Capítulo 97

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Assim que desaparataram, Sebastian jogou Ariana no chão. Ela olhou em volta, estava na sala daquela maldita casa.

A pobrezinha sofreu tanto para fugir dali, para conseguir sua liberdade, para num piscar de olhos retornar para aquele lugar.

Maldição! – pensou ela com seus olhos se enchendo de lágrimas.

Seu momento de raiva e tristeza foi interrompido quando Sebastian segurou no rosto dela com força, fazendo ela olhá-lo nos olhos.

– Aposto que pensou que havia se livrado de mim, não é? – Ele perguntou com raiva.

Ariana apenas o encarou sem dizer nada.

– Não vai se livrar de mim tão fácil assim, querida – Sebastian a levantou do chão e a prensou contra a parede. Ele então começou a passear suas mãos pelo corpo dela, usando da força de seu corpo para mantê-la contra a parede.

– Não. Me solta. Não – Ariana tentou afastá-lo de si, mas não teve muito sucesso, pois seus braços estavam doloridos. A morfina que o médico administrou de manhã, já não faz mais efeito.

– QUIETA! – Ele ordenou ao dar um tapa na cara de Ariana.

– Bash, eu não acho que seja..

– Cala a boca Maurice! – Sebastian mandou, interrompendo a fala do outro em sua mente.

Ele se aproximou de Ariana, levou seu nariz até o pescoço dela e inspirou profundamente o aroma doce que só ela tem no mundo. Ele levou uma de suas mãos para a cintura dela e apertou com força, enquanto a outra mão segurou no queixo dela. Ele subiu seu rosto, esfregando seu nariz do pescoço dela até o ouvido.

– Você será minha, Ariana – Sussurrou. – Mas somente depois que o efeito da poção polissuco passar. Não a possuirei com a aparência de seu pai, eu não sou um monstro – Com a mão no queixo dela, ele a forçou olhá-lo nos olhos. – Nos vemos daqui algumas horas, querida.

Ele se afastou, seguiu para o corredor, e então para o seu quarto, ao qual ele bateu a porta com força.

Ariana ficou parada ali, com a parede como apoio. Seus braços estavam doloridos, seu tornozelo não quebrou com o meio de transporte bruxo graças a Deus, sua bochecha doía devido ao tapa que recebeu dele e seus olhos estavam ficando cada vez mais embaçados, até que ela sentiu suas lágrimas molharem suas bochechas.

Eu devia ter conseguido enfiar aquele graveto idiota na garganta dele – pensou ela em meio às lágrimas. Pelo seu fracasso, agora foi ameaçada por um homem com a aparência de seu pai.

E falando nele. Ela estava tão perto de seu pai. Estava tão perto de ser livre. Mas Sebastian tinha de aparecer e estragar tudo.

– DESGRAÇADO – Ariana gritou alto, com toda a sua ira. Ela queria que Sebastian explodisse. Que Maurice explodisse junto. Que toda aquela casa explodisse. E então aconteceu.

Não foi a casa que explodiu, nem Sebastian. Não.

O que explodiu foram as coisas na cozinha ali do lado, as portas dos armários se abriram, expulsando os pratos e panelas para fora, o mesmo aconteceu com as gavetas e as talheres. Tudo foi de encontro ao chão. Até mesmo as espumas dos sofás, na sala, foram expulsas dos assentos acolchoados e caíram ao chão.

Ariana olhou para a sua volta, perplexa. Foi ela quem fez aquilo?

– Foi eu quem fez isso? – Perguntou a si mesma baixinho.

Ela não sabia disso, mas sentiu um formigamento por todo o seu corpo. Um formigamento bom e familiar.

Mas essa sensação durou pouco e ela voltou a sentir as dores de antes por todo o seu corpo.

Surpresa! Você é o meu pai! | +18Where stories live. Discover now