- Não que seja da conta de alguém, mas não estou dormindo com ninguém. Está assim por causa disso? - Um sorriso tomou os lábios do lorde. - Nenhum ômega está me atraindo ultimamente, exceto um, que está se fazendo de difícil ao extremo. Estava com ciúmes?

- Para sentir ciúmes, é essencial nutrir algum sentimento positivo por você, e honestamente, meu único sentimento é de repulsa. Embora digam que os alfas tendem a ser mais perspicazes que os ômegas, parece ser uma calúnia, já que o óbvio parece escapar de vocês. Esses rumores estão prejudicando minha reputação; não me importo com suas atividades amorosas, apenas mantenha-as longe do ouvido do povo.

- Rumores são apenas especulações infundadas. Não estou mentindo; faz semanas que não saio com ninguém. Pensei que estivesse claro que estou levando isso a sério. Madara está me monitorando; qualquer desrespeito ou sinal de traição é o bastante para ele pensar que nosso casamento já está em ruínas, e acredite, sexo não é uma prioridade no momento. Mesmo que eu não tenha planos de dispensá-lo, caso tenha essa intenção...

- Você é repulsivo. - Murmurou, cobrindo o rosto levemente corado com as palavras diretas dele.

Enquanto Obito estava prestes a persistir com as implicâncias, Sasuke surgiu com pastas em mãos, indicando que poderiam finalmente partir.

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A mesa estava meticulosamente organizada, com pratos dourados, talheres bem posicionados e um lenço preto sobre a cadeira fofa. Um banquete estava disposto no centro, como se aguardassem uma grande família, apesar de serem apenas três - Deidara, Madara e Obito. Presumivelmente, deixaram Sasuke para trás, enquanto Itachi lidava com assuntos importantes. Momentaneamente, apenas os três estavam presentes.

Algumas velas foram acesas, e quando o Uzumaki pensou em servir-se, uma das empregadas fez isso por ele, repetindo o gesto para Obito e Madara. No entanto, o loiro impediu, negando com um aceno.

- Eu mesmo posso fazer isso. - Forçou para tirar o prato das mãos dela, que imediatamente olhou para Madara, como se esperasse uma confirmação para ceder; o mais velho apenas assentiu.

- Nosso modo de viver é visivelmente diferente do seu clã, o que é compreensível. Costumamos deixar que as empregadas nos sirvam e façam o trabalho delas. Em algum momento, deve se acostumar com isso. - O ômega engoliu em seco, não ousando erguer os olhos para o Uchiha mais velho.

- Não gosto que façam tudo por mim. Posso muito bem mover minhas mãos e servir a comida, senhor Uchiha.

- Pode me chamar apenas de Madara, afinal, estamos prestes a unir nossas famílias. Sem formalidades. - Um sorriso sinistro surgiu nos lábios do homem. - Já que entramos nesse assunto, tomei a liberdade de decidir uma data, visto que ambos parecem não estar preocupados com isso. Será daqui um mês.

- O quê? ‐ Obito finalmente se manifestou, levantando seus olhos negros até o pai - Não abrirei mão de escolher a data do meu casamento. E Deidara, tenho certeza de que não quer que seja tão rápido quanto está sugerindo.

- Infelizmente, essa decisão não está em suas mãos. Seu dever é outro, e percebo que demonstra incompetência até nisso, então, eu decido. - Afirmou com firmeza, respirando fundo antes de desviar seu olhar para Deidara, que mal havia tocado na comida em seu prato. - No entanto, você pode opinar sobre como quer a festa, afinal, ômegas costumam decidir, e meu filho não pode perder tempo com decorações.

Deidara respirou fundo, optando por não discutir no momento; apenas assentiu. Então, algo surgiu em sua mente. - A cerimônia será no castelo dos meus pais. Eles se casaram lá, meus avós... a linhagem toda segue as tradições, então eu desejo que seja feito lá. Tudo bem, Obito? - Ficou evidente no tom de voz do loiro que ele estava aderindo ao jogo de poder de Madara, excluindo totalmente opiniões alheias.

𝙇𝙖𝙘̧𝙤𝙨 ✝ {𝑶𝒃𝒊𝒅𝒆𝒊} Where stories live. Discover now