Soldier

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P.O.V Candice Susan Johnson Bieber

O calor consome meu corpo como chamas vivas.

Há chamas por toda parte, queimando intensamente que as vezes se torna difícil de respirar.

-Quem foi o desgraçado que acendeu uma fogueira perto daqui?

Henry arqueia as sobrancelhas, pensando. - É sua casa.

Engulo seco, me retraindo rapidamente. - Isso é sério?

-Sim.

-Você poderia mentir as vezes.

-Isso ajudaria em algo?

-Não.

Quando acordei essa manhã, tive que gritar tão alto para que Henry pudesse me ouvir e quase quebrar a porta para invadir meu quarto.

Não conseguia levantar

Me esforcei muitas vezes para conseguir um movimento sequer, mas a barriga grande me impedia de fazer um movimento simples

Vi um vislumbre do sorriso irônico de Henry em seu rosto antes que suas mãos me ajudassem a levantar.

Lamento dizer que ele não quebrou a porta, mas quebrou as dobradiças.

Olho para Henry enquanto ele olhava para o horizonte, ou até mesmo mais além que isso.

Apoio uma tigela de cereal na barriga, a usando como ajuda. - Quando Justin aparecer, preciso que você desapareça antes. - Sussurro, trazendo a colher para perto da minha boca.

-Traidores merecem morrer.

Fico com suas palavras na minha mente o resto do dia, não consigo me concentrar em mais nada. Não haveria aulas hoje, Viktor e Nathaniel estavam na propriedade.

Não os vi o dia todo, apenas no jantar, onde meu pai fazia questão que jantássemos juntos.

Ir dormir não era uma opção, achei um canto confortável debaixo de uma arvore onde me sentei em uma cadeira que arrastei até lá.

Henry é como uma sombra quando sai da propriedade escura e caminha até mim, ele dispensa os outros seguranças com suas ordens em russo. Se coloca ao meu lado, mas se mantem em silencio.

-Não quero que você morra. - Sussurro, olhando para qualquer lugar menos para ele.

-Por quê?

-Você merece morrer, não há dúvidas disso. Mas não quero que você morra, da mesma forma que não desejo que Abruzzi morra também.

-Uma hora o preço de minhas traições virá até mim

-Não deixe que elas te peguem, não é meu desejo vê-lo morto.

-Por quê?

-Apenas não, Henry.

Finalmente o encaro, já encontrando o seu olhar sobre mim.

-Não quero que você morra, Henry. Não quero pensar nisso.

Sustentar seu olhar é demais para mim, por isso desvio. Não quero encará-lo ou sequer pensar na possibilidade de não o ter mais aqui.

Henry merecia morrer, eu deveria matá-lo, a vingança gritava dentro de mim toda vez que pensava em Ethan e o quanto sentia sua falta. Por conta de Henry, não tinha mais ele ali. Nem Lincoln.

Ficamos em silencio até que meus olhos pesem, ele leva a cadeira de volta para seu local de origem e eu vou para os meus aposentos.

No dia seguinte, ele me acorda cedo. Tomamos café na sala de jantar onde acontecia nossas aulas, afastamos os talheres, copos e pratos para o lado para que ele pudesse colocar o mapa em cima da mesa.

Criminal Blood 2 - Tudo pelo PoderWo Geschichten leben. Entdecke jetzt