CAPÍTULO 1- O NOVO EMPREGO DE SOPHIA.

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Em um apartamento comum da cidade de Londres, vivia uma jovem moça de cabelos loiros, platinados e quase brancos. Seu nome era Sophia Brooks, que no caso...sou eu.
Daqui à quinze minutos a minha vida vai mudar e eu terei um novo emprego que vai valorizar a minha profissão como escritora, que no caso é jornalista investigativa. Estou tão ansiosa para iniciar nesse novo emprego, irei me sentir como Nellie Bly ou talvez como Sherlock Holmes! Eu amo essa ansiedade, vocês não?

- Sophia Brooks!- chamou a voz do meu chefe, provavelmente ele estava me procurando- Sophia?

- Aqui! Doutor Paulo não é?

- Sim, exatamente- disse Paulo, agora apertando a minha mão- Venha, entre. Desculpe a demora também, estou empenhado em uma coisinha.

- O quê exatamente?- questionei, com o cenho franzido, quando entrei vi uma cápsula de vidro no tamanho de um guarda-roupa, com um kindle conectado à um bastão que tinha alguns botões do lado- É um closet?

- Ah não, Sophia, é uma máquina do tempo.

- Uau! É pra um trabalho científico, se eu não me engano.

- É...um pouco disso- disse Doutor Paulo, um pouco desconfortável, será que eu devia ter perguntado aquilo?- Mas logo, logo podemos demonstrar, só vou ao banheiro. Enquanto isso, você poderia digitar no kindle um exemplar de O Retrato de Dorian Gray.

- Ah sim, claro, escolha legal!- disse eu, agora indo até o kindle e fazendo o que ele pediu.

De repente, a cápsula de vidro, ou melhor dizendo, a máquina do tempo. Fez um barulho incrivelmente estranho, e uma luz cinza subiu e desceu a cápsula:

- Doutor Paulo?- chamei, agora olhando para trás meio assustada- Doutor Paulo?
- Senhorita Brooks, não se preocupe- disse Doutor Paulo, com uma voz tranquilizadora- Ela não vai fazer nada.

- Ah bom- disse eu, agora me sentando perto da mesa de ferramentas- Bom, o que vou fazendo agora?

- Vamos responder algumas perguntas que você vai fazer- disse ele, agora sentando-se a minha frente- Bom, pode fazer.

Eu pigarrei, e peguei meu celular, já que eu anotava tudo lá. E assim comecei a fazer as perguntas.

Havia anoitecido, e nós já havíamos terminado a nossa entrevista que foi sobre o processo de criação da máquina.
Nós havíamos conversado sobre o objetivo da função da máquina e para quê ela iria servir. Que no caso era para que as pessoas pudessem ter a oportunidade de conhecer seus personagens e talvez conhecer os autores das obras, já que a máquina também podia se conectar com biografias.

Quando eu voltei para casa, eu estava bem exausta e logo coloquei meu pijama da Minnie pra poder assistir uns filmes e ir dormir.

No dia seguinte, eu acordei com a voz da minha mãe dando risadas e outra voz masculina. Eu esfreguei os olhos e me sentei na cama, afastei o cabelo do rosto e fui para o banheiro lavar o rosto:

- Sophia!- chamou a minha mãe, assim que ouviu a torneira do meu banheiro ser ligada- Sophia você precisa conhecer o Dorian!

- DORIAN!?- exclamei, agora em completo choque.

Imediatamente coloquei um sutiã, já que havia um homem na minha casa. E coloquei um casaco para que não ficasse nada de chamativo aparente (ah Sophia porque você está fazendo isso? É a lei da sobrevivência feminina, querida, o que eu posso fazer?)

Desci até a cozinha e encontrei o nosso visitante que estava bebendo do meu leite favorito. Ele olhou para mim e parecia que aqueles olhos azuis iriam me comer de tão penetrantes que eram, seus cabelos eram loiros e iluminados como uma ilustração do deus Apolo; e sua pele era perfeita! O que ele passava? Preciso da dica:

- Ei, eu conheço você?- eu questionei, com o cenho franzido, já que ele parecia muito familiar:

- Não, eu nunca vi você- ele respondeu, com um sorriso amigável, Uau! Será que ele usou aparelho também? -Aliás, sua mãe falou muito da senhorita, disse que és encantadora e não mentiu.

Minha mãe deu uma risada e deu um tapinha no ombro dele, fazendo-o rir timidamente:

- Valeu mãe!- disse eu, olhando para ela- Será que podemos saber o nome do nosso novo amigo?

- É Dorian Gray- quando ele respondeu isso, eu imediatamente arregalei os olhos e fiquei boqueaberta:

- Oi!?

ASSOCIAÇÃO DOS CASOS LITERÁRIOSWhere stories live. Discover now