A guerra contra Hybern estava às portas de toda Prythian, o que causava grande temor no coração de todos, em especial, no coração de Feyre. Que durante muitas semanas, buscou incessantemente por aliados. Em suas buscas, encontrou algo sobre Khalisse...
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Cassian não saiu do lado dela, desde que a resgatará. E como poderia?
Por tão pouco, sentiu o laço de parceria ficar cada vez mais fraco... quase por um fio.
Ele estava tão desesperado para tirá-la daquele lugar, desde que as imagens dela sendo chicoteada foram jogadas pela ponte que conectava suas almas.
O som do chicote ainda podia ser ouvido por ele... assim como os grunhidos de dor emitidos por ela.
E sua súplica... como aquilo feriu o coração dele. Como se uma parte de si tivesse sido arrancada.
Cassian não perdeu tempo, quando Implorou ao Irmão que os atravessasse pelas sombras. Azriel não hesitou ao atender seu pedido, já que este estava quase tão preocupado com Aemyra do que ele.
Rhysand pediu para que agissem com rapidez, antes que a presença dos dois fossem percebida pelos soldados de Hybern ou pelo próprio Caldeirão.
E assim fora feito.
Azriel os atravessou pelas sombras, sendo guiados pelos sentidos de Cassian, que apontaram em qual das tendas, Aemyra se encontrava.
E ao entrarem ali, Cassian sentiu-se estilhaçar.
Aemyra estava de joelhos, com as mãos acorrentadas e suspensas a sentidos opostos de seu corpo. Suas vestes nas cores da Estival estavam completamente rasgadas nas costas. Suas costas estavam cobertas de marcas de chicote, marcas estas, que poderia deixar cicatrizes futuras. Seu corpo estava coberto de hematomas e sua respiração era cada vez mais fraca, como se estivesse... aceitando a morte.
Pela mãe, não... não... não!
Cassian foi rapidamente em direção de Aemyra, retirando as correntes de suas amarrações. Aquelas não eram correntes comuns, ao que se podia notar. Não poderiam removê-las do corpo dela agora, precisavam ir para casa e buscar ajuda para removê-las.
Ele a pegou em seus braços, acolhendo-a. Fazendo-a sentir seu calor e aconchego. Prometendo a si mesmo, que não deixaria que ela sofresse algo assim novamente, que se a Mãe permitisse, ele estaria sempre ao lado dela e a protegeria com sua vida.
O desespero de Cassian aumentou, quando o som do coração dela parecia estar quase sumindo por inteiro.
E então, ele agarrou-se ao laço. Puxando-o e puxando-o, na esperança de que ela permanecesse entre os vivos.
E um imenso alívio brotou em seu coração, quando os batimentos de Aemyra pareciam mais fortes. E os olhos dela começaram a se abrir.
Quando aqueles belos olhos prateados o encararam com tanta felicidade, como se jamais tivesse pedido a esperança de que o veria novamente.
- É você mesmo... você veio... - Sussurrou ela, não contendo sua emoção.
Cassian acariciou gentilmente o rostinho dela, sem conter o sorriso que insistia desenhar seus lábios.
