2| Entrevistas.

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ASHLEY RAYMOND TURNER

"Eu serei a número um."

  Estava definitivamente pronta para o que der e vier, eu consegui pregar os olhos por mais de três horas essa noite, e eu dou glórias por isso.

   Eu tomei um café antes de sair de casa, e enquanto esperava Henry do lado de fora, pude notar que o clima chuvoso foi substituído por um céu azul e brisa leve.
Henry chegou rapidamente — o que não é surpresa mais.

  - Bom dia, srta. Turner. — ele disse quando eu entrei na BMW azul-escura.

  - Bom dia, Henry. — respondi com entusiasmo, enquanto fechava a porta do carro.

  - Como foi o jantar na casa dos seus pais ontem? Precisou de um motorista de aplicativo? — ele perguntou entusiasmado, me olhando pelo retrovisor como costumava fazer, e com um sorriso de canto o que lhe dava um tom jovial.

  - Foi ótimo Henry. E não, eu não precisei de um motorista de aplicativo, Kirlyle me deixou em casa.

  - Que bom então. — ele manobrava o volante com habilidade — Alguma reunião particularmente preocupante hoje?

  - Felizmente não. Mas tenho uma notícia não muito boa... — falei, hesitante.

  - O que foi?

  - Meu pai quer que eu troque de secretária, e quer que ao mesmo tempo seja minha assistente pessoal. — eu dei a mesma ênfase na palavra "pessoal" que meu pai havia usado ontem.

  - Ele deve estar querendo que faça amigos.

  - Mas você é meu amigo, Flora é minha amiga. E eu duvido muito que ele pense em mim como um ser que precise de amigos. — eu falo, observando Henry pelo espelho do retrovisor.

  - Nós somos seus colegas e funcionários. Deve ser por isso que ele quer que você possua um assistente pessoal. Para que se conheçam melhor, e assistentes pessoais normalmente acompanham seus superiores em tudo que eles forem fazer. — Henry diz, estacionando o carro em frente a empresa.

  - Eu já disse que gosto de falar com o senhor? — perguntei antes de sair do carro — Enfim, Sr. Henry, tenha um bom dia e até de tarde. — aceno para ele e adentro a empresa.

   E como de costume, sou recebida por Flora, mas ela parecia estar mais pra baixo, talvez meu pai já tenha cuspido as palavras na cara dela assim como fez comigo?

  -  Mudei os horários das entrevistas para amanhã das 14h às 16h. — ela falou, sim, provavelmente meu pai já havia se dado ao trabalho de dar essa má notícia para Flora.

  - Sinto muito Flora, eu não queria que você precisasse ir... Mas meu pai é William Turner, e fica difícil contrariá-lo. — digo para ela, entrando no elevador — Ele citou que iria providenciar um curso de administração pra você?

  - Sim, e citou que todas as despesas seriam pagas como forma de agradecimento pelo meu trabalho nesses seis meses... — ela estava completamente triste com a notícia que meu pai lhe falara.

  - Que tal saírmos para comer croissants? Mais tarde é claro... — propus, enquanto o elevador parou no 5° andar.

  - Está falando sério srta. Turner? — ela perguntou, com um tom de surpresa em sua voz — Isso não atrapalharia sua agenda?

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