57 - bolas e línguas

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— Ah, você nem foi tão mal... — Louis dizia enquanto se aproximava, o topete desarrumado por ter corrido e alguns fios úmidos presos a testa. — Só infringiu quase todas as regras

— Eu não tirei a camisa! — Harry se defendeu, sorrindo com timidez, apoiando o copo na pia atrás de si quando Louis deu mais um passo em sua direção.

— Ah, sim... isso você não fez... uma pena mesmo. — lamentou, apoiando as mãos na bancada de madeira, uma de cada lado, o quadril dele no meio dos seus braços.

Harry revirou os olhos e lhe deu língua. E talvez tenha sido a adrenalina, talvez tenha sido o desejo que só crescia dentro de si, talvez tenha sido o calor ou a forma que as orbes verdes sumiram por um instante, talvez tenha sido o longo tempo que ficaram sem se encostar (menos de 24 horas), que fez Louis beijar, não Harry, não sua boca, não seu rosto, mas sim a sua língua.

Foi um impulso, um rompante, uma vontade tão voraz que fez Louis se mover sem nem pensar. Ele beijou sua língua, a carne quente, áspera e vermelha, sentindo Harry ficar imóvel, a respiração pausando, e em seguida a estendendo mais para fora.

Louis riu, fazendo o interior de Harry tremer, e beijou sua língua de novo. Os olhos azuis acharam os verdes lustrosos, suas mãos caminharam para mais perto do corpo do cacheado até que ambas se encontrassem atrás de seu quadril, os polegares se esticando para baixo, entre a parte metálica da pia e a bunda de Harry, colando seus corpos um no outro.

Louis suspirou, sentindo o cheiro dele, e colocou a própria língua para fora, a arrastando por toda a extensão da de Harry, até que chegou em seu lábio superior, o chupou, e desceu novamente para a língua, sugando a ponta, assistindo a vermelhidão tomar conta da parte de cima da sua boca, sentindo Harry ficar duro contra si e automaticamente o deixando duro também.

Suas mãos passaram por debaixo da camiseta de time, chegaram a pele quente e molhada de suor e apertaram a cintura, e foi o suficiente para que Harry movesse sua língua para dentro da boca de Louis, veloz e sedenta, enquanto enfiava os dedos nos cabelos lisos e úmidos. Louis abaixou as mãos de novo, apertando a carne macia de sua bunda, colando mais seus corpos e pressionando o membro dele contra o seu, ambos rígidos, ambos implorando por mais, mais, mais, mais, e eles gemeram um na boca do outro.

Louis o ergueu, sentando-o na bancada, beijando sua boca com selvageria enquanto os dedos de Harry puxavam seu cabelo e o levavam à loucura. Seus dedos encontraram o elástico da bermuda e da cueca e fizeram menção de puxá-los de uma vez, mas Harry o interrompeu.

— Não estamos na cozinha de casa. — disse, resfolegando, ávido, a testa encostada na de Louis.

— Está dizendo que podemos fazer isso na cozinha de casa? — Louis provocou, e Harry sorriu, juntando suas bocas novamente.

— Estou dizendo que podemos fazer isso em qualquer lugar onde ninguém possa nos ver.

— Ninguém está nos vendo agora... — Louis insistiu, mas seus dedos deslizaram por dentro do cós como num carinho e logo depois subiram para sua cintura.

— Nós não vamos transar na cozinha dos Bakers. — Harry suspirou, penteando o topete de Louis de volta para o lugar com uma das mãos.

— É claro que não! — Louis esbravejou, baixo, com drama. — Transar? Quem falou em transar?

Harry revirou os olhos novamente, pulando do balcão, escondendo o sorriso tímido.

— Styles, não faça isso de novo. — Louis falou atrás dele, o tom sério dessa vez.

— Ah, qual é, Tomlinson, nós dormimos na mesma cama. — foi o que Harry falou, a voz nem um pouco alterada, antes de sair pela porta.

Mas, horas e horas depois, quando Louis saiu do banho, Harry já estava deitado na sua cama, debaixo do edredom porque chovia do outro lado da janela, no escuro quase que completo se não fosse pela brecha que ele tinha deixado aberta na porta do banheiro e pela baixa luminosidade vinda da Tv.

august (larry's version)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora