barulho estrondoso. Grover e Clarisse pularam de susto, enquanto eu morria de rir deles. Caminhamos pela outra direção do saguão, depois de dois minutos ouvimos passos.

— ai meus deuses, vamos morrer — ele entra em desespero

— não vamos morrer Grover, se controla — digo passando a mão na cabeça

— não vamos morrer — Clarisse pega a sua espada na mochila — vamos lutar contra essa coisa

— guarda essa espada, sua maluca. Temos que ser resolver isso pacificamente — esfrego as minhas têmporas — era só o que me faltava

Um homem e uma mulher saíram das sombras para nos interceptar. Ambos tinham cabelos grisalhos curtos e uniforme preto com debrum vermelho, no estilo de militar (que por sinal era feio demais). A mulher tinha um leve bigode, uma cara azeda,cabelos loiros presos a um coque. Já o homem,ele tinha uma cara estranha, o seu olhar não me passava confiança, já não fui com a cara dele. Os dois caminhavam rígidos, como se tivessem cabos de vassoura presos às costas com uma fita adesiva.

— então? — perguntou a azeda — o que estão fazendo aqui?

— estamos olhando essas armas antigas — pensei na primeira coisa que veio na minha cabeça

— Ora! — interrompeu o homem, me fazendo tomar um susto —  vocês sabem que alunos não podem ficar aqui

— mas não resistimos, precisávamos ver de perto essas magníficas armas históricas — Clarisse diz e eu e Grover olhamos desconfiados. Desde quando ela fala assim? Quem é essa pessoa e o que ela fez com a Clarisse?

— sei — ele não engoliu muito bem essa história não, mas a mulher sim. Ele faz um movimento para seguirmos ele — vamos

Fomos levados para o refeitório, os professores nos deixam aqui e somem de vista. O lugar era enorme e estava totalmente cheio, tinha uma cantina e várias mesas. As cores eram iguais as do saguão,um cinza horroroso. Quem é que sente vontade de comer em um lugar desses? Parece um enterro esse refeitório.

— o cheiro daqui é delicioso — Grover diz e logo a sus barriga começa a roncar

— as cores daqui são horríveis — digo indignada

— vamos comer, estou morrendo de fome — a morena diz

Entramos na fila da cantina,que era gigante igual a fila do sus. Demorou uns 5 minutos para chegar a nossa vez, e eu demorei mais uns 2 para escolher o que comer. Não tinha nada "comível" naquele lugar, era cada gororoba que eu me senti uma detenta. Resolvi optar pelo sanduíche natural, pois nem morta eu comeria aquele purê de batata todo mal feito com ervilhas. Quase todas as mesas estavam cheias, menos uma que tinha uma menina e um menino. A menina tinha grandes cabelos escuros, tinha pele morena e usava um gorro verde, e o menino era a cópia da irmã e estava com uma coleção de cartas. Me perguntei se ele fazia aquela brincadeira de bate na carta até ela virar.

— oi, podemos sentar aqui? — sorrio para deixar uma boa impressão sobre mim

— ah, claro — a menina sorri de volta e nós nos sentamos

— vocês são novos? — o menino pergunta

— não, é que sempre ficamos nos escondendo pelos corredores — Grover arregala os olhos após sentir o cheiro de semideuses vindo dos dois irmãos — qual é o nome de vocês?

— eu sou Bianca Di Angelo, esse é o meu irmão Nico Di Angelo — ela diz apontando para o seu irmão — e vocês?

— eu me chamo Dandara, esse é o Grover e essa com cara de Bulldog raivoso é a Clarisse — o sátiro acena para eles e a morena me dá uma cotovelada — qual é a idade de vocês?

— eu tenho 12 e o Nico tem 10

— que coincidência, a gente também tem 12 — disse mentido para me enturmar. Vou fingir que não temos 12 anos em cada perna, só o Grover tem 12 de cadeia. — podemos andar com vocês? É que a gente resolveu tentar se enturmar, faz muito tempo que ficamos isolados.

— claro — ela e o irmão dizem ao mesmo tempo

HERMES DAUGTHER ||Clarisse La RueWhere stories live. Discover now