Capítulo 15 - Não seja melancólico.

Začít od začátku
                                    

- Nada. Nada. Só dirige.

- Sophia, o que foi?

- Só tive uma tontura. - Ela responde, mas sua expressão revela um desconforto que eu não deveria ter ignorado. Talvez eu tenha a assustado. Deveria ser mais cuidadoso com minhas palavras, especialmente com uma mulher grávida. Deixo o assunto de lado e continuamos nosso caminho, sem mencionar mais nada sobre o ocorrido.

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- Vou rapidinho no carro buscar meu carregador. Meu celular está prestes a morrer. - Mike informa, e eu concordo com um aceno. Estamos no shopping, após sairmos da clinica.

- Por que tanto suspense? Poderíamos ter ouvido do próprio médico. Ou pelo menos me deixava saber.

- Você precisa ter paciência. - Sophi aperta meu braço, sacudindo-me levemente.

- Tá, tem razão, desculpa. - digo, reconhecendo que a decisão sobre como descobrir o sexo do bebê é inteiramente dela. Eu só queria tanto saber, mas tudo bem eu consigo ser paciente.

Tinha algo interessante em ultrassons, eu não entendia nada, era uma bela imagem borrada em tons escuros, por mais nítido que fosse e eu entendesse que a imagem ali tinha uma criança. Sophi, mais uma vez, mudou de ideia e decidiu que não queria descobrir o sexo do bebê naquele momento. O médico gentilmente nos deu uma cópia da imagem do ultrassom e anotou o sexo em um papel, que Sophi guardou cuidadosamente em um envelope. Então, o mistério do meu futuro sobrinho permaneceria guardado até o momento certo, e isso estava tudo bem para mim, pois eu amaria meu sobrinho de qualquer maneira. Mesmo que a ansiedade me consuma.

- Você está linda. Bem que dizem que a gravidez traz um brilho especial às mulheres.

- Ouviu isso de quem, de uma das mães do seu alunos? - eu rio, talvez? Acho que era só senso comum mesmo... - Quantas delas já te cantaram?

- Muitas ,por incrível que pareça. Sempre achei que eu emanava uma super energia gay.

- Hum, calado você até consegue passar. Tipo agora, cuidando de uma mulher grávida. Totalmente hétero, aposto que parecemos um casal.

- Sim, senhora Chapman. - Brinco.

- E os pais?

- Sabe quantos pais acompanham vida acadêmica dos filhos?

- Injusto. - ela entristece a expressão - Meu filho vai ser assim, não é? Sem um pai presente para ir a reunião.

- Sophi....

- Eu não estou errada Manny. Eu juro que não.

- Eu acredito em você. Você está fazendo o que acha melhor. Às vezes, as circunstâncias são injustas, mas o amor e o cuidado que você proporcionará ao seu filho serão o alicerce mais importante. Fique tranquila, estamos juntos nisso. - beijo o topo a sua cabeça, abraçando-a.

- Sophia! - Alguém grita. Nós dois nos viramos. Um homem alto e loiro nos encara. Sua expressão não parece muito boa. Confesso que isso me assustou..

-Edgar...

- Você o conhece? - Pergunto. Mas ela não tem tempo de responder o homem Se aproxima a encarando.

- É por isso que me deixou? Por isso que foi embora? -  Ele questiona, com uma mistura de incredulidade, mágoa e raiva em seu olhar.

Instintivamente, puxo Sophia para trás de mim. Não gostei do olhar dele, não gostei do jeito como falou com ela.

- Quem é você?

- Você é o filha da puta que engravidou minha mulher?

Eu não precisava ser um gênio para entender que aquele homem é o pai do filho de Sophi.

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