2° livro da trilogia: Princesses in love
Até que ponto você cederia suas vontades para realizar a de seus pais? Passaria a vida toda obedecendo, mesmo que futuramente, se arrependa? Bom, essa é a vida de Madeleine Bennett, que desde muito jovem, foi...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
Londres, Inglaterra 15 de dezembro, 2017
Sentada em frente ao espelho, eu observava toda glória e poder que pertencer à realeza trazia, não que fosse de todo ruim, porém, consigo caminhavam diversas responsabilidades. Com certeza haveriam pessoas que gostavam disso, mas por pura ironia, eu, Madeleine Bennett, a princesa e futura rainha, não gostava. No começo parecia um sonho, era o que os desenhos mostravam e faziam parecer, mas não era bem assim. Eu era treinada desde criança a me portar como uma princesa, falar como uma princesa, andar como uma princesa, comer como uma princesa e fazer qualquer coisa como uma princesa.
Sinceramente, eu estava cansada, não queria reclamar, nunca havia me faltado nada, mas era cansativo, exaustivo. Eu tinha apenas 20 anos, e já tinha tantas obrigações, tinha em mente que era meu dever, afinal, eu sou a princesa e futura rainha do Reino Unido. Porém se eu pudesse, se houvesse a mínima chance de poder escolher outra vida, eu escolheria, amo meus pais, de coração, contudo ninguém entendia esse sentimento, era sufocante ter que pensar e fazer tantas coisas ao mesmo tempo.
Quebrada, esta era a palavra correta para definir como eu estava, eu estava quebrada, sozinha, mesmo que eu fosse a princesa, eu sempre estive sozinha, sem ninguém. Meus pais nunca se importavam tanto assim comigo, quer dizer, pelo menos nunca demonstraram, nada mesmo, mentira, eles já demonstraram que se importavam sim, com Madeleine Bennett, mas não comigo, Made, uma garota que cresceu com tudo, mas sem nada ao mesmo tempo. Eu queria aquilo que talvez não pudesse ter, o amor e carinho que meus pais poderiam me fornecer, talvez fosse porque eles eram rei e rainha, ou porque seus pais já os ensinaram assim.
Eu queria que pelo menos uma vez eles pudessem me perguntar como eu estava, sem se importarem com o reino, ou as responsabilidades, ou como a realeza deveria se comportar. Não era egoísmo meu, não era, talvez fosse, um pouquinho. Realmente eu tinha tudo, nunca fui dormir com fome, não por não ter o que comer, meus pais não se importam comigo, mas não são ruins, eles nunca encostaram um dedo sequer em mim, sempre tive os melhores profissionais ao meu dispor, tudo. Talvez eu estivesse cuspindo no prato em que comia, mas não era isso, eu só queria um pouquinho de amor, eles me davam atenção, não exatamente a mim, no entanto uma princesa deveria ser digna de ser chamada por tal, então lá no fundo eu sabia que eles talvez me amavam demais para demonstrar, eu era uma princesa, e princesas tinham diversas coisas para fazer e aprender, eles me amavam, é claro que sim, estavam me preparando para ser a melhor rainha que a Inglaterra já teve.
Talvez eu realmente estivesse sendo egoísta, não estava pensando no meu povo, no Reino, nos deveres a serem cumpridos, sim, era isso, é claro que eles me amavam, que tipo de pais não amavam os próprios filhos?
