Oi para os meus leitores favoritos!
Boa leitura!
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Luiza estava deitada enquanto olhava quadradinhos imaginários na parede. Sim, o tédio a estava matando, porém, não mais do que a curiosidade sobre Valentina Albuquerque.
A garota era grosseira, seca, fria, contudo, se ofereceu em ajudá-la. Ela também já fora gentil, mesmo sem perceber. A mais nova só queria entender aquela mulher. Por que ela ajudaria alguém gratuitamente?
Valentina jamais se envolveu com alguém daquela cadeia, de acordo com Eduarda. Então por que diria a todas que estava com Luiza? Para sua única proteção? Muito estranho.
Valentina a havia beijado, um selinho na frente de todas. Aqueles lábios rosados e tão beijáveis, junto com aquele olhar intenso que derreteria qualquer iceberg... Não! Ela não deveria pensar nisso, se repreendeu.
O barulho de sua cela sendo aberta a fez respirar fundo. A merda aconteceria, se tivesse que acontecer.
- Olá, novata. - O sorriso rancoroso no rosto de Gabriela fez Luiza sentir um frio cortar toda a sua espinha.
- Luiza Campos. - A voz da guarda fez Luiza a olhar. Era Marques.
- Sim? - Luiza perguntou baixo antes de fitar Gabriela. Seus olhos a fitavam ansiosamente, à espera daquela guarda sair para acertar as contas. O nariz da garota estava enfaixado e ela tinha um olho roxo.
- Arrume seus pertences que em menos de dois minutos volto aqui. - Ela disse e Luiza assentiu confusa, apesar de não ter quase nada. Alguns itens de higiene pessoal e suas roupas íntimas.
- Quebraram meu nariz, sua vadia. - Gabriela disse irritada assim que Luana saiu. - Vou esperar Marques fazer seja lá o que for aqui nessa inspeção de cela e esta noite você me paga. Albuquerque verá quem manda nessa merda. - Luiza sequer a olhou, o medo circulava em cada canto de suas veias.
- Eu sinto muito por seu nariz. - Luiza disse baixo, se sentando e arrumando suas coisas no canto de sua cama.
- Ah, com certeza não sente, sua vadia. - Gabriela disse cruzando os braços. - Não mandei se sentar. Levanta! - Impôs e a carioca obedeceu. - Valentina deveria saber que você só está com ela por interesse, mas deveria ter escolhido melhor, boneca, sou eu quem tenho todas as guardas compradas.
- Nem todas. - A voz de Luana soou firme e Gabriela a olhou assustada. - Campos, pegue suas coisas e me acompanhe.
- Não quis dizer que as compro de verdade, senhora. São todas mulheres íntegras. - Gabriela disse colocando as mãos para trás e Luana manteve sua expressão imparcial quando Luiza saiu da cela.
- Eu sei bem o que você quis dizer e não se preocupe, porque cada mulher íntegra dessas que você citou terão sua vez na hora certa. - Falou, erguendo um braço, fazendo a policial que tinha os comandos a ver pela câmera de segurança e voltar a fechar a cela.
- Aonde ela vai? - Gabriela perguntou confusa.
- Não é da sua conta. Cuide de suas coisas. - Luana disse impassível. - Por aqui Campos.
Caminharam duas celas, até pararem de frente com a cela que Luiza conhecia muito bem.
- Espero que nessa você não arranje problemas. - Luana disse. - Elas duas sempre arranjam problemas uma com a outra e por isso foram colocadas em celas separadas. Com Gabriela você não vem dando certo, vejamos com Valentina. - Falou, abrindo a cela. Luiza entrou no ambiente antes da cela voltar a se fechar.
- Obrigada, Lu. - Valentina disse e Luana sorriu.
- Juízo, garotas. - Ela disse, se afastando dali.
Luiza olhou confusa para Valentina antes de colocar suas coisas em seus devidos lugares.
- Você... a subornou? - Luiza perguntou confusa e Valentina riu.
- Uma mulher nunca revela seus truques. - Falou e a outra assentiu.
- Eu posso... Me deitar? - Luiza perguntou e Albuquerque franziu o cenho.
- Não precisa de uma autorização minha para isso, Campos. - Luiza riu fraco.
- É que Gabriela às vezes....
- Não sou ela. - Disse seriamente e Luiza a fitou novamente.
- Claro, me desculpe. - Pediu, se deitando em sua cama. Seu cérebro voltou a divagar.
- Ela já estava na cela? - A voz de Valentina soou e alguns segundos depois as luzes se apagaram.
- Estava.
- Ela te machucou?
- Não.
- Hm. - Respondeu com frieza novamente, deixando o silêncio se instaurar no local.
- Por que ficava me olhando tanto quando cheguei? - Luiza perguntou. Droga! Era sempre tão estúpida? Pensou.
- Não te interessa, Campos. - Valentina disse e, para sua surpresa, Luiza riu.
- Por que é sempre tão rude comigo?
- Você é sempre tão idiota ao ponto de ficar insistindo em falar com alguém que claramente não quer conversar com você? - a morena perguntou, colocando a cabeça para fora do beliche, apenas para ver Luiza a fitar da cama de baixo.
- E você é sempre a protetora das novatas que claramente não pediram por sua ajuda? - rebateu e Valentina bufou.
- Eu sabia que isso seria um erro. - Albuquerque disse boquiaberta. - Amanhã pedirei à Luana que te mande de volta. Direi a todos que você está livre e você que se acerte com Gabriela. Já me meti em problemas demais pra ouvir esse tipo de coisa. - Valentina falou, se deitando bruscamente.
- Não, por favor... - Luiza pediu rapidamente, se levantando para poder ver o rosto da outra mulher. - Eu não quis dizer que não sou grata... - se corrigiu. - Só quis dizer que você começou a me ajudar do nada e nunca me disse o porquê, mas vive me tratando como se não gostasse de mim. - Ela disse e suspirou. - Isso só me deixa confusa.
Valentina a fitou antes de se apoiar em seu cotovelo e voltar a falar.
- Preste muita atenção no que vou dizer: Não somos amigas, não somos nada. Eu te ajudei e você deve ficar agradecida, nada mais. - Ela falou friamente. - Sem amizade, sem sorrisos, sem conversas sobre nossas vidas, sem perguntas. Ficou claro? - Luiza assentiu encolhendo seus ombros antes de voltar a se deitar.
- Claríssimo. - A mais nova respondeu. Pelo menos poderia dormir em paz, sabendo que não teria uma Gabriela para tentar pular em cima dela durante a noite. Seus olhos se fecharam, porém sua mente se concentrava em um único pensamento:
Viveriam por um longo tempo sob o mesmo teto, no entanto, Valentina se negava a conversar com ela. Luiza não sabia o que era pior: Estar sozinha em uma cela, sem ninguém para conversar por meses ou anos, ou estar em uma cela com uma pessoa que gostaria muito de conversar, porém não podia.
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Até o próximo!
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Presa Por Acaso (Valu)
FanfictionO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Luiza Campos não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o mel...