a coroa

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Quando eu acordo, o sol já estava sumindo na linha do horizonte. Não sei se chorei até dormir ou se parei antes, mas tenho certeza que Taeyeon esteve comigo até o fim.

Me sento na cama dando uma boa olhada ao meu redor e suspiro pesadamente. Os dias estavam sendo difíceis e a tendência era sempre piorar, claro.

A vida não é um morango.

E se fosse seria ruim igual porque eu não gosto de morangos.

Como ficar na cama não iria resolver nada, me levanto pronto para enfrentar mais um dia — ou noite — de vida.

Pego a primeira roupa que vejo no meu armário, uma camisa de seda simples, calça de couro simples e visto o manto bordado por Taeyeon. E claro, minhas inseparáveis botinhas de couro.

Mal saio do meu quarto e dou de cara com Jihoo plantado em frente a porta.

— Oi pai.

— Você está bem? — Ele perguntou assim, do nada.

— Ah... Sim. Acho que na medida do possível né... — Respondo sem jeito. Taeyeon deve ter contado sobre o acontecimento anterior.

— Como você ficou sabendo? — E meu sangue gelou. Eu deveria entregar todos os fofoqueiros? Ou mentir dizendo que eu ouvi conversa alheia.

— Eu quis saber o que tinha acontecido com o Ryeowook... E acabei descobrindo tudo, foi isso.

Jihoo me encarou. Talvez ele estivesse desconfiando da minha desculpa esfarrapada mas não prosseguiu com o assunto.

— Meu irmão... Ele não é uma pessoa ruim — começou e eu apenas o encarei. — Mas, eu entendo você estar assustado.

— Pai, não precisa tentar defendê-lo — murmurei, desviando o olhar. — Seu irmão pode não ter sido ruim, mas ele fez algo muito mal.

— Só peço para que não o julgue como alguém do mal.

— Não posso garantir.

Jihoo pareceu um pouco decepcionado com minha resposta, mas assentiu e saiu, sem dizer mais nada. Eu sabia que ele estava triste pelas ações do seu irmão, mas eu não podia descartar tudo o que havia acontecido e o fato de que ele estava atrás de mim.

Fiz o meu caminho seguindo o cheiro delicioso de comida mas quando chego no salão de jantar, a mesa estava vazia.

Me sentei tristemente no meu lugar de sempre e logo uma fadinha apareceu para colocar comida no meu prato.

Foi um momento triste de solidão e silêncio, sem meus irmãos brigando por comida, sem minha mãe perguntando se eu estava bem.

Não é possível que Jaehoo iria separar minha família. O pensamento me entristeceu mais ainda.

Depois de terminar a refeição, pego minhas coisas e saio do castelo. Jungsoo já me esperava ali, como de costume desde que o ataque aconteceu.

— Não vamos ter aulas por um tempo — disse, dando de ombros e tirando a minha bolsa do ombro. — Vamos para outro lugar.

— Para onde?

— Tem uma fadinha das flores que quer te ver. — Sorriu e meu coração bateu um pouco mais forte.

Ryeowook estava bem e queria me ver!

Ai como eu sou feliz.

— E ele está bem?

— ... Vamos indo.

A falta de resposta me deixou um pouco nervoso. Ele poderia estar querendo me ver para dizer suas últimas palavras.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 02 ⏰

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O príncipe de SaehaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora