Capítulo 49

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📍Barcelona, Espanha

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📍Barcelona, Espanha.
04:57am

Estou sentada em cima da tampa do sanitário. Lagrimas escorrem pelas minhas bochechas enquanto eu tento controlar minha respiração.

Tive um pesadelo.

Um pesadelo horrível onde eu perdia meu bebê. Onde ele partia na hora do parto. Seu rostinho angelical formado em minha cabeça era o que partia meu coração.

E ao acordar assustada, senti ainda mais tudo aquilo que me rondava todos os dias.

O medo, a angústia, a falta de pensamentos positivos. Tudo me cercava dez vezes mais.

Enquanto eu tentava chorar baixo para não acordar Gavi e não o preocupar eu rezava baixo. Eu orava para que Deus fosse generoso e deixasse meu bebê sobreviver e ter uma vida incrível na terra.

Nunca fui uma garota de frequentar a igreja ou estar presente na casa de Deus. Mas graças a minha vó sempre tive meus princípios de orações.

E em um momento como esses, essa é a única forma que me conforta e me dá esperanças.

Eu não queria acordar gavi e o tirar de uma noite boa de sono. Ele merece descansar. Seus treinos voltaram e eu sei que ele tem cuidado o dobro de Pietra já que eu estou impossibilitada de fazer muitas coisas.

E ele não merece sofrer junto comigo. Sei o quanto ele quer assim como eu que Pietro nasça lind e saudável e sei mais ainda o quão medroso ele é em relação aos riscos que corro.

Seco minhas lágrimas pela vigésima vez na fria madrugada. Quanto mais eu pedia a Deus proteção e cuidado com meu bebê, mais eu chorava pensando o que seria de mim sem ele, se eh realmente perdesse ele.

Eu não gosto de ter pensamentos assim, mas vivendo uma gestação de risco,onde esses riscos são grandes, se torna quase impossível não ter alguns pensamentos negativos.

Suspiro pesado secando novamente meu rosto,mas dessa vez com o papel. Respiro fundo diversas vezes e acaricio minha barriga, que ainda é um volume pequeno, enquanto busco o máximo de ar possível.

Por baixo da porta consigo ver quando a luz do quarto e acesa, indicando que gavi acordou. Tudo que eu menos queria.

Apressada joguei o papel no lixo e me virei de costas jogando uma água no rosto na tentativa de tirar o inchaço. Como previsto, a porta do banheiro é aberta delicadamente e através do espelho consigo ver gavi entre ela.

Seus cabelos estavam bagunçados, ele tentava me olhar apenas com um olho aberto, acredito que por conta da luz forte. Enquanto uma mão segura a maçaneta a outra coca a lateral da sua costela.

Como pode ser lindo assim?.

Suspiro fundo sorrindo minimamente. Assim que ele se acostuma com a luz ele me encara, parecendo assustado.

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