Capítulo 17

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O grande dia chegou.

Johanna acordou com os primeiros raios de sol, tamanha a sua ansiedade.

Meredith veio trazer a água do banho e Johanna rapidamente entrou na banheira. A noiva se ensaboou três vezes, cabeça e corpo, pois queria ter a pele macia e cheirosa na noite de núpcias.

Quando Jo saiu do banho e se enxugou, ela decidiu dar uma boa olhada em seu corpo no espelho.

Era bem possível que Will gostasse, mas ainda assim ela se sentiria insegura. Seria magra demais? Os seios seriam muito pequenos? E ainda havia a questão do cabelo: apesar de todos os elogios do noivo, Jo não tinha conseguido deixá-lo crescer e passava a navalha toda semana. Já era um hábito de dois anos, e hábitos eram difíceis de perder.

Depois disso Jo recebeu uma bandeja com o seu café da manhã: um bom pedaço de queijo, pão, dois ovos fritos, leite e suco de uva.

A princesa comeu um pouco e mandou o resto de volta. A ansiedade não a deixava comer direito.
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Quando a hora do casamento estava próxima, Cersei veio e ajudou Jo a se vestir. A mãe colocou o colar e os  brincos na filha, enquanto Meredith fazia o penteado. Johanna então passou perfume e ficou deslumbrante, tão linda e cheirosa quanto poderia desejar.

— Você está linda, bem como seria próprio de uma filha minha. — Disse Cersei, que estava orgulhosa. — Pena que as pinturas demorem tanto a ficar prontas, senão eu mandaria fazer um retrato de você assim.

— Obrigada, mãe. Mas não tem problema, vou guardar o vestido no meu armário e o dia na memória.

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Johanna foi conduzida ao Septo de Baelor numa liteira. Na cidade, o povo gritava por ela e formava uma multidão fora do septo:
“A princesa! A princesa vai casar!”

Na entrada do templo, Cerion a aguardava. Como o pai tinha morrido, ele era o responsável por entregar a irmã ao marido.

O rei até estava com uma expressão amena, diferente do que Jo esperava.

— Desejo que você seja feliz. Apesar de tudo, sei que nosso primo vai cuidar bem de você. — Disse o monarca.

Os gêmeos de Cersei caminharam pelo corredor do septo de braços dados enquanto Willem, sorridente, esperava lá na frente junto com o Alto Septão.

Nos bancos estavam vários nobres menores e as famílias dos noivos, incluindo Renly, Stannis, Joffrey e Tommen, estes dois últimos obtendo permissão para virem ao evento junto com os tios.

O cheiro de incenso era bom e enchia o ar, juntamente com o cheiro das flores da decoração.

“Estamos aqui reunidos para presenciar a união da Princesa Johanna Baratheon com Willem Lannister pela graça dos Sete. Que cumpram os mandamentos da Fé e os passem a seus filhos!” — Entoou o Alto Septão, um homem alto e gordo.

Jo e Will juntaram as mãos e o sacerdote as entrelaçou com a fita dourada.

“Pai, Mãe, Ferreiro, Guerreiro, Donzela, Velha, Estranho. Eu sou dela e ela é minha. Eu sou dele e ele é meu.” Entoaram os noivos, sorrindo um para o outro.

Quando sua mão foi liberta da fita, Will pegou o manto Lannister que carregava em suas costas e o colocou sobre o manto Baratheon que Johanna trazia nas costas dela.

Agora a princesa se chamava Johanna Lannister e estava sob a proteção de Willem, que a beijou. Os presentes aplaudiram.
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Na festa que se seguiu, já na Fortaleza Vermelha, houve dança. Os músicos tocavam harpa, tambor, flauta e rabeca.

Johanna Baratheon, a Filha de Cersei e RobertWhere stories live. Discover now