Os Agrestes e os Dupain-Cheng haviam noivado seus filhos antes mesmo deles nascerem. Marinette, ao descobrir aos dezoito anos que estava noiva, decide abandonar todos os luxos que tinha e ir morar sozinha em Paris, após fazer um acordo com seu pai.
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A CHUVA QUE caiu durante o trajeto até a casa da Dupain-Cheng deixou Adrien levemente preocupado. Ele pensou que, caso não tivesse a encontrado, ela poderia ter ido para casa a pé e chegado encharcada em casa.
Encontrá-la naquele supermercado não era algo que ele planejava. Ele não havia seguido ela ou coisa do tipo. Havia saído um tanto quanto cansado da Gabriel e aquele supermercado era o que menos fugia de seu trajeto de volta para casa. Não era, nem de longe, seu favorito, mas provavelmente deveria haver o suficiente para que ele pudesse fazer um bom jantar enquanto trabalhasse.
Porém, ao estacionar em frente a casa onde ela vivia, Adrien percebeu que a chuva talvez fosse uma preocupação menor perto do que via. A casa era, em seu ponto de vista, precária e até mesmo um tanto insalubre. As paredes possuíam infiltrações visíveis do lado de fora e sua pintura estava desgastada. Era uma casa deveras pequena, pelo menos do seu ponto de vista, mas ser pequena não era o defeito. O defeito era o estado nada convidativo daquela estrutura.
E internamente deixou-o ainda mais pensativo.
As infiltrações de dentro eram maiores. Quando entrou juntamente com ela para que ela não precisasse tomar chuva duas vezes ao voltar até o carro dele para pegar o restante das compras no porta-malas, ficou completamente surpreso ao olhar pelos arredores. As paredes tinham uma cor desbotada, o piso era velho e parecia encardido. Algumas goteiras enchiam os espaços com poças cheias de água. Marinette pareceu envergonhada ao recebê-lo ali. Talvez algo na expressão dele tivesse ajudado-a a ficar ainda mais acanhada.
— Me desculpe perguntar, mas você mora aqui há quanto tempo?
A frase dele saiu automaticamente, sem olhá-la nos olhos. Seu olhar corria pelas instalações e chegou na cozinha: balcões velhos, portas que pareciam que iriam soltar a qualquer momento. Mas que droga Marinette estava pensando ao alugar aquela casa?!
— Faz uns.... sete meses. — Ela murmurou, seu tom um tanto quanto retraído. — Mas são as primeiras chuvas fortes que pego morando aqui. Quando estava mais tranquilo, não tive problemas.
Adrien respirou fundo, prendendo qualquer resposta inteligente. Por um momento, ele quis colocá-la em seu carro após dizer que era o noivo dela e levá-la para o apartamento dele. Somente assim ele ficaria menos preocupado.
