Te sentindo

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- Bely, o tempo passa e eu te amo cada vez mais.

- Eu sinto o mesmo, Dom, penso em tantas coisas para o nosso futuro.

- Amor, eu queria poder te tocar, sentir o seu corpo, você sabe o quanto eu te amo, não vou te fazer mal.

- Também sinto vontade, mas não me sinto preparada, tenho medo de me arrepender.

- Você não me ama, Bely?

- Eu te amo muito, mas quero me sentir à vontade, quero que seja sem medos ou inseguranças. Você consegue me entender?

- Claro que sim, você está certa! Me desculpa, amor, eu estou sendo muito apressado.

- Não está! Quando tiver que acontecer, que seja natural, sem nenhuma forçação de barra, eu sei que vai ser lindo.

- Amo você, meu amor, muito!

- Também te amo, Dom.

Amar de verdade, era entender que tempos devem ser respeitados, e tudo o que acontecer de forma simples e natural, sempre será a melhor escolha.

- Vamos, a água está quentinha.

- Onde estão os seus pais?

- Estão viajando, Bely, podemos passar o dia juntos.

- Você podia ter chamado o Sam, ele adora piscina.

- Amor, eu queria ficar sozinho com você, mamorar um pouco.

- Não me olha assim, Dom!

- É que eu te amo tanto, que te ver de pertinho me deixa louco!

- Amor, se controle!

- De que jeito, me fala?

Eles se beijaram e o clima esquentou, os dois eram jovens, lindos, e sentir desejo era absolutamente normal, mas nunca haviam passado disso.

- Bely, eu te desejo tanto, não faz assim!

- Amor, olha essas mãos, parece um
polvo.

- Vai me deixar louco!

E o clima esquentou entre eles, os dois se amavam, mas Bely achava que não era a hora para dar um passo tão grande.

- Dom, melhor sairmos da água.

- Por que amor?

- Me leva para casa?

- Não íamos passar o dia juntos?

- Amor, me leva para casa, por favor!

- Tudo bem, eu já entendi! Está com medo?

- Não é medo, só quero que seja diferente.

- Podemos ir para o meu quarto.

- Prefiro ir para casa.

- Eu te levo.

Dom, deixou Bely em casa, e a carinha dos dois era de tristeza.

- Você está bem, amor?

- Estou! Me desculpa, eu sei que você quer muito.

- Tudo bem, eu vou me controlar, me desculpa.

Eles se beijaram e Bely entrou, só queria o seu quarto e a sua cama quentinha.

- Dom, eu te amo tanto, também quero muito, mas não consigo.

Ela ficou alí no seu cantinho e adormeceu. O coração estava angustiado, mas tudo iria passar.

- Oi, senhora July, a Bely está?

- Oi, Sam, ela está no quarto, pode subir.

- Trouxe uns salgados para ela, estão fresquinhos.

- Pode subir, querido, fica a vontade.

Ele abriu a porta e viu a sua amiga dormindo, não pensou duas vezes, pegou as bisnagas de molho e acertou o seu rosto em cheio.

- Acorda, ô preguiçosa!

- Sam, eu vou te matar, entrou no meu olho!

- Eu trouxe salgados!

- Então, eu te mato depois! Que bom te ver, estava precisando do seu colo.

- O que aconteceu?

- O Dom, ele quer a gente tenha mais intimidades, você sabe.

- E você quer?

- Sinto muita vontade, mas ainda tenho inseguranças.

- Faz o que sente vontade.

- É o que estou fazendo.

- Se ele te ama de verdade vai saber
esperar.

- Que salgado gostoso! Não trouxe refrescos?

- Sua folgada!

- Você sujou a minha cama, a mamãe vai surtar quando ver essa bagunça.

- Fica linda com maionese no cabelo!

- Você vai ver!

E a guerra foi grande, voou salgado e molho para todos os lados. Sam, era a bagunça que Bely precisava, perto dele, tudo se tornava leve.

- Meu Deus, filha!

- Mamãe, foi o Sam!

- Que mentira, Bely!

- Vou te fazer engolir à seco, seu falso!

- Vocês dois não podem se juntar, parecem duas crianças.

- Mamãe, vamos tomar banho de mangueira lá fora.

- E essa bagunça aqui?

- Depois limpamos, pode deixar.

Os dois desceram as escadas pelo corrimão, escorregaram até caírem, e quando chegaram no último degrau...

- Sai de cima de mim, Sam!

- Você quase quebrou os meus óculos.

- Vamos logo, meu cabelo está fedendo.

- Tem molho verde até em partes impróprias, eu vou me vingar assim
que possível, Bely.

Escolhas de uma vida Where stories live. Discover now