Capítulo 40

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Boa leitura!

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Daher tinha seus olhos semicerrados enquanto ria alto de Luiza. Elas se tornaram bem próxima desde que Luiza havia saído da prisão e ela já se sentia em total zona de conforto ao lado da mulher.

- Não ria. - Luiza disse arfante. - Eu não sabia que você era boa desse jeito.

- Eu sou a melhor do país. Deveria suspeitar e, bem, você ser rica ajudou bastante na soltura imediata dela. - Thaisa disse rindo, fazendo Luiza bufar.

- Pare de rir. Eu tive que ir correndo à uma loja para comprar algumas roupas para ela usar hoje. Se eu soubesse que seria tão rápido...

- Está reclamando? - A advogada indagou e Luiza piscou, negando rapidamente.

- Não, só estou nervosa. Ela ainda está brava comigo porque acha que a deixei, você precisa ver ela brava. - Luiza disse, de repente se calando ao notar algo:

A figura de Luana apareceu no final do corredor com ninguém mais, ninguém menos que Valentina. Ela conversava algo com Luana animadamente enquanto se aproximavam e Luiza podia jurar que havia perdido o ar ao vê-la finalmente. Seu coração errou uma batida quando os olhos verdes se ergueram e a enxergaram ali, parada feito uma idiota admirando sua mulher se aproximar.

Foi inevitável o sorriso de Luiza se abrir enquanto sua pulsação acelerava e eu cérebro lhe mostrava o quanto havia sentido saudade daquela mulher, suas mãos começaram a suar e suas pernas quase perderam a força. Sua vontade era se atirar nos braços daquela mulher, porém Valentina permaneceu séria, lhe fitando de forma neutra. Luana abriu a grade e Valentina deu um passo à frente, estranhando um pouco a claridade daquela região.

- O que faz aqui? - Valentina indagou friamente e Luiza deu um passo à frente. - Luana te avisou?

- Senti sua falta. - Luiza disse sorrindo, dando mais um passo à frente, vendo Valentina enrijecer o maxilar.

- Pois eu não. - Ela disse e Luiza riu baixinho. - Não ria de mim e não pense que só porque me deixou eu ficaria chorando pelos cantos.

- Sabe que seu escudo não funciona comigo, Albuquerque. - Luiza disse ainda sorrindo, ficando frente a frente com Valentina. Suspirou, havia sentindo tanta saudade dela, daquela voz.

- Não é escudo. - Valentina falou, afastando a mão que Luiza usaria para acariciar seu rosto. - Só não pense que você pode ir quando achar conveniente e voltar quando der vontade. Comigo não. - Afirmou.

- Você está mesmo irritada. - Luiza disse, umedecendo os lábios.

- Luana, te espero na sua casa. Vou a pé. Eu realmente não quero ficar perdendo meu tempo aqui. - Valentina falou ignorando Luiza, porém sentiu seu corpo ser puxado para frente, se chocando contra o da mulher. - O que pensa que está faz... - Sua voz foi calada pelos lábios de Luiza se pressionando contra os seus demoradamente.

Ela iria protestar, porém não tinha forças para aquilo, não quando Luiza fazia o que ela tanto sentiu saudade.

- Como pôde achar que eu te deixaria, amor? - Luiza sussurrou após separar as bocas, tocando sua testa na de Valentina antes de suspirar.

- Mas foi o que você fez. - Luiza disse. Resquícios de mágoa dominavam sua fala.

- Não. Nunca! - Luiza falou. - Foi apenas um terrível mal entendido, mas eu não te deixei. Como eu poderia te deixar? Pensei em você a cada segundo desde que saí.

Presa Por Acaso (Valu)Where stories live. Discover now