CAPÍTULO 11 - E ASSIM ELA SE FOI.

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Todos ficaram chocados, Peter até deixou um copo cair no chão. Amanda veio correndo até mim e segurou as minhas mãos:

- Como você sabe? Eles já estão distantes, os amigos de Dorian vão conhecer ela hoje?

- Bem, eles já conheceram ela no parque, mas não viram ela atuar.

- Ai meu Deus!- murmurou Peter, passando as mãos pelos cabelos- Já, já a bichinha vai cumprir a sentença dela.

- E mais...

- Ainda tem mais!?- exclamou Brianna, perplexa- O que esse loiro do tchan aprontou dessa vez?

- Ele pediu um retrato meu.

- Eu não acredito, ele está de brincadeira né!?- disse Amanda, agora pondo a mão na cintura- Sophia, mais cedo ou mais tarde você vai ter que ir embora pra outro lugar, isso enquanto a máquina do tempo não fica pronta.

- Eu já pensei nisso, só que eu não sei pra onde ir.

- Eu sei- disse a voz de Edward, ele havia saído do escorregador que dava para o esconderijo e se aproximou- Você pode morar no esconderijo atrás da penteadeira.

Eu imediatamente sorri, estava tão óbvio e eu nem percebi:

- Mas...- disse eu, depois para pensar nos detalhes básicos- Como vou sair para comprar comida, ou procurar um emprego?

- Bom, por enquanto você pode viver com a gente- disse Amanda, agora descansando o braço no meu ombro- Você é membro da Associação esqueceu?

- É...eu sou.

E assim, eu fiquei conformada e feliz com a minha nova realidade, o jeito era conseguir paciência para esperar a máquina do tempo.
◇◇◇
Após o meu passeio na Associação, eu fui para casa. Eu estava acompanhada de Amanda, e durante nosso passeio, eu fui contando a ela como estava sendo a minha semana na casa de Dorian, que eu acho que vocês já sabem como está sendo.

É então que eu contei do último acontecimento para Amanda, que ficou toda vermelha de vergonha:

- Nossa, Sophia como é que você não ouviu nada?- perguntou Amanda, com uma risada- Você ficou de porta trancada ou coisa do tipo?

- Acho que não consegui ouvir, porque as paredes daquela casa são abafadas.

- É verdade tem esse detalhe- notou Amanda, com um ar reflexivo- E ele tentou te contar alguma coisa sobre?

- Mulher, você nem precisa imaginar, porque ele tentou.

- Tentou?- exclamou Amanda, surpresa- Mas como assim tentou?

- Ele tentou, mas eu acabei barrando ele- disse eu, Amanda franziu o cenho com um ar mais confuso- É...eu contei a ele que eu sabia o que ele estava fazendo.

- Ave Maria, Sophia!- exclamou Amanda, horrorizada- Você devia ter se feito de desentendida ou algo assim.

- Ué, porque?

- Porque isso vai servir de argumento pra alguma maldade dele contra você!- alertou Amanda, me deixando reflexiva.

Eu estava lascada, mais um passo e eu estava na mira do palhaço...mira do palhaço? O que eu quis dizer com isso? É...bom, resumindo, eu estava frita! Lascada, acabada! Agora eu preciso de um plano para me safar de alguma tramoia dele.
Quando nos aproximamos da porta de casa, eu bati na porta, mas ninguém atendeu. É então que Amanda me cutucou e apontou para a campainha:

- Você nunca viu essa campainha não?- questionou ela, com uma sobrancelhas erguida:

- Na verdade ela nunca me foi mostrada.

ASSOCIAÇÃO DOS CASOS LITERÁRIOSWhere stories live. Discover now