Criminal Blood 2 - Tudo pelo Poder

The Romanov's

P.O.V Candice Johnson Romanov  

O medo te impossibilita

Essa é a única definição do que a palavra 'medo' significa.

O medo não te faz criar coragem e faz voce lutar pelo o que voce quer. Pelo contrário, o medo te impede de viver os seus sonhos e de se arriscar.

O medo é a morte

Encaro novamente a vista da minha janela, levo minhas mãos até as grades fortificadas e tento avistar algo além dos enormes muros que bloqueavam minha visão daquela enorme propriedade.

Estávamos longe, muito mais distante do que eu pensei

A mansão que estávamos era fortificada e protegida com muros enormes que tampavam minha visão do que havia por fora, de qualquer vida que se esgueirava por ali perto.

Aquele lugar foi criado para manter algo dentro e nunca o deixar sair

Encaro a câmera que instalaram no meu quarto pela decima vez em apenas cinco minutos, a vontade de levantar o dedo do meio era maior, mas eu já tinha aprendido a minha lição.

O ferimento na minha perna se curava com lentidão, eu ainda tinha dificuldade em andar

A porta é destrancada, Henry passa por ela calmamente, ajeitando o seu terno. - Voce não está comendo. - Observa o prato intacto na minha frente.

-Voce colocou droga na minha comida.

-Farei de novo se for preciso. Agora, coma.

Me aproximo do prato, o segurando com firmeza enquanto o encaro. Em instante, o prato é arremessado em sua direção.

Henry faz um barulho com a boca, passando seus dedos pelo seu rosto. - Não sou eu que estou carregando gêmeos, Candice. Quem sofre não sou eu, quem sabe voce se lembre disse quando passar as próximas horas morrendo de fome.

Ele sai, batendo a porta com força.

Me encosto na cabeceira da cama, refletindo sobre a minha atitude.

O odio que eu sentia por Henry ia além dos meus pensamentos e da minha racionalidade, e se eu não começasse a jogar o seu jogo, minhas meninas sofreriam com isso.

Eu precisava ter um plano, precisava de um planejamento, porque se houvesse qualquer falha mínima da parte deles, eu não pensaria duas vezes em fugir.

Continuo encarando os muros, tentando criar um plano em minha mente para fugir daquele lugar

A verdade é uma só, eu nunca sairia dali. O ferimento na minha perna foi bastante claro: minhas tentativas de fuga teriam punição, eu estando gravida ou não, a punição era uma certeza

Eu fecho os meus olhos, lutando contra o sono. O medo de acabar dormindo e acontecer algo comigo e com minhas filhas me fazia ficar acordada as noites.

Quando abro os meus olhos, percebo que já é de manhã

Não foi um cochilo, eu apaguei completamente por conta do meu contato físico.

A porta é aberta com agressividade e um segurança passa por ela. - Levante.

Com calma, eu me espreguiço, quando coloco minha perna no chão, sinto a dor instantânea.

-Levante.

-Estou tentando. - Murmuro, mordendo os lábios por conta da dor.

Ele vem até mim, me puxando pelo braço com força e me arrastando para fora do quarto e pelos corredores.