PRÓLOGO

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INÍCIO: O CORPO NA FLORESTA

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INÍCIO: O CORPO NA FLORESTA

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        O cheiro pútrido do cadáver se espalhou com o ar frio da noite. A metade do corpo estava jogada na lama com o pouco de suas vísceras espalhadas pelo caminho. 

— O corpo foi arrastado até aqui — Theodora constatou, com a mão coberta por uma luva ela afastou um pouco da folhagem e mostrou o rastro pela terra — Este não é o local da morte. 

A parte do corpo estava sem roupa. Theodora identificou o que parecia ser uma mordida na perna da vítima. Ela nem conseguia imaginar o horror que poderia ter sido para aquela pessoa. 

— Pelo estado do corpo, está no início de decomposição, deve ter morrido no máximo a 48 horas — o legista falou — Claramente uma mulher e aparentemente jovem. 

— A outra parte deve estar por aí — ela levantou, já que estava abaixada perto do corpo, e encarou o oficial que tinha acompanhado ela no caso — O que a matou também. 

— Um animal, detetive? — O policial perguntou ao caminhar ao lado dela em direção a viatura da polícia. 

— Talvez, mas não vamos descartar a hipótese de um assassino até que tenhamos a outra parte do corpo para investigar — Ela descartou a luva em saco plástico que tinha tirado de dentro da viatura — Devemos iniciar uma busca completa pela outra parte do corpo, avise ao Xerife Stilinski, termina de isolar essa área e chame todos que puderem, mande alertar as patrulhas da cidade mais próxima, vamos precisar de ajuda.

O policial concordou e se afastou para fazer seu dever. 

Theodora soltou um suspiro pesado, podendo respirar ar fresco sem o cheiro de podre. Seu olhar vagou da floresta densa e escura até o pedaço do corpo sendo colocado em um saco preto. 

Algo não parecia estar certo, seu coração estava apertado e um pressentimento ruim tomou conta do seu corpo. Nada assim tinha acontecido em Beacon Hills, nada desde que os Hale foram mortos em um incêndio. 

E ainda tinha o fato de que sua melhor amiga não atendia ao telefone a quatro dias. Laura tinha chegado há uma semana atrás em Beacon e faziam quatro dias que não retornava suas chamadas. Claro, era o habitual da Hale, ela sempre sumia, mas sua amiga estava estranha nos dias que se encontram.

 A  Mccall pegou seu celular no bolso e discou o número que conhecia desde sempre. 

Aqui é Laura Hale, no momento eu estou ocupada, se for importante deixe sua mensagem após o sinal...

Ei, Laura, é a Theodora. Faz dias que você não manda notícias, estou preocupada, me liga — a mulher desligou a chamada assim que deixou o recado eletrônico. 

Ela olha para tela do seu celular, encarando seu papel de parede — uma foto dela e de Laura vestidas de líderes de torcida fazendo careta para câmera, tinha sido o último jogo de basquete do último ano do ensino médio das duas — não conseguia afastar a sensação de que algo tinha acontecido com Laura.

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