Capítulo 91

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Snape estava cansado. Não dormia direito a dois dias, apenas um rápido cochilo aqui e ali, enquanto esperava alguma de suas inúmeras poções ficarem prontas. Ficava trancado em seu escritório, tentando achar a cura para Fabiano.

Como Severo não estava em condições de lecionar, Minerva contratou um professor de poções substituto. Então, agora, Snape tinha uma ajuda extra para encontrar a cura para o namorado da filha.

Mais um dia se passou. E eles não conseguiram nada.

A pantera se mostrava cada vez mais cansada.

Era madrugada do terceiro dia para o quarto dia. Snape estava sentado na cadeira, esperando o teste recente fazer efeito. Seu rosto estava apoiado em sua mão direita, e seu braço, por sua vez, estava com o cotovelo apoiado no braço da cadeira de madeira escura. Seus pensamentos estavam longe, em sua filha. Seus olhos foram se fechando devagar.

Os sons dos seus passos ecoam pelo imenso breu ao seu redor. É o único som que seus ouvidos escutam produzir ali.

Ele gira no meio do escuro, procurando qualquer coisa que fosse, até que algo, ao longe, lhe chama a sua atenção.

Algo colorido.

Brilhando.

Ele se aproximou e viu se tratar de uma pétala arroxeada.

Snape se abaixou e pegou a pétala na mão.

É uma pétala da flor Manacá-da-serra - concluiu enquanto acariciava a pétala e sentia a sua maciez.

Ariana, minha filha - pensou, observando a pétala em sua mão.

Quando olhou para frente, outro brilho roxo, ao longe, chamou sua atenção.

Ele levantou e caminhou até a segunda pétala. Dessa vez não se abaixou para pegá-la na mão, olhou para frente e outra pétala ao longe estava brilhando para ele.

Estava se aproximando da terceira pétala, quando uma voz lhe trouxe de volta para sua sala em Hogwarts.

Snape abriu os olhos e olhou em volta, meio atordoado. Ele respirou fundo. Sentia que estava perto de sua filha, mas agora percebeu que não estava. Estava muito longe dela.

- Snape! - A mesma voz de antes, que o acordou, chamou seu nome novamente.

Severo olhou para o homem, do outro lado da sala, em frente a uma mesa, vestindo uma roupa alaranjada ridícula.

- Snape! - Slughorn disse o nome do moreno tão animadamente, que ele teve de levantar da cadeira. - Conseguimos! - Ele olhou para a poção e Severo fez o mesmo.

A poção finalmente adquiriu a cor esperada.

Snape pegou um pouco do líquido da poção e o analisou. Estava perfeita. Despejou um pouquinho numa gota de sangue de Fabiano, e viu que o veneno foi completamente eliminado.

- Conseguimos - Snape disse dando um leve sorriso no canto da boca.

- Eu disse que bezoar ia funcionar - Se gabou.

- Mas eu já havia adicionado bezoar antes e não deu certo! - Snape disse irritado.

- Você adicionou dois bezoars, e não dois e três quartos bezoars - Snape revirou os olhos.

- De fato, não adicionei - Resmungou enquanto pegava uma boa quantidade da cura num frasco.

- Pode ir descansar Snape, eu dou a poção para ele.

- Você só quer ficar com o crédito, Slughorn - Severo disse severamente. - Aliás, por que voltou para Hogwarts? Não tinha se aposentado e jurado nunca mais retornar aqui?

Surpresa! Você é o meu pai! | +18Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum