Capítulo 9.

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Jennie estava dormindo muito calma com a cabeça em meu peito, seu corpo estava nu e havia marcas por todo ele, ela se mexeu ao meu lado e me afastei devagar para ela não perceber e acordar.

Ela se mexeu um pouco e coloquei minha roupa, eu não sei o que esses dois dias presas aqui resultaria, Jennie disse que não iríamos precisar de contraceptivos, então os descartei.

Abotoei minha camisa e abri a porta do quarto, eu precisava de um banho e ela também, foram dois dias sozinhas nessas casa, peguei meu celular e mandei mensagem para Rosé dizendo que estava tudo liberado.

Jennie se cansou durante essa madrugada, até fizemos algumas pausas mas nunca pensei que alguém como ela teria tanta disposição, nenhum empregado ficou em casa, até os animais ficaram de folga.

Entrei no banheiro e fui tomar o meu banho, liguei o chuveiro e retirei todas aquelas peças de roupa e coloquei no cesto, entrei debaixo do chuveiro e tentei relaxar, o cheiro de Jennie estava em todo meu corpo e aquilo me fazia lembrar dos últimos dias.

O jeito que ela se contorcia, gemia, falava meu nome, o jeito que ela pedia por mais, e muito mais, Rosé me alertou que por mais que o corpo dela estivesse cansado, ela ainda conseguia sentir, então eu não podia fazer transparecer minha excitação quando me lembrava.

Sai debaixo do chuveiro e sequei meu corpo, enrolei a toalha em volta da minha cintura e mexi em meu armário, coloquei uma regata e uma calça jeans, prendi meu cabelo e percebi que Jennie ainda dormia.

Fui até o quarto dela e peguei um vestido, o sono dela estava bem pesado então ela não iria reparar se eu colocasse o vestido nela, ajeitei o vestido em seu corpo ela piscou algumas vezes um pouco grogue mas voltou a dormir.

Deixei um beijo em sua testa e sai do quarto, fechei a porta e fui para a cozinha, todos os empregados já haviam voltado e estavam fazendo seu trabalho, escutei a porta da frente abrir e Rosé entrou, ela foi para o lugar dela na mesa e me olhou sorrindo.

-Fizeram um filhote?

-Rosé, são 9 da manhã.

-E daí? Foram dois dias seguidos.. você fez um bebê?

-Eu não sei! Agora para com esse assunto.

Rosé bufou irritada e bati em sua testa fazendo ela rir, começamos a tomar nosso café enquanto conversávamos, ela quis saber detalhes íntimos do que aconteceu mas eu sempre rodeava e mudava de assunto.

-Acordou a Margarida.

Rosé disse quando Jennie entrou na sala de jantar, ela ainda estava com sono, em vez de sentar em seu lugar ela se sentou no meu colo, seu corpo estava quente, a abracei e ela apoiou a cabeça em meu peito.

-Que graça, ela agora não vive mais sem você, pode devolver minha amiga ômega, Lalisa?

Jennie riu e olhei na direção de Rosé.

-Não faça drama, Rosie, você é quase minha irmã, estou com tanta preguiça que não sei como vim parar aqui sem tropeçar nos degraus.

-Você deveria estar dormindo.

-Você não estava lá comigo.

Ela me olhou e arrumei a postura, não a tirei do meu colo, não tinha motivos, eu já havia acabado de tomar café mas ficaria ali para fazer companhia a ela, ela pegou um pedaço do bolo e colocou em seu prato.

Com certeza o lado tarada dela tinha sumido, ela estava calma como todos os dias.

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P.O.V JENNIE.

Lalisa teve que sair para resolver algumas coisas do trabalho depois do almoço, e eu e Rosé estamos jogando xadrez pela terceira vez, ela é muito ruim nisso, eu sempre ganho.

-Não entendo porque Lalisa saiu, eu poderia resolver isso.

-Está com medo que eu te agarre?

Perguntei rindo e ela negou com a cabeça.

-Não, na verdade não é isso, mesmo que você fizesse isso o seu corpo me rejeitaria.

Ela deu os ombros rindo e concordei com a cabeça.

-Ela sabe que você precisa ficar perto dela nesses dias, não entendo porque ela saiu, foram apenas dois dias, faltam 3, ao menos que você esteja grávida e não queira mais..

-Por que você não faz um filho?

-Não quero, eu quero que você tenha um filho com Lalisa, se eu quisesse eu teria uns 5 de cada ômega por aí.

-E você tem?

-Não que eu saiba..

Rosé ficou pensativa por um tempo e joguei o travesseiro nela.

-Que horror, Rosie.

-Fique de olho nos sinais, se nos últimos três dias você não quiser nem um toque, é porque eu finalmente vou ter um sobrinho!

Ela comemorou batendo palmas e revirei meus olhos, comi mais um morango que estava coberto de chocolate e comi.

-Você não se enjoa disso?

-Não, são morangos é difícil não gostar.

Respondi e Rosé continuou a tomar o vinho dela, ela bebia e não cansava, nunca vi ela bêbada, sinal que ela tinha controle, guardei o tabuleiro e liguei a TV.

Coloquei em um filme que estava passando e fiquei concentrada assistindo, que não percebi que Rosé tinha saído da sala e com certeza estava na cozinha, apoiei minha cabeça no travesseiro e acabei pegando no sono.

...

Acordei soando, tive mais um pesadelo, me sentei no sofá e tentei acalmar minha respiração, mas algo engatilhou minha crise de ansiedade, o ar começou a falhar, as lágrimas saiam como cascatas de meus olhos, levei minhas mãos até os meus pulsos e comecei a me arranhar.

Senti segurarem minha mão e encarei Rosé.

-Calma.. eu.. eu vou chamar ajuda, espera aí!

Ela me soltou e saiu voando da sala, voltei a me arranhar, por algum motivo eu não conseguia me acalmar, a porta da frente se abriu mas não quis saber quem era.

Senti segurarem minhas mãos novamente, o cheiro de Lalisa estava por perto, não olhei para trás, suas mãos rodearam minha cintura por trás.

-Respira, eu estou aqui.

Era a voz dela, minha respiração se acalmou e apoiei minha cabeça em seu peito e escutei seus batimentos cardíacos.

-Que bom que você chegou! Ela tinha cochilado e acordou nesse estado.

Rosé voltou para a sala e se sentou ao meu lado, Lalisa não me soltou e levou uma mão para o meu cabelo.

Ela entregou algo para Lalisa, e passaram aquele pano na minha testa, acredito que era para limpar o suor, eu ainda estava chorando e a culpa interna me perturbava.

-Eu sou uma péssima irmã..

-Você não é uma péssima irmã, não foi sua culpa.

Lalisa sussurrou para mim, sua voz era calma, me virei na direção dela e passei meus braços envolta do pescoço dela, ela limpou minhas lágrimas e deixou um beijo na minha bochecha.

-Não se culpe, não foi sua culpa.

{...}

Continua..

X - Jenlisa ABO. Where stories live. Discover now