CAPÍTULO DOIS

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A VERDADE

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A VERDADE

Theodora não teve muito tempo para raciocinar; o adolescente, que agora parecia um cão, tentou mordê-la. Com força, ela o chutou no rosto e se levantou cambaleando, ignorando os vidros cravados em sua pele. As garras de Scott foram de encontro ao seu corpo, bem na altura das costelas, e a mulher grunhiu de dor.

Scott rosnou para ela, e quando se jogou em sua direção mais uma vez, Theodora fez o que era mais sensato... Correu.

A McCall correu para longe, e seu irmão seguiu logo atrás. Thea tinha sorte de não ser sedentária e ser uma boa corredora; aquilo lhe deu uma vantagem de segundos, mas quando chegou nos degraus da escada, Scott agarrou seu tornozelo com as garras, rasgando sua pele e sem pensar duas vezes chutou o garoto no rosto, de novo.

Ignorando a ardência em seu tornozelo e segurando o machucado nas costelas, continuou correndo escada acima e entrou em seu quarto, logo ouvindo Scott se chocar contra a porta. Thea trancou sua porta e então começou a empurrar sua cômoda na frente; pela forma como o móvel estremecia, sabia que Scott tinha uma força descomunal e conseguiria passar.

A mulher pensou em pegar sua arma, mas aquele era seu irmão e não podia correr o risco de matá-lo; fosse o que fosse acontecendo com Scott, aquilo não era ele.

Tentando pensar rápido, olhou por todo seu quarto e viu um taco de beisebol do seu tempo de escola; ela agarrou o taco e viu sua janela aberta. Parecia uma ideia insana, mas tentaria escapar pela floresta. Antes que pudesse pensar muito, a mulher saiu pela janela aberta e pousou em seu telhado.

Caminhando até a beirada, não se deixou pensar muito na altura dele, mas se arrependeu no momento que pulou e seus machucados doeram, liberando mais sangue. Foi quando um rosnado chamou sua atenção; olhando para o telhado, ela viu Scott com grandes olhos amarelos e engatinhando como se fosse um quadrúpede.

— Só pode estar brincando com a minha cara — Ela lamentou — nem fodendo que eu vou morrer pelas mãos do meu irmão.

Thea se colocou a correr novamente, e mesmo não sendo uma atitude inteligente, se embrenhou no meio das árvores da floresta. Correu como se sua vida dependesse disso, e dependia, ignorando qualquer dor em seu corpo.

Ao olhar para cima, viu a lua cheia brilhando em seu auge; ela podia ouvir Scott logo atrás. Foi quando um uivo alto se fez presente na floresta, e Thea congelou no lugar; o uivo fez seu corpo estremecer de medo.

Quando olhou para trás, Scott estava a um passo de pegá-la e então tomou um caminho diferente. Thea ofegava por conta da corrida; seu corpo todo tremia, fosse pela dor dos cortes, ou de frio, e até mesmo medo.

O que tinha acontecido? No que Scott tinha se transformado? Sua mente estava uma confusão, e Thea sempre foi uma pessoa racional.

— Você está sangrando.

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⏰ Last updated: Apr 11 ⏰

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