É preciso mergulhar na mais profunda escuridão para só então valorizar a luz.
A morte da única mulher que ele já amou envenenou a sua alma, corrompeu seu coração de ódio e rancor! Depois de perdê-la, o fio que o mantinha racional se foi, então ele...
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Anastasia
O destino tem formas estranhas de trabalhar, às vezes nós meros mortais acreditamos que temos o controle, mas basta uma ação para tudo desmoronar.
Foi assim que tudo aconteceu muito rápido uma hora eu estava dançando com o idiota do Nicolau logo em seguida com raiva das vezes que pisei no seu pé ele me arrastou para o lado de fora em direção ao jardim. Eu até tentei disfarçar para que eu pudesse ir ao banheiro para então falar com meu Jack e pegar os documentos, mas quando ele me prensou contra a parede do jardim eu já sabia o que ele queria.
Sua boca nojenta se infiltrou no meu pescoço em direção ao meus lábios eu o mordi, mas em troca ele respondeu me prendendo ainda mais com as mãos nojentas, rasgou o decote do meu vestido e em um ato rápido de defesa eu puxo a faca de mesa que estava na minha cinta liga e acerto seu pescoço.
O sangue escorre em minha mão e ele tenta soltar a faca, mas acaba caindo no chão, meu choque é tanto que não vejo ele chegando, Aslan se eu já estava ferrada antes agora acabei de assinar minha sentença de morte.
— Merda, o que eu fiz merda, eu matei ele!! — digo tremendo em puro horror olhando a respiração de Nicolau se esvair e sua vida lentamente acabando.
— Fica calma, respira! — Aslan fala se aproximando de mim.
— Eu matei ele... eu matei, ele tentou... ele tentou!!! — tento me justificar, mas eu sei que é inútil.
Ele se abaixa e checa seu pulso enquanto eu apenas choro aterrorizada.
— Eu acabei de matar uma pessoa.
Assisto quando o boss da Bratva retira o lenço do paletó e remove a faca que estava cravada no pescoço de Nicolau e a coloca no bolso.
— Respira fundo e escuta o que eu vou te dizer. — Fala olhando em meus olhos e estranhamente me acalma.
— Eu vou ser morta, eu matei um membro da máfia! — digo engolindo o choro.
— Presta atenção Anastasia, eu quero que você pegue essa chave e vá pelos fundo até o Gordon Murray T.33 azul e entre no carro e me espere lá! Eu mal entendo o que ele fala, pois meus olhos estão gravados na poça de sangue na grama, Aslan me entrega a chave e corro na direção que ele indicou sem saber o que vai acontecer com a minha vida.
Tento arrumar o decote do vestido rasgado, mas não tenho muito sucesso arranco a porcaria do anel de noivado que Nicolau me deu e atiro no chão com nojo. Desvio de alguns garçons que estão fumando no jardim e vou em direção que os carros estão.
Ao chegar no local posso ver pelo menos uns dez carros e não faço ideia do modelo que ele falou. Aperto o alarme do carro e dou graças a Deus quando as luzes piscam, caminho até ele rapidamente e entro. Fico sentada tentando pensar no que vai acontecer comigo agora.
