Ret: Vamos lá! Começa tu aí. - Pediu.

Apesar de não ter nada de interessante na minha vida, mas se ele concordou e tá disposto a contar sobre seu passado porque eu não posso né?

Enquanto perguntava algumas ele respondia calmamente, e até fazia algumas piadas. Contei também algumas coisas minhas e algumas manias que eu tenho, o que acho desnecessário, já que ele deve ter percebido. Nesses quase 3 a 4 meses morando juntos.

(...)

Já estava amanhecendo e não tinha ninguém na praia a não ser eu e o Filipe, que olhava o por do sol nascer. Eu estava sentada entre suas pernas enquanto ele mantinha seu queixo no meu ombro, vez ou outra a gente se beijava e ficava conversando.

Mas sempre prestando atenção no céu e no mar.

Não sabia que isso era tão bonito de se ver, acho que eu nunca me dei a oportunidade de viver isso e viver isso com uma pessoa que estou sentindo algo me deixa... Feliz? Feliz e confusa.

Suas carícias nos meus braços e costas me deixa relaxada enquanto observava atentamente o céu.

Anna: Porque você não gosta do, Daniel? - Eu estava curiosa, além do mais, sei perfeitamente que o Filipe não iria apenas ficar com ódio dele por isso.

Ret: Ocê tá estragando o clima, Anna. - Revirou os olhos.

Anna: Só estou curiosa.

Ele suspirou enquanto se ajeitava na areia, me colocando de frente pra ele. Passando a mão em seu peito, agora descoberto - Ele havia ido nadar um pouco. - olhava fixamente pra ele, esperando sua resposta.

Ret: Daniel parece ser uma pessoa boa, mas na verdade não é. Não é nada relacionado a você Anna, uma parte é sim, pois não gosto dele perto de ocê. - explicou.

Anna: Bom, isso eu já percebi. Mas porque vocês não se dão bem? sua mãe diz que é coisa do passado, mas quem pode dizer mesmo é você. - Contei.

Ele desviou o olhar por um tempo, assentindo.

Ret: Eu tinha uma namorada, e apesar de não sentir praticamente nada por ela. Eu ainda a respeitava. - Revelou, me fazendo arregalar os olhos de surpresa. - Mas sabe o que aconteceu? O Daniel, foi o problema. Ele sempre se metia na minha vida e mesmo não ligando, chega um momento que tudo tem seu limite.

Eu realmente estava surpresa, eu não sabia que ele já havia namorado, a mãe dele nunca me disse e nem mesmo a Bella. Fico até chocada que ele tá tão sério, que nem errar as palavras ele tá.

Anna: Você namorava? - Questionei, surpresa.

Ret: Sim, ficamos juntos por uns 3 anos, no início quando eu entrei pra essa vida. - Contou. - Eu gostava dela no início, eu admito, mas depois as coisas começaram a desandar e o que eu sentia por ela acabou. Mas tento ser o melhor namorado pra ela. Mas sabe o que ela fez?

O olhei e obviamente, neguei com a cabeça.

Ret: Aquela vagabunda me traiu com o Daniel, já fazia mais de um ano.  - Suspirou irritado. - Eu sou lerdo pra algumas coisas, admito. Mas porra, como é que eu não vi isso? - Perguntou pra si mesmo.

Nossa, realmente isso foi uma sacanagem. Não entendo muito sobre relacionamento, mas ninguém é lerdo a esse ponto de não saber como é errado uma traição. Principalmente vindo de uma pessoa bastante considerada, que no final, não vale o pão que come.

Eu realmente achava que o Daniel era uma pessoa boa, mas fico me perguntando agora, se ele sabe que eu e o Filipe fica, ele tá me usando de alguma forma para afetar ele? Por isso que Filipe fica tão possesso de raiva?

Anna: Eu não sei o que dizer, eu pensei que ele fosse diferente. - Cocei a nuca.

Ret: Pois é né. - Suspirou.

Anna: Sinto muito Filipe, não sabia disso e fico meio sem graça, por ter levado ele pra sua casa mesmo você dizendo que não queria. - Peguei em sua mão, e fiz um carinho em seu rosto.

Ret: Tá tudo bem, Anna. Você não sabia e não tem culpa dele ser um pau no cu. Mas dá próxima vez você já sabe né? - Sorriu sem humor.

Anna: Sim, e desculpa mais uma vez. - Pedi, deixando um beijo em seu rosto.

Parando pra pensar, acho que com a vinda do Daniel a casa dele o deixava irritado e desconfortável, e não o culpo. Daniel foi muito cara de pau de ter aceitado, mesmo sabendo o motivo.

Ret: Tá tudo bem, morena. Vamos esquecer isso e aproveitar o sol aí nascendo. - Abraçou a minha cintura.

Assenti com a cabeça e agarrei seu pescoço, deixando um selinho nos seus lábios. Ficamos agarradinho dessa forma por uns longos minutos, até escutar sua voz novamente.

Ret: Será que é bom transar na areia? - Indagou, safado.

Com uma gargalhada, bati no seu peito e disse.

Anna: É claro que não. Já tá praticamente de manhã, quem passar por aqui essas horas vai ver. - Neguei com a cabeça.

Ret: Seria bom né? - Perguntou novamente.

Anna: Não, não seria. - Rir.

Ret: Sabe o que seria bom? - Se levantou comigo no colo, e me olhou brevemente.

Anna: O que...?? - Cerrei os olhos pra ele, mas percebendo o que ele ia fazer, comecei a gritar. - NÃO!

Ret: Sim!

Soltou uma risada antes de sair correndo até o mar, o porra, eu tou de calça e é jeans.

Anna: Eu tou de calça. - Tento mais uma vez, porém é em vão.

Eu ja havia me molhado e ele só fazia rir, jogando mais água de mar em mim. Sem conseguir me conter, fui na onda dele e joguei mais água ainda no mesmo, enquanto a gente ria.

Aquela manhã foi até divertida, não sabia que o Filipe tinha esse lado e era bom, saber que ele me mostrava. Fazia alguma coisa em mim mudar em relação a ele mais ainda. Só não sabia o que era.

Será que a dona Dilma tinha razão?

Eu tava apaixonada por ele?!

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Que pergunta besta! É claro que sim.
Na verdade, você já ama❤️
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Crime perfeito - RetannaWhere stories live. Discover now