a facada sempre vem pelas costas

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Cautelosamente, a secretária descansou sua mão sobre o ombro do garoto e então poise a revelar: — Sabe o porque da sua mamãezinha não ter vindo? Ela está mortinha. Foi internada a um tempo pois estava com falência nos órgãos, o câncer foi o responsável. Ele ficou um bom tempo entubada, a sua espera e você estava aqui, vivendo a vida a qual ela foi responsável por ter lhe beneficiado, nem para ser um bom filho você serviu. Na verdade, para o que mais você serve além de ser um filho péssimo, um irmão inconveniente e um noivo sem escrúpulos nenhum? Me diga, para o que você serve, seu inútil? Para nada, você é um nada e você mesmo reconhece isso.— Ela dissertou com arrogância, como se tivesse direito de fala sobre sua vida.— Já contou sobre a gravidez? Oh, eu aposto que não. Mas a questão aqui não é essa, você tem o que é meu e sabe disso. Se eu não posso tê-lo, nem você e nem essa criança bastarda irá tê-lo. — e com agilidade, Jimin foi golpeado fortemente por algo cortante na altura de seu ventre. Seu terno na cor creme, adotou uma coloração vermelha pelo sangue que escorria de si, tudo foi tão rápido. Tudo passava em câmera lenta diante seus olhos, pode ver o seguranças detendo a mulher, as pessoas desesperadas ao seu redor. Seu corpo caiu de joelhos enquanto via sua vida desmoronar diante seus olhos, e agora mais do que nunca, sua vida não havia mais sentido. De uma hora para outra, tudo se esvaiu de seus braço como areia, como se nunca houvesse existido e talvez essa é a possibilidade que o corta como a faca muito bem afiada a qual a senhora So usou para o golpear. Seu corpo estava fraco, tudo estava tão leve, estava com sono talvez? Ele ainda conseguia ouvir Jeon o chamando, pedindo para que mantenha seus olhos abertos, certamente uma missão impossível perante o estado crítico do garoto.

Naquele dia, em seu subconsciente, Jimin teve a certeza que não importa quanto tempo passe, sempre surge um enviado do diabo para lhe atentar, até porque quando o diabo não vem, ele manda seu secretário. Mas o que ela não sabia, é que ser secretário do diabo não interfere em nada, porque quando esse ômega age, até o diabo senta pra aprender.

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Era por volta das 19:30 quando o ômega foi liberado da cirurgia, o dia foi tomado pela tentativa de parar a hemorragia para que exames fossem feitos com mais precisão, e menos risco de um possível óbito devido a hemorragia. A cirurgia em si foi demorada devido a vida existente de seu feto, que apesar de todas as precauções ou ter recorrido a todos os meios, não havia sobrevivido. Foi possivel ver como o corpo do ômega estava forçando uma possível regeneração para que o feto ainda pudesse ser mantido, contudo, era uma luta sem ganho.

O menino se encontrava em seu quarto, com a pele mais pálida do que o comum. Seu corpo aparentava sem vida, apesar de ainda respirar e seu coração bater. Por dentro, o seu ômega chorava intensamente pela perda. Se sentia um...inútil por não ter mantido seu filhote seguro, um nada por ter permitido que fizessem mal a si e principalmente a sua prole.

Ainda no quarto, Jeon aguardava os resultados, precisava que a preocupação que o atormentava, lhe deixasse em paz nem que por 5 minutos. A porta do quarto foi aberta pelo médico, na companhia de Namjoon, que pela primeira vez em sua frente demonstrou estar abalado.:

— Suponho que esteja preocupado, e eu peço que se acalme, o pior já passou. Jimin por ser uma espécie forte, logo estará em boa forma novamente. Já o filhote, apesar de todo os nossos esforços, não foi possível salvá-lo, sentimos muito.
Bom, um filhote não se passava por sua cabeça. Então apenas voltou a se sentar novamente na poltrona ao lado do seu noivo, observava atentamente a feição do menino, tentando decifrar o que se passava nesse momento com seu coração

Jimin se desfazia em lágrimas, uma dor horripilante cortava o seu coração. Uma dor terrível a ponto de arrancar o ar de seus pulmões e rasgava sua garganta de dentro a fora. Sua mãe havia partido no dia mais especial de sua vida, e pela maldade alheia, seu filhote foi levado.

O médico relatou que seu filhote foi concebido ainda em seu primeiro cio, e isso comprova que em sua raça, a fertilidade era surpreendente de abundante. Tão surpreendente que o ômega poderia ter uma quantidade grande de filhotes, mas a sua facilidade de procriação seria a mesma. O médico também relatou que seu filhote havia 7 meses, saudável e um lindo alfa. E a maior dúvida de todos era como os sintomas e o pequeno volume no ventre só calhou de aparecer agora. E então o médico voltou a ressaltar que o lado animal do ômega sentiu uma possível rejeição à sua cria e tentou ocultar qualquer rastro de sua existência, mas é claro que como a gravidez já estava avançando cada vez mais rápido, não seria possível esconder ao ponto de se passar imperceptível, nem mesmo pelo Jimin. Em meio as palavras do doutor, Jimin chamou sua atenção:

— Eu...eu posso vê-lo? .— Todos olharam para o ômega surpresos, fazia algumas horas do acontecido, isso poderia causar um estresse muito maior e complicar mais ainda o seu psicológico. Mas em resposta, o doutor afirmou:

— Eu imaginei que iria desejar o ver, pedirei que a enfermeira o traga para o senhor. Só peço que tome cuidado com os seus pontos, você ainda tem uma recuperação pela frente.— ao se retirar da sala, solicitou o envio do RN ao quarto do príncipe, e com cuidado a enfermeira levou o filhote como foi ordenada.

O quarto se encontrava um tremendo silêncio quando a porta aos poucos foi aberta, todos se mantiveram estáticos e observadores.

Jeon se manteve de pé ao lado de Jimin quando a pequena cria foi depositada em seus braços. Seus traços era uma bela mistura de seu pais, branco como uma folha de papel e com pelos negros como a escuridão da noite. Bochechas fartas e lábios finos como, o DNA dos dois realmente não foi poupado. O filhote era lindo, era perfeito. Estava tão gelado e roxo, MORTO. Seu filhote estava MORTO, MATARAM seu filhote.

Ele esperava que um dia aquela mulher pagasse pelos seus feitos, e se pudesse, ele seria o responsável pela cobrança de dívida.

O carro andava pelas ruas de Busan calmamente, ao seu lado estava Jeon e que a todo momento segurava sua mão em uma tentativa de acalmá-lo. Mas seu ato era nulo, estava a caminho do velório de sua mãe e lá, daria seu último adeus a pessoa que mais amou e admirou em toda sua vida.  Jimin desejava de todo o seu coração que sua mãe acompanhasse seu filhote, que a passagem deles fossem calma e que pudessem encontrar a paz merecedora.

Na catedral foi velado o corpo de sua mãe, e no cemitério real, seu legado termina. A cerimônia foi rápida e aberta apenas aos familiares da realeza. O menino sentiu que algo lhe faltava e realmente faltava, uma parte de seu coração partiu com os seus dois amores, e ele sentiria saudade, mas não buscaria justificativa nas decisões do destino. E tudo bem.

No fim de tarde, a decisão de um casamento no cartório foi tomada por ambos lados, nesse momento de fragilidade ao jovem ômega, quanto menos esforço e menos atenção dos holofotes, melhor para sua saúde.

Todos se encontravam a descansar na biblioteca, na presença de uma lareira aquecida e leite quente com biscoitos. Jimin era acolhido pelo corpo grande e quente de seu alfa, e pediu com todas as forças que esse momento durasse por um bom tempo, esse é seu maior consolo.
Namjoon se manteve calado, tão quieto que se tornava assustador. Naquele momento, o silêncio estava assustador, tanto que doía em seu peito.

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⏰ Última atualização: Dec 03, 2023 ⏰

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