Capitulo VII. Primeira Temporada

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Poucas Horas antes dos eventos do capítulo anterior.

- Lamento senhor Khristós, o Mestre Máscara da Morte está ocupado.

Desculpou-se uma bela jovem, de vinte e poucos anos.

Ela possuía cabelos preto arroxeados em sua cintura, olhos vermelhos,pés descalços e tez muito pálida.

Trajava um vestido preto puído que realçava sua palidez.

Ela era uma serva que trabalhava na casa de câncer a serviço de Máscara da Morte.

- Não lamente Umbra, na verdade eu agradeceria se você pudesse entregar isso pra ele.

Respondeu o peruano, empurrando a carta nas mãos da jovem, que não teve escolha além de pegar.

E antes que pudesse falar algo, o prateado saiu dali,em direção à Leão, como se Hades o perseguisse,mais do que feliz em não ter que lidar com o sanguinário canceriano.

– E depois eu que sou a louca.

Murmurou a jovem sem emoção,entrando na área privada de câncer. 

Muitos questionaram o estado de sua sanidade mental quando ela se tornou serva do dourado,até mesmo o italiano a olhou como se estivesse pronto para trancá-la em um hospício. 

No entanto, todas as dúvidas desapareceram quando descobriram um evento que comprovou que ela era quase tão sádica quanto o canceriano. 

Depois de percorrer alguns corredores, ela parou em frente a uma gigantesca porta de ébano com alguns detalhes em dourado. 

- Mestre, é Umbra, estou entrando. 

Avisou sem cerimônia,entrando no escritório do cavaleiro mais macabro de todo o santuário. 

Surpreendentemente, a sala era limpa e bem organizada, com decorações de bom gosto. 

Com prateleiras que seriam comparadas a se um estudioso,se não fosse pelo conteúdo duvidoso de seus livros,um grande carpete de veludo preto que cobria o chão de mármore, um confortável sofá e poltronas,e por fim,uma porta que levava a sacada,com vista para o penhasco e demais casas zodiacais. 

Sentado atrás de uma escrivaninha elegante, estava um adolescente de uns dezessete anos, de cabelos azul escuro, assim como seus olhos. 

- Umbra, se você quer morrer, aprenda a pedir direito. 

Repreendeu Máscara cansado, sem retirar os olhos dos papéis em sua mesa,sua pena trabalhava furiosamente nos cálculos. 

Não importa quanto ele ameaçasse, a outra realmente não se importava,provavelmente uma das esquisitices de uma psicopata.

Não que ele mesmo não tivesse as suas.

Em defesa da mais velha, eles se conheciam desde que ele chegou no santuário. 

- Nah,minha vida é preciosa,aqui.

Desviou simplesmente, enquanto entregava a carta.

Ela era uma das poucas pessoas que podiam falar confortavelmente com o dourado, sem o risco de perder a cabeça, literalmente. 

- Desista,o senhor bem sabe que ela nunca escuta.

Aconselhou um homem em tom divertido,ao lado da escrivaninha, carregando uma imensa quantidade de papéis. 

Ele era um pouco mais velho do que ela,com pele bronzeada,olhos dourados e longos cabelos negros jogados sobre o ombro direito.

Mesmo em trajes puídos, ele era muito bonito.

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