▶ 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝟷𝟷

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     PARA MUITOS, O DOM DE JANE ERA INFLIGIR DOR

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     PARA MUITOS, O DOM DE JANE ERA INFLIGIR DOR. Mas na verdade, tudo era muito mais do que uma simples dor sistêmica ou localizada.

     Jane Volturi era capaz de impor uma ilusão de dor. E todo o mecanismo por trás era complexo demais para qualquer pessoa entender. Estimular receptores e neurotransmissores específicos para dor no ponto ideal para que seu oponente desejasse a própria morte. E não só receptores de dor, mas também de frio e calor, para que toda a experiência fosse completa.

     E ela não podia negar, era satisfatório ver alguém — que não fosse ela mesma ou seu irmão — se contorcendo no chão. Principalmente alguém que teve a audácia de enfrentar seu mestre.

— Jane.

— Sim, mestre? — Ela disse com o sorriso adorável que só era direcionado aos seus superiores.

     Edward se levantou no mesmo instante, livre do poder da garotinha muito mais velha que ele. Alice e Bella se colocaram ao seu lado, o segurando com cuidado.

— Ele não. Ela. — Aro disse, apontando para a humana.

     Isabella engoliu em seco, fechando os olhos com força, já esperando pela dor excruciante. Um minuto. Dois minutos. As expressões de Aro se espelharam em Jane, perplexa por não conseguir lhe afetar. Não tinha como aquilo ser possível. Durante séculos ela sempre fez aquilo de novo e de novo, por que não conseguia agora?

     Estou falhando? É isso? Estou falhando com os mestres? O que essa humana está fazendo que é mais forte do que minha ilusões de dor?

     A risada de Aro e a batida de suas mãos juntas chamou a atenção de Jane, que tentou ao máximo disfarçar sua expressão de frustração para os três líderes. Mesmo Caius também estava frustrado com aquilo.

— Incrível. Ela confunde a todos nós. — Aro disse atordoado.

     Nem todos, Marcus pensou. Para ele, era mais que óbvio que aquela humana estava expressando algo que se mostraria de forma mais intensa caso virasse vampira. Era a melhor explicação, e a mais simples. O que lhe impressionava era apenas o laço que a garota e o Cullen compartilhavam.

     Ver os laços era algo muito complexo, mesmo para Marcus. Não era só uma fita ao redor deles — ele ainda se sentia orgulhoso por propagar esse pensamento romântico entre os asiáticos —, mas se o relacionamento mudasse, a cor mudaria. A aura ao seu redor teria intensidades diferentes a depender se estivessem em um bom ou mal momento. No fim, Marcus não diria, apenas mostraria, e deixaria que Aro, para quem ele ensinou a interpretação de cada variação, entendesse.

     No caso de Bella e Edward, ele via um laço restaurado com algumas pontas soltas, e a aura da garota estava mais obscura — talvez algum tormento psicológico. Mas apesar disso, o tom ainda era um vermelho vivo, e era possível ouvir o sangue de Bella clamando e o instinto de Edward lutando para se libertar.

𝐀𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄𝐂𝐄𝐑 𝐃𝐎𝐒 𝐃𝐄𝐒𝐄𝐉𝐎𝐒 | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲Where stories live. Discover now