Capítulo 3.

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Acordei sentindo minha cabeça doendo, acho que bebi demais na noite anterior, sentir um corpo abraçado ao meu, seus cabelos estavam em um coque, suas bochechas estavam inchadas e seu rosto estava em meu peito, ela se mexeu e saiu dali mas no fundo eu não queria, me sentei na cama e amarrei meu cabelo, observei o seu pescoço e havia uma marca, será que..

...

-QUE MERDA VOCÊ FOI APRONTAR, LALISA?! Eu vou socar sua cara.

Rosé gritou em meu escritório, escutei a porta ser aberta e meu irmão entrou.

-O que aconteceu, hein?

Ele disse um pouco sonolento.

-Sua irmã passou do ponto e marcou a irmã da Jina.

Ele franziu a testa e me encarou.

-Muita informação, então a garota que eu vi no corredor foi a irmã dela? Jurava que era ela.

-Bambam!!

-Acidentes acontecem, pensa pelo lado bom, agora a garota está protegida.

-É uma justificativa válida, mas Lalisa não poderia ter feito aquilo.

-Ela acordou e saiu do meu quarto, e se trancou no quarto em que a deixamos.

Disse meio distraída, não posso negar que ela tem um cheiro bom.

-Como ela está se sentindo?

-Por enquanto está normal, mas acho que é porque acabou de acordar.

-Vocês transaram ontem à noite?

-Não.

-Mentirosa, o cheiro dela está em você.

-Maninha, agora que você já tem uma ômega, eu quero sobrinhos.

Rosé o olhou automaticamente e deu uma tapa em sua cabeça.

-Olá, temos um problema sério aqui!

Disse chamando a atenção dos dois, fiquei quieta por alguns segundos e me sentei.

-Você não vai beber pelos próximos 3 meses que ela continuar aqui, e se me desobedecer eu arranco todos os fios da sua cabeça com uma pinça.

Ela disse e saiu do escritório batendo na porta, mas antes de fechar vi que Jennie parou no corredor e acabou se assustando, me levantei e andei até a porta.

-Tenho um assunto a resolver, se quiser pode voltar a dormir.

Disse ao meu irmão, ele assentou com a cabeça entendendo o recado e dei passagem para que Jennie entrasse.

-Me desculpa por ontem.

-Desculpas não vão desfazer uma marca..

Ela sussurrou mais mesmo assim escutei, ela se sentou e fui para minha cadeira.

-Eu preciso te pedir uma coisa.

-Se tiver ao meu alcance.

-Poderia pelo menos mandar uma carta a minha tia pra dizer que estou bem?

Peguei um caderno e uma caneta em minha gaveta e empurrei na direção dela, quando ela ia segurar eu a olhei.

-Mas com uma condição, você vai escrever o que eu disser.

Vou gostar de ver até onde a calma dela vai, levantei-me sorrindo, fiquei em pé atrás da cadeira dela e a entreguei a caneta.

-Escreve aí.

"Querida tia Jun, me desculpe pela minha ausência de repente, eu estou bem, por incrível que pareça não foi o meu corpo que encontrou, Jina acabou me pregando uma peça e tive que pegar um ônibus, mas eu não sabia que ele iria pra tão longe. Eu encontrei uma pessoa que está me ajudando muito, não se preocupe, eu voltarei, eu acabei me aproximando e estamos em uma fase do relacionamento muito boa, eu te visito em breve, acalme o seu coração, com carinho, Jennie."

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Estava almoçando e senti o olhar de todos naquela mesa em mim e eu senti um pouco constrangida, larguei o talher fazendo um barulho alto que chamou  a atenção de todos, então logo voltaram a comer.

-Posso sentar-me aqui?

Escutei uma voz atrás de mim, olhei para Jennie e vi meu irmão pular para cadeira ao lado.

-Senta aqui.

Ele disse e ela deu um sorriso pra ele, ela se sentou ao meu lado e logo serviu o seu prato em silêncio.

-Caraca, nem pra ser uma temporária, Lala, essa aqui só sai quando você morrer.

Meu irmão disse olhando para o pescoço dela, respirei fundo e tomei um gole da minha água.

-Foi sem querer, ok? Chega desse assunto.

-Olha..

-Eu já disse já chega desse assunto!

Usei meu tom de voz alfa e vi todos naquela mesa abaixarem a cabeça, Jennie tampou os ouvidos e me olhou assustada, ela se retirou da mesa, e saiu dali correndo, sou líder deles, então seus lobos ficam quietinhos, mas eu não deveria ter feito isso com ela presente.

-Parabéns.

Rosé disse irônica e levantou da mesa saindo da sala de jantar, as outras pessoas que estavam ali presentes também fizeram o mesmo que ela, me levantei e tirei o pano da mesa fazendo toda louça cair no chão.

-Limpem isso.

Disse para as duas empregadas que estavam lá, sai da sala de jantar e peguei a chave do carro, eu preciso sair dali.

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Não bebi, apenas transei com várias garotas desconhecidas, eu estou solteira não tem mal algum.

-Onde você estava?

-Não é do seu interesse, você sabe onde está o meu quarto, já estou indo.

Disse para a garota, ela cumprimentou Rosé e subiu as escadas.

-Vai ser assim que as coisas vão ser, Lalisa?

Dei os ombros e subi as escadas, vi Jennie parada no meio do corredor conversando com a Minnie e elas devem estar se entendendo, Minnie olhou pra mim e cruzou os braços negando com a cabeça.

-Durma bem, Jen, se precisar de mim, eu durmo no quarto aqui do lado.

Ela disse e deixou um beijo na testa dela, Jennie me olhou mas sem nenhuma emoção e entrou dentro do seu quarto, ela usava um robe e um pijama que dava destaque a suas pernas, entrei em meu quarto e encarei a ruiva que havia trago comigo.

Ela já havia se despido, seus peitos eram médios, ela tinha quadris largos, ela engatinhou até a ponta da cama e me ajudou com minha calça, ela tinha um sorriso safado nos lábios, mas não era ela que eu queria.

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-Quando você vai aprender que seus problemas não podem ser resolvidos com uma transa de 2 horas?

Rosé disse, a encarei e soltei meu cabelo.

-Não me dê sermões, é minha forma de lidar com o luto.

-Você matou sua namorada.

-Ela me traiu e me roubou.

Rosé respirou fundo.

-Não é sobre isso que quero falar com você, as coisas mudaram, não pode mais agir assim, a partir do momento que marcamos alguém devemos o proteger, eu não me importo se você não a ama, a menos tenha respeito, você fez isso e você vai dar um jeito.

-Lali, eu ainda quero mais.

-Vai e manda ela embora, não estou pedindo, estou mandando.

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Continua..

X - Jenlisa ABO. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora