25 | Confusion

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Haviam se passado alguns dias desde que contei sobre a gravidez para Jisoo. Agora ela e Taehyung sabiam, e eu estava feliz. Pelo menos agora eu tinha o apoio de alguém sobre aquela situação agonizante. Honestamente, eu ainda estava um pouco apreensiva. Eu não sabia como lidar com crianças, apesar de amar crianças. Eu não sabia se estava preparada emocionalmente para gerar um filho e criá-lo sendo mãe solo, mas eu não poderia desistir.

Após alguns dias eu me senti um pouco melhor sobre tudo o que estava acontecendo. Jisoo obrigou-me a fazer sessões de terapia, para que eu pudesse me entender melhor. As consultas diárias no hospital eram um sucesso. Assim como a minha carreira de modelo. Mas ainda havia o tormento todas as noites. Aquela carta já estava em minha mente, cada palavra eu já havia decorado, pois todas as noites eu me sentava na cama e lia.

Confesso que era um grande terror, estar presa a uma pessoa que eu não tinha a mínima noção do seu estado atual. Uma carta não me confirmou absolutamente nada, além da sua despedida, e nitidamente o fim do nosso amor.

Caminhando pela praça que eu a havia reencontrado após a viagem para Paris, me recordei de cada detalhe daquele dia. O sorriso e o amor nítido que ela dividia com a Ivy. Passo a mão pela barriga, imaginando-a com o nosso filho. Os meses em que eu o geraria. A primeira que ela o pegaria no colo. O primeiro sorriso. A primeira palavra. O primeiro passo. Cada pequena coisa, que seria grandiosa para mim. Eu queria aquela sensação.

A alguns dias eu estava com o plano de procurar Lalisa. Sinceramente eu não sabia por onde começar, mas aos poucos procurava pistas para encontrá-la. Estava até pensando em comprar uma passagem para a França, pois era provável que ela estivesse lá.

Me sento em um banco próximo a uma venda de sorvetes. Nos últimos dias eu estava fraca. Vomitando e me sentindo mal. Os efeitos de uma gravidez eram bastante complicados. Meu celular toca, então eu o pego, observando o número desconhecido.

— Jennie. — alguém chama meu nome, então ergo a cabeça.

— Elliot. — falo, jogando o celular dentro da bolsa. — Não está me seguindo, né?

— Não, fique tranquila. Estava passando e vi você, decidi cumprimentá-la. — concordei com a cabeça, percebendo que ele manteve a distância que havia sido declarada. — Como você está?

— Estou bem, levando uma coisa de cada vez. E você?

— Estou bem. Larguei a empresa.

— Não acredito. — ele ri, assentindo com a cabeça. — Você sempre dizia que não iria sair daquela empresa por nada.

— Chutei o balde. — ele ergue os ombros. — As vezes é necessário, não é? — concordei. — Mas e você?

— Continuo sendo uma modelo maravilhosa, e construindo as coisas aos poucos. — ele sorri. — Eu preciso ir, tenho um compromisso agora a tarde.

— Foi bom te ver. — concordo, me levantando rapidamente.

Caminho em direção ao carro, suspirando. Eu sentia um leve receio ao vê-lo tão calmo, tão tranquilo conversando comigo. Entro no veículo, deixando a bolsa no banco do passageiro. O celular toca novamente. Pego, observando o número desconhecido outra vez. Atendo irritada.

— Alô? — falo, franzindo a testa. O silêncio se faz presente. — Quem tá falando? — ainda em silêncio. — É melhor parar de me ligar ou eu vou denunciar.

Mademoiselle... — aquele sussurro congelou meu corpo. Boquiaberta eu estava sem fala. — Comment vas-tu?? — as lágrimas escorrem ao ouvir a sua voz.

My Sweet MobsterWhere stories live. Discover now