2° livro da trilogia: Princesses in love
Até que ponto você cederia suas vontades para realizar a de seus pais? Passaria a vida toda obedecendo, mesmo que futuramente, se arrependa? Bom, essa é a vida de Madeleine Bennett, que desde muito jovem, foi...
"Só consigo ver você quando você dança, dança Uma sensação boa entra em você Então dance, dance, vamos..."
Justin Timberlake — Can't stop the feeling
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Londres, Inglaterra 22 de dezembro, 2017
Brilhante e alegre.
O dia amanheceu daquela forma, eu acordei feliz, capaz de passar as 24 horas todas sorrindo para tudo e todos. Meu sorriso largo que o diga. Os primeiros raios solares invadiram meu quarto, agraciando minha pele e trazendo consigo uma sensação de alegria contagiante.
Me espreguicei na cama, deixando a preguiça para mais tarde. Hoje parecia ser um dia produtivo, não que os outros não fossem, mas era muito melhor acordar feliz para fazer as coisas do que fazer por obrigação. Empurro minhas pantufas para o lado e caminho descalça até a sacada, desde criança nunca gostei de usar calçados, gostava dos meus pés livres em contato com o que eu pisava.
Apoio minhas mãos na laje, me inclino um pouco para frente, apenas para a brisa fresca bater contra meu rosto. Um novo dia. Hoje é uma nova chance para tentar, viver novamente, só espero que Susan não esteja com um humor tão ruim. Observo o gramado verde brilhante, provavelmente foi regado a pouco tempo, as flores balançam com o vento. Aceno para o jardineiro que cisca as folhas que se desprendem das árvores, estávamos quase no fim de outono, época de colheitas de diversas frutas.
Dou meia volta, voltando para meu quarto, troco meu pijama por algo confortável. Não pretendo sair hoje, quero fazer algo que tinha deixado de fazer há um tempinho. Pego meu celular que estava em cima da escrivaninha, desbloqueio e coloco na minha playlist "Good vibes" no spotify, eu preciso de uma boa música para combinar com meu humor. Começo a mover meu corpo ao som de "Can't stop the feeling", mexo minhas pernas enquanto ajeito as mangas da minha blusa smock rosa, que cobria a barra do meu shorts preto liso.
Saio do meu quarto deslizando meus pés pelo piso macio, o som que sai do celular dentro da minha bolsinha dança pelos corredores. Estava em um volume considerável, jogo uma mão para o alto e depois abaixo, balançando a outra e repetindo os movimentos por segundos. Cantarolo a música baixinho, me seguro em um dos pilares e rodo meu corpo, balanço meu cabelo ao som do refrão. Desço as escadas animadamente, para no meio dela jogando minha perna para o alto chutando o vento, continuou descendo indo para a cozinha.
Pego uma uva verde do cacho que estava no centro da mesa, acerto ela dentro da minha boca no momento em que a música acaba. Saio da cozinha, paro em frente a grande porta de madeira, empurro-a adentrando o espaço quase vazio. Se não fosse pelo quadro com o rosto da ex rainha Victoria, abaixo uma lareira apagada, uma mesinha com um jarro de orquídeas em cima, as grandes cortinas vermelhas combinando com o tapete e o piano de cauda branco posicionado no meio da sala, o ambiente seria vazio.
