Resoluções

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POV Zoro

- Vocês estão a dizer que já sabem como ajudar Sanji?!- perguntaram Ussop e Nami em uníssono incrédulos

- Sim. É bastante simples, mas não temos o material necessário connosco porque um merdas decidiu destruí-las.- afirmou Ichiji sério

- Eu?- indagou Yonji confuso

- Claro que não idiota!- adverteram Reiju e Ichiji

Depois do ocorrido nas docas, reunimo-nos todos de novo na cozinha. Luffy e Yonji estavam de barriga tão cheia que ambas faziam um balão. Ambos não paravam de arrotar e de se rirem dos próprios arrotos.

Niji estava com a cabeça em cima da mesa, e com uma garrafa de saquê ao lado. Não me digas que ele bebeu até cair para o lado... Será por conta da destruição do navio?

Nami, Robin, Brook, Ussop e Franky estavam a lavar e a arrumar a loiça do banquete. Chopper já dormia. Aparentemente tinha adormecido.

Sinceramente, o clima poderia estar pior, como Luffy a brincar com a comida, ou estarem a brincar com o material de cozinha... raios... só estou a imaginar situações em que Sanji se passaria completamente e que era capaz de encher o Luffy na porrada.

É divertido de ver esses momentos, mas acho que no lugar do Luffy ou do Ussop não é assim tão engraçado.

- Aqui não temos as tecnologias necessárias para efetuar o processo, por isso precisamos de encontrar um local onde a tenha.- introduziu Reiju

- Local? Mas vocês não são um reino móvel?- indagou Robin confusa

- Verdade, mas temos sobre nossa posse algumas ilhas da Grand Line. Talvez estejamos perto de uma.- respondeu Reiju dirigindo-se até Nami com um sorriso

- Sigam-me.- falou Nami enquanto saía da cozinha

Eu sabia que ela nos ia levar para a biblioteca, uma vez que era lá onde ela tinha o mapa da Grand Line. Já sabia que ela ia começar a gabar-se dos seus incríveis dons de navegação... enfim, uma bruxa nunca deixa de ser uma bruxa.

Ao chegar à biblioteca, ela foi à prateleira dos seus mapas e tirou aquele que tinha uma borda dourada. Mapa digno do maior oceano do mundo, não é?

Ela colocou em cima da mesa e o estendeu, de forma a que fosse bem visível para todos nós. Tirou de uma gaveta da sua secretária os seus óculos e começou a analisar o mapa.

- Nós estamos aqui.- indicou ela com um dedo para onde estávamos

Não passou muito tempo desde que nós saímos dos arredores da ilha Mystoria, então é normal que ainda estejamos perto.

Nami deu espaço para Reiju analisar também o barco, de forma a que ela pudesse ver se estávamos perto de algumas das ilhas.

- Então?- indaguei já tedioso

- Temos uma ilha, mas esta fica a três dias daqui, se não me engano.- descodificou Reiju olhando para Nami

- É isso mesmo. Três dias no máximo.- confirmou Nami assentindo

- É melhor isso do que nada. Vamos então para a ilha...- disse mas não acabei porque mal

- Ilha Porto Chibaralta. Anteriormente sobre proteção do Barba Branca mas nós demos uma nova vida e um novo suporte a essas pessoas.- falou Reiju de braços cruzados

- Pergunto-me se os nossos conceitos de "nova vida" e de "novo suporte" são iguais...- murmurei baixinho

Pensei que ninguém tinha ouvido, mas logo Reiju lançou-me um olhar mortífero. Arrepiei-me todo ao recebê-lo. A minha cunhada é assustadora ás vezes.

- Yosh!- falou alto Nami ao dirigir-se para a porta da biblioteca e ao abrir a porta.- MUDAR RUMO PARA ESTE!

Assim que ela dá uma ordem de navegação, qualquer um pega no lemo e faz o que ela mandar. Normalmente seria Luffy, errando primeiro no sentido e depois de ser advertido por Nami, ele virava para o sentido correto, mas ele está naquela situação com Yonji, então quem será desta vez.

Apareceu Ussop. Boa. Ao menos ele sabe as direções melhor do que Luffy...

POV Sanji

Ao percorrer a luz branca, não apareceu nada mais e nada menos que Luffy apoiado no parapeito do Baratie, virado para o mar a observá-lo. Ele deu pela minha presença e logo lançou-me aquele sorriso enorme.

- Sanji! Já te decidiste?- indagou ele virando-se para mim

- Decidir o quê?- perguntei confuso

- O que temos andado a falar este tempo todo...- falou ele desapontado.- Vens comigo, não é?

Ah... estou naquela época em que Luffy me convida para entrar no seu bando? Que interessante cenário... não imagino o que aconteceria se eu não aceitasse a proposta dele... mas na situação onde estou, isso não é opção. Eu quero voltar para o bando, eu quero ver o Zoro de novo... quero voltar para a minha aventura em busca do All Blue... mas...

- Luffy... porque me escolheste? Sou só um cozinheiro do mar com sonhos que mal tem a certeza se poderão se realizar. Para todo o lado onde vou, só trago problemas... vais acabar por te fartar de mim, sabes? Não sou tão forte como pareço... sou capaz de ser o mais fraco de todos do teu bando, e mesmo assim... PORQUÊ EU?!- berrei de frustração

Assim que terminei de falar, Luffy não hesitou em socar a minha cara. Foi com tal intensidade que me fez virar a cara e ficar cabisbaixo... desgraçado... não é por me bateres que eu vou mudar de ideias...

- Cala a boca Sanji. Se eu te escolhi, é porque vens comigo. És meu nakama. Não importa quantos problemas tenhamos que enfrentar por ti, nós enfrentaremos. Somos como uma família. Protegemo-nos uns aos outros, né?- respondeu Luffy com um sorriso

Começaram a escorrer lágrimas no meu rosto. As minhas pernas fraquejaram, e eu caí no chão, chorando bem à frente do Luffy. Luffy desencostou-se do parapeito e veio me abraçar com um sorriso no rosto.

- Luffy... eu realmente quero... eu quero ir com vocês... quero continuar nesta aventura convosco... quero continuar a cozinhar e a sorrir convosco...- disse entre soluços e lágrimas

Luffy largou-me. Ele tirou o chapéu de palha da sua cabeça e colocou na minha. Eu fico ridículo com esse chapéu, mas ele carrega uma extrema importância, não só para Luffy mas como em representação do bando.

Luffy sorriu de novo e estendeu-me a mão.

- Vamos sem medos, Sanji!- convidou Luffy alegre

Eu logo sorri. Limpei as minhas lágrimas e segurei na mão dele, fazendo com que ele me puxasse. Não havia nenhum navio à frente... apenas um mar azul e cintilante.

Luffy continuava a puxar-me. Ele empurrou-me para a água, e logo caí nela, afundando cada vez mais até encontrar a sua profundidade...

The real n°3 (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora