declarações, socos e máscara

Start from the beginning
                                    

Um pequeno grupo de pessoas, onde alguns, ainda mantém anonimato até os dias atuais. As únicas pessoas que se preocuparam com quem ele era, por trás do herói mascarado.

E depois de longos três anos, vivendo uma vida da qual nunca pediu ou quis, ele encontrou seu brilho.

O brilho rosa completamente pirado.

Prometeu esquecer a fase mais escura que viveu. Mas naquele momento, vendo a homenagem pela enorme televisão daquela sala, ele percebeu que não conseguiria controlar as lágrimas.

Sai a passos acelerados do local, arrancando olhares curiosos dos empregados e de Jimin, que procurava entender o que estava acontecendo. 

No fundo, ele sabia, mas só teria total certeza e confiança, se tivesse uma confirmação.

Não se levantou do sofá macio, continuou ali, em silêncio, olhando para o chão enquanto concordava consigo mesmo, de que Jungkook talvez precisasse de um tempo sozinho.

Deu isso a ele, sem nem ao menos imaginar que o alfa chorou, depois de tanto tempo, como se pudesse lavar qualquer coisa negativa que ainda existisse dentro de si.

Se acalmou minutos depois, sentado na varanda da espécie de estúdio que Jimin mantinha no fundo da casa, em meio ao jardim florido.
 
Olhava as peças de chá e os tantos violoncelos espalhados pelo local.  

Park Jimin, parecia ser seu ponto de paz. A mão que tocava belas canções e uma delas, foi feita para si. Dono da voz que trazia o sentimento de segurança que tanto sentiu falta e por último, com a beleza mais cativante que já viu, o fez desejar acordar todos os dias de manhã, admirando as bochechas rosadas e fofas, amassadas pelo travesseiro.

Imaginou como seria ter uma vida ao lado daquele ômega e como suas loucuras passageiras o fariam rir para sempre, até sua morte.

Foi nesse momento que o loiro se aproximou, parando na porta do pequeno local branco, cercado por cortinas, enquanto encarava o alfa com um leve sorriso no rosto.

– Você está bem? – pergunta em um tom de voz meigo, o vendo concordar com a cabeça, ainda em silêncio.

– Pensativo.

– Sobre?

Respira fundo antes de continuar a falar.

– O motivo de toda essa homenagem, não sei... eu penso que talvez, ele não seja tão merecedor assim.

– Sinceramente – responde se aproximando, sentando na outra cadeira livre, de frente para Jeon – se ele, que levou quatro tiros para proteger crianças, as levando em segurança de volta para a base, mesmo quase desmaiando, não é merecedor, então eu não sei quem seria.

Jungkook o olha em silêncio, sem saber exatamente o que dizer ou como agir.

– É engraçado. No início eu olhava as fotos e pensava que eu apenas tinha uma queda por um homem mascarado, pensando o qual atraente ele conseguia ficar, mesmo não sabendo como é o rosto. Mas aí...

Cruza os braços, parecendo pensar no que exatamente diria.

– Eu... me peguei um dia, lendo os jornais, depois de uma crise de choro e brigas familiares. Ele fez eu me sentir seguro naquele momento, fez eu me perguntar se talvez ele também poderia me salvar e mudar o rumo da minha vida, como fez com aquelas crianças.

– Como sentiu isso com alguém que você nunca teve contato?

– O olhar – responde, vendo Jungkook parando de lhe olhar por alguns segundos – era um olhar puro, um olhar triste. Por meio dele eu sei que Ghost, nunca poderia ser alguém ruim ou que fez tudo aquilo por fama.

It's Pink, Honey | jikookWhere stories live. Discover now