Uᴍᴀ Sᴇɢᴜɴᴅᴀ Cʜᴀɴᴄᴇ.ʰᵃʳʳʸ ᵖᵒᵗᵗᵉʳ [3]

☽︎ • 𝖢𝗁𝖺𝗉𝗂𝗍𝗋𝖾 15 • ☾︎

Sei que Harry também ouviu os pensamentos dela. Mas não disse nada já que James Sirius estava vindo logo atrás. Eu sei que ele teria feito ela sofrer também. E teria sido mais do que exitante ver ele acabar com ela.

Entretanto. Não queria manchar sua pele perfeita com o sangue daquela maldita. Não, ninguém tinha o direito de manchar a pele do meu igual.

Sem contar que minha rixa com ela era mais longa. O desejo de acabar com aquela versão mais nova da vadia tinha ganhado no momento que ela chamou meu filho de fedelho.

Só eu posso falar do meu fedelho.

Caminho até o banheiro da Murta-Que-Geme e limpo todo sangue que estava por de baixo das minhas unhas.

Saiu de lá indo diretamente para a Sala Precisa. Íamos começar a leitura do sexto livro e certamente teríamos muitos segredos sendo revelados.

Dou risada ao imaginar a cara de Almofadinhas e James ao saberem que o Príncipe Mestiço era Snape. Ou a cara de todos ao saberem que namorei com Régulos. Isso certamente seria cômico.

Passo por um corredor e imediatamente paro diante de uma porta.

Era o escritório da Minerva. Consequentemente, o lugar onde tinhamos deixado Peter preso.

Pondero por um segundo antes de entrar.

Estava tudo bagunçado. Como se alguém tivesse lançado feitiços estuporantes em tudo. Olho para o canto e vejo o garoto loiro e olhos claros sentado no chão e preso a uma corrente que o impedia de se transformar.

Era tão ruim ver ele assim. Olhando agora, lembro que estou de volta a 1979 e ele ainda fingia ser aquele garoto sorridente e travesso.

Senti minha versão mais nova se achar burra ao não notar antes que ele andava afastado e sempre andava de blusas com manga mesmo quando estava um calor dos infernos.

Eu entendia ela. Me sinto assim até mesmo depois da morte.

- O que faz aqui? - perguntou Peter, com a voz rouca.

- Não sei. - digo, tentando segurar as lágrimas que queriam sair.

- Então vai embora. Ou me mate de uma vez. Tenho certeza que James vai ficar muito aliviado.

- Falando assim nem parece que você conviveu todos os dias conosco por sete anos.

Peter me olhou. Seus olhos estavam tão feios. Nem parecia aquele rato medroso que prendeu Harry, Hermione e Rony no porão dos Malfoy quando estávamos caçando as horcrux.

Nesse tempo ele ainda se sentia especial por ter acabado de se juntar a Tom Riddle. Ele ainda não tinha presenciado as atrocidades que fariam ele ver. Não. Eles ainda não tinha sido tratado como o rato traidor que é.

- É exatamente por ter vivido com vocês que...

- Que traiu a todos nós? Seus irmãos? Sua família?!

- Não venha com essa de família! - gritou Peter se levantando e ficando cara a cara comigo. - Vocês nunca me trataram como família. Eu era apenas o bichinho de estimação dos tão famosos Marotos. Nunca tive respeito igual aos que vocês tem! Eu sempre fui a sobra.