‧₊˚ ‧₊˚ 𝟐𝟎 ‧₊˚ ‧₊˚

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[...]

Azriel escolheu não pedir detalhes sobre como Theodosia havia apagado Kennedy e Brandon. E a única informação que ela deu é que o banheiro do bar mais próximo estava interditado.

Ela parecia cansada, exaurida, para ser mais específico.

Seu cabelo estava menos brilhante, sua pele mais pálida e haviam olheiras fundas e escuras emoldurando seu olhar frio.

Logo ela, que era chamada de Princesa das Chamas, estava gélida.

E Azriel estava preocupado de que essa nova Theo estivesse congelando a antiga.

Os dois se enfiaram na fila para a embarcação, e ele saiu algumas vezes do lugar para poder comprar comida para Theodosia. Ela estava tão cansada que ás vezes mantinha os olhos fechados por alguns minutos, como se estivesse cochilando de pé.

Manter aquela muralha de fogo estava acabando com ela, ainda mais agora que estava tão distante de Kenneth.

Não devia ter ido com ele. Se algo desse errado, como ela lutaria?

O Encantador de Sombras conseguiu convencê-la a tomar toda a água do cantil que ele estava carregando e a comer um pouco. Tentou trazê-la para mais perto para sustentar o peso dela, mas Theodosia se afastava, como se ficar perto demais do illyriano fosse pior que sua exaustão.

Se dissesse que não estava magoado, estaria mentindo.

— Nomes? — o feérico-menor perguntou, já olhando para os papéis em suas mãos grandes. Seus olhos eram tão vermelhos quanto sua pele, e no lugar de cabelo, haviam escamas no topo de sua cabeça.

— Brandon Scardor e Kennedy Melton — respondeu o macho.

O feérico não deu muita atenção para Theodosia, se ocupou em olhar para Azriel com desconfiança.

— Que volume é esse em suas costas? — ele perguntou, indicando a capa com um leve relevo ás costas do Encantador de Sombras.

— Minhas asas — Azriel levantou um pouco da capa para expor as asas membranosas —, sou illyriano.

— Um cara com asas quer ficar em um navio? — ele arqueou as sobrancelhas grossas e avermelhadas.

— Vocês do Remetente da Morte pagam melhor do que o exército de Illyria — ele deu de ombros —, e estou buscando um novo hobby.

— E ele fica muito bem de chapéu de pirata — Theo se intrometeu com diversão, indicando o acessório na cabeça de Azriel.

— Fica mesmo? — o feérico-menor debochou, desaprovando. Azriel soltou um suspiro. — Ela que escolheu essa coisa aí?

— Parceira feliz, vida feliz — respondeu o illyriano abrindo um sorrisinho. O feérico soltou uma risada, assentindo.

— E sempre leva ela para trabalhar com você? Qual a graça de ficar meses em alto-mar se levar a mulher junto? — ele sorriu para Theo, como se ela fosse um bichinho de estimação. — O que ela pode fazer de útil em um navio?

— Diga mais uma maldita palavra e eu te mostro — Theodosia rebateu, a voz mórbida para o feérico. E Azriel viu as orbes da fêmea faiscarem com desafio.

O feérico arqueou as sobrancelhas, chocado com os olhos em brasa de Theodosia, que mantinha uma postura sombria, até abrir um grande sorriso e dar batidinhas no ombro do macho.

— Vamos entrar, querido. Quero escolher uma boa rede para dormir — ela passou pelo feérico-menor e começou a subir a rampa extensa para o navio, e o macho parecia estar pensando se jogá-la no mar valia o esforço.

 𝐅𝐈𝐑𝐄𝐁𝐈𝐑𝐃, acotar; azriel Where stories live. Discover now