𝙋𝘼́𝙂𝙄𝙉𝘼 2 !

93 12 83
                                    

" querido diário, se é que eu devia o chamar assim.
  Se alguém me perguntar como foi meu dia hoje e tentar dar uma de psicologo, eu juro que eu vou matar o filho da puta.

  'Nossa Jungwon, pra que tanto estresse? Ninguém te perguntou nada' fodasse também. Eu não quero mais estresse. E estresse tem nome, sobrenome, CPF, identidade e mora na minha casa: meus 'pais' (eles não merecem ser chamados assim)

  Desculpe, futuro(a) leitor(a), eu tenho essa mania de explodir sem explicação, mas por você, eu me acalmo um pouco (se não me acalmar, eu vou quebrar a porra dessa caneta e rasgar a caralha desse diário, então torçam pelo meu melhor estado mental, físico e psicologico. E talvez me deem um namorado.)

  Bom, não é de hoje que eu brigo com meus pais, e vou logo contar o roteiro: eles falam algo, eu retruco, eles gritam comigo, eu grito de volta, eles me espancam, eu subo no meu quarto e quebro tudo que vem pela frente, bate uma leve depressão, eu choro, durmo e depois conto 'pros meus amigos.

  E hoje... Bem, não foi tão diferente.

  O que aconteceu foi o seguinte:
Acordei.
Levantei.
Tomei banho.
Fiz uma leve maquiagem.
Fui tomar café.
Meu pai viu meu rosto.
Me chamou de bixinha.
Falei que não era porra de bixinha nenhuma.
Ele começou a gritar.
Minha mãe chegou e começou a dar moral 'pro meu pai.
Ele gritou mais.
Eu revidei.
Ele me bateu.
Depois me bateu denovo.
Me jogou no chão e me chutou.
Eu quebrei minha costela.
Xinguei eles.
Fui pro meu quarto.
Chorei.
Fiquei com raiva.
Estou escrevendo isso.

  E tudo isso por causa de um corretivo, um blush e um rímel (só não passei delineador por causa que estava atrasado) e agora, eu nunca vou chegar na escola assim. O bom é que eu tenho um amigo rico e atrasado que dirige ilegalmente, então liguei para ele.

— oi, Hee. — falei o mais calmo que podia.

oi jungwonnie, como você 'tá? Chegou na escola já? — ele estava no trânsito, deu 'pra ouvir.

— então, Hee, era sobre isso... — falei coçando minha cabeça levemente e esse movimento me deu vontade de gritar de dor. — será que, por gentileza, poderia me dar uma carona 'pra escola? Eu 'tô tipo, muito atrasado.

claro, amigo. Chego ai em 5 minutos. — falou encerrando a ligação.

  Enquanto isso fiz uma compressa de gelo em minha costela quebrada, e, sem surpresa nenhuma, quando levantei a camiseta não estava roxo: estava preto o hematoma. Uau, parabéns 'pais', vocês se superaram.

  Bom, queridos(as) leitores(as), Heeseung chegou e estou fodidamente atrasado, então vou guardar meu 'diario' e vou descer, até breve. "

 


  Chegamos na escola e corremos para a sala, bem, heeseung correu, porque com minha costela fraturada o máximo que pode foi dar rápidos – e desengonçados – passos. Chegamos na sala e pedimos licença para a professora de química que estava na sala.

  Sentei-me em minha cadeira e notei que esqueci meus materiais no armário.

— ei, Sun. — cochichei para o garoto que, agora, estava em minha frente. — me empresta uma folha e uma caneta, por favor.

não. — e logo colocou os materiais emprestados em minha mesa.

— valeu, Sunoo, te amo.

 



  Antes do intervalo, sinto alguém cutucar meu braço esquerdo, e me viro para ver quem era. Adivinhem? Park jongseong. Era um pedaço de papel mal dobrado que ele esticava em minha direção.

⊱˚𝙋𝘼𝙍𝙀𝙉𝙏𝙎 ♫  |  𝘫𝘢𝘺𝘸𝘰𝘯 Where stories live. Discover now