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Doente outra vez
(not Harry this time)
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Ruins são os dias em que você acorda doente, a cabeça pesada e o corpo mole, um calor no corpo com um pouco de frio a testa queimando e o nariz escorrendo e a garganta tão inflamada a ponto de calar até um papagaio.

Louis estava bem semelhante a esta descrição. A manhã ao menos estava bonita, o sol escondido e nuvens pesadas enfeitavam o céu com o anúncio de chuva para o mais tardar.

O frio já estava presente como em maioria dos dias naquela cidade, por isso o ômega se cobriu com um roupão quando conseguiu sentar na cama de forma desengonçada, o corpo fraco pesava o dobro naquele estado.

Os pés gelados calçaram chinelos e foram até o banheiro Louis só fez xixi e lavou a boca, foi o máximo que ele podia naquele momento.

Quando a cozinha pareceu tão longe quando chegou no topo das escadas, se jogar e descer bolando pareceu uma boa ideia.

"Aquele chuvisco idiota, me dêixo doente." O narizinho entupido deixou a voz dele um pouco fanha e grave. A pequeno neblina de ontem – segunda – após o trabalho provavelmente foi a causadora da gripe. "Cobo eu bou trabalhar assim?" Coçou o nariz percebendo a secreção, correu atrás de um lenço antes que surtasse de nojo da sua própria meleca.

"Isso é tão nojento!" Os olhos azuis lacrimejam um pouco e Louis sentiu a visão embaçada e não viu mas sentiu sua gatinha rodeando suas pernas. "Acordou bebê? Eu vou colocar comidinha pra bocê, ok?"

Ele escutou um miau em afirmação – pra ele foi uma afirmação e partiu colocar a comida da gata.

Eve, o nome da gatinha, era em homenagem ao dia em que ele a ganhou de Harry, já que ele ganhou na véspera de natal.

Louis não imaginava ganhar um animalzinho mas aquela surpresa de Harry foi a melhor possível, ele não imaginava que um bichinho ia preencher tanto a sua vida.

"Que dor de cabeça." Os olhos azuis estavam apertados tentando dissipar a dor mas não adiantava, Louis então abriu o armário para pegar um copo e tomar logo um comprimido e fazer a dor passar.

Eve miou ganhando a atenção de Louis que sorriu ao notar o pote de ração vazio e a gatinha de pé, esperando por mais comida provavelmente.

Ele prontamente foi atender o pedido da filhote, pegando o sache para despejar o resto na vasilha.

O problema daquilo foi quando Louis se ergueu após colocar a ração, ele se sentiu tonto e tropeçou no próprio pé, indo pra frente num impulso, sua testa arrastou na quina da porta do armário que ele deixou aberto arranhando a pele.

Choramingando de dor, ele tocou no ferimento que apresentava um pouco de sangue, não foi nada muito grave aparentemente mas a ardência crescia.

"O que eu fiz pra merecer o dia de hoje?"

Uma lágrima desceu do seu olho pela gripe, ele fungou o catarro do nariz e coçou o cabelo oleoso que lavaria hoje pela manhã mas que pela infelicidade não ia mais.

"Uhh, eu tô tão feio." Ele quase chorou com aquela sentença estando manhoso e carente. "Se o Hazz me visse assim ia desistir de mimm, uhh." E seu choro se escancarou e podia dar pena se não fosse tão engraçado a situação dele naquele momento.

Louis "correu" de volta para seu quarto e se jogou na cama, cobrindo todo o seu corpo mole.

"Deus, se não for pedir muito, me faz sumir, só por hoje. Uhh" O choro anasalado continuou porque ele estava muito sensível e assim Louis voltou a dormir.
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Healed by you | larryWhere stories live. Discover now