Tranquilidade.

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Ter tomado café ao lado de Momo era o estímulo de ânimo que Dahyun precisava para enfrentar aquele dia. Foi tão meigo aquele gesto, era impossível não se derreter com aquele carinho e a preocupação de Momo. Então, agora que ela já tinha organizado a sua casa e estava de banho tomado, ela iria se dedicar a procurar a melhor e mais confiável clínica para um exame de DNA, ela também mais tarde teria uma vídeo chamada com seu advogado.

Ela precisava ser muito bem aconselhada, entendia sim um pouco de lei e sabia que era possível que se provado que aquele homem fosse seu pai e que ele não possuía meios ou capacidade para se sustentar, ela fosse obrigada por lei a lhe pagar uma pensão. Com isso pensou em sua mãe, em parte entendia agora por qual motivo ela evitava ao máximo falar dele e nunca quis que o conhecesse. Mas outra parte estava bem furiosa pela irresponsabilidade dela.

Teve uma enorme vontade de ir até onde ficava esse maldito retiro espiritual e tirar aquela história a limpo, mas por enquanto iria ver as possibilidades. Esperava de verdade que se fosse filha mesmo daquele homem, houvesse uma chance de não ter que passar sua vida o sustentando.

Na hora do almoço, Momo estava em sua sala na prefeitura, seu pai tinha indo levar um sanduíche para ela, os dois estavam conversando. De seus pais o seu pai com certeza era o que parecia se parecer mais com ela, lógico que ele não era uma pessoa introspectiva como ela, mas era mais reservado e calado, sempre preferiu emitir poucas opiniões.

Quando Momo era criança e sua mãe tinha que fazer uma viagem ou coisa parecida e ela ficava sozinha aos cuidados de seu pai, era como tirar todo o som da casa. Os dois dividiam bem o silêncio, se entendiam muito bem nele.

– Ela é bonita. – O pai de Momo disse, desde que chegou aquela era a terceira frase que tinha dito.

– Vamos conversar hoje. – Momo disse de boca cheia e depois olhou culpada quando seu pai negou com a cabeça.

– Mas vá jantar em casa, Chaeryoung gosta... ela lida bem com seu jeito? Tudo bem pra nós, mas pode ser novo para ela.

– Você acha que Chaeryoung ficaria chateada se eu resolvesse me casar de novo? – Momo perguntou, ela ignorou a pergunta do pai.

– Você a ama? Não acha que é cedo para falar de casamento?

– Quase, não.

– Momo, Chaeryoung é com certeza a criança mais esperta que já conhecemos e compreensiva também, mas essa resposta só ela pode dar. Ela disse que se sentira bem se você começasse a namorar não é? – O pai de Momo perguntou e viu a filha assentiu. – Quando for o momento para ir adiante, saberemos, mas até lá você pode aproximar as duas. Eu tenho que ir. Estou feliz por você, assim que as coisas estiverem resolvidas entre vocês, vamos fazer algo juntos, todos nós.

Momo realmente gostou daquela ideia, mas existiam coisas mesmo para serem resolvidas, ela tinha que se lembrar de comprar flores, ou pelo menos uma pequena muda de uma flor, com certeza seria mais significativo, elas poderia plantar juntas, Dahyun iria ficar feliz.

Aquela noite ela teria finalmente calma em seu coração, sentia já que ela e Dahyun iriam sim poder recomeçar, mas ficava a dúvida se iriam voltar exatamente da onde pararam ou se iriam recomeçar do zero. Aquele pensamento ficou na mente de Momo por todo dia, só não pensou tanto naquilo quando jantou ao lado de sua filha.

Depois de passar um tempo com Chaeryoung ela se despediu e saiu da casa de seus pais um pouco mais cedo que o de costume, mas sua filha ficou empolgada em saber que ela estava indo conversar com a amiga dela, pois era assim que ela considerava Dahyun, pediu que sua mãe marcasse um sorvete com Dahyun, algo só para as duas, deu a justificativa que precisava muito de umas dicas de matemática. Mas Momo soube que era só uma desculpa.

Loteria - Dahmo - Twice. Onde histórias criam vida. Descubra agora