— Acho que para um namorado você não tá fazendo o trabalho direito deixando ela sozinha, Apolo — Theo provocou.

— Ela não reclamou quando estávamos na minha mansão juntos — o loiro disse com um tom autoritário e provocativo, desfazendo o sorriso do rosto Theo.

Arqueei as sobrancelhas ainda perplexa com que Apolo havia dito e antes que eu pudesse protestar eu estava sendo puxada para o meio do salão.

— Olha só quem está aqui — Amália se pôs na nossa frente, nos limitando de passar — Não imaginei que você iria vir.

— Oi para você também Amália — meus lábios se esticaram em um sorriso falso e eu agarrei a mão de Apolo firmemente.

— Amália, é melhor não começar com seus surtos e ofensas por aqui — Apolo disse de modo sério.

— O que? Mas eu não estou dizendo nada demais. Apenas estou impressionada como pessoas como a Anelise se encontram em lugares como este. — ela continuou, como se aquilo fosse me ofender.

— Quem — foi o que saiu da minha boca.

— Quem o que? — ela indagou.

— Te perguntou — devolvi rapidamente a fazendo franzir o cenho e abrir os lábios sem saber o que responder. Uma pequena risada saiu de Apolo que logo me puxou desviando caminho dela para seguirmos com a dança.

O loiro se apressou para colar nossos corpos enquanto deslizava suas duas mãos na minha cintura e eu entrelacei meus dedos na sua nuca. Nos encarávamos quase sem piscar. Nós valsamos pelo pequeno espaço que nos restava.

— Tinha mesmo que ter falado aquilo? — perguntei.

— Tinha que colocá-lo em seu devido lugar, você é a minha namorada e ele, é só mais um babaca. — sua voz soava ríspida e o aperto na minha cintura aumentou.

— Devia colocar Amália em seu devido lugar também.

Ele sorriu.

— É o que mais tenho tentado.

Eu suspirei, irritada com toda essa história.

Apolo se inclinou para mais perto, se aproximando da minha orelha enquanto dançávamos, e logo senti seus lábios vagando pela linha da minha mandíbula; era um contato íntimo que fazia meu estômago revirar. Senti a maciez dos seus lábios se arrastarem pela minha pele de maneira torturante, sendo calmo e paciente indo até a minha orelha. Era quente, úmido, excitante.

Aquilo só me fazia querer mais.

Ele parou próximo a minha boca, mas sempre a evitando.

— Por que anda agindo tão estranho nos últimos dias? — questionei baixo, olhando em seus olhos.

— Por que anda sorrindo para Theo? — ele devolveu.

— Eu devia fazer a mesma pergunta com relação a Lavínia — retruquei e entramos em silêncio mútuo enquanto trocávamos olhares.

Era notório que nenhum queria ceder no assunto, alguma coisa estávamos incomodando qualquer tipo de comunicação entre nós e eu não queria adiar por mais tempo. Peguei em sua mão nos guiando para fora, decidida até a conversa.

Querido desconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora