Todos os caminhos levam a você

Caminhos unidos

Notas:

Estou voltando aos poucos a postar fanfics. Tive uma crise de criatividade braba.

Este é o último capítulo.

***

Penélope permaneceu imóvel no quarto, um completo silêncio a envolvendo enquanto contemplava a vista de Aubrey Hall pela janela. Ela havia passado alguns momentos junto à janela quando ouviu batidas na porta. Apesar de saber que ele viria, seu pulso acelerou.

Após o beijo na sacada, os dois retornaram à sala de estar. Estiveram ausentes por um bom tempo da celebração. Tinham concordado que aquele momento não era sobre eles, mas sim sobre relembrar o falecido Edmund.

No entanto, com um coração mais leve, ela aproveitou cada minuto daquela celebração. Era maravilhoso estar ali, compartilhando risadas e histórias com aqueles que se tornaram sua família. Ela sabia que estava onde pertencia, e Aubrey Hall era seu lar.

Com o fim da celebração, todos se recolheram para seus quartos. Penélope e Colin haviam trocado um beijo suave no topo da escada, combinando de se encontrar em alguns minutos para conversar sobre a situação deles. Ela havia pedido um tempo para se organizar, tanto física quanto mentalmente.

E agora ele estava ali. Colin, seu primeiro e único amor, estava ali.

Ao abrir a porta e deparar-se com ele, cabelos ainda úmidos e emanando o frescor de um banho, teve a certeza de que a conversa poderia aguardar. A visão daquele homem vestido apenas com um roupão derrubou suas defesas. Nada mais importava se a capacidade de raciocinar com clareza havia se perdido. O que importava era se render ao desejo.

Colin não proferiu uma palavra, e Penélope não ousou quebrar o silêncio. Abriu a porta para que ele entrasse, e o convite estava feito. Ele estendeu a mão, tocando suavemente o rosto dela. Penélope mal conseguia respirar, a tensão acumulada quase atingindo seu ápice. 

Ela sentia saudades daquela voz suave, do sorriso intrigante que a deixava sempre com as pernas trêmulas... da maneira como Colin se comunicava com ela, parecendo entendê-la muito melhor do que ela mesma. Das mãos que acariciavam seu rosto delicadamente, dos lábios macios que a beijavam... Sentia falta de cada pedacinho dele. 

Queria se jogar nos braços de Colin, mas estava cativa daquele olhar profundo. Estava enfeitiçada por aquele par de olhos azuis esverdeados que a fizeram sentir desejada e amada. Que a fizeram sentir-se verdadeiramente mulher.

Colin parecia não ter pressa, explorando cada centímetro do rosto de Penélope com a ponta dos dedos, traçando o contorno das bochechas, do queixo ao pescoço, até alcançar a nuca. Percorreu os lábios e parecia querer gravar cada traço na memória.

Finalmente, ele aproximou-se mais ainda, e seus lábios seguiram a trilha deixada pelos dedos. Cada beijo parecia incendiar a pele delicada de Penélope, roubando-lhe a respiração. Sentiu os lábios de Colin tocarem a ponta do nariz e o queixo antes de deslizar pelo pescoço.

— Colin... — Essa única palavra resumia toda a emoção do momento.

Ele recuou um pouco, e a pergunta em seu olhar encontrou resposta nos olhos azuis de Penélope. Tremia de desejo intenso que jamais imaginara possuir. Seu corpo ardia com sensações que escapavam ao seu controle.

A respiração de Colin estava desigual, difícil, e ao tomar a boca de Penélope, desencadeou toda a paixão contida. A ternura dos beijos anteriores deu lugar a um desejo incontrolável.

Penélope envolveu os braços em torno do pescoço dele, deslizando as mãos sob o roupão para acariciar suas costas. O corpo de Colin irradiava calor, e a intensidade do beijo dissipou o pouco de bom senso que restava. Tudo que desejava era estar mais próxima de Colin.