Capítulo 37

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Oi, gente! Tou de volta!

Passei umas semanas triste, de luto. Mas aos poucos estou me refazendo e voltando à rotina. Mas não vou prometer frequência nesses capítulos finais.

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POV CAROL

Fui despertada pelo toque insistente do meu despertador. Abri os olhos e perdi uns segundos me localizando. Eu estava no quarto de Rosamaria. Ontem a noite depois que jantamos juntas, ela me convenceu a ficar.

Já estava meio que virando uma rotina. Fazia pouco mais de três meses que estávamos oficialmente namorando. Às vezes, eu dormia por aqui durante a semana.

Passei a mão no espaço vazio da cama. Isso era algo que também já tinha virado costume. Minha namorada sempre despertava primeiro do que eu. Quando estávamos aqui, ela acordava ainda mais cedo. Normalmente, eram os dias que tinha que ajudar Júlia a se arrumar e fazer o café para não chegarmos atrasadas.

Depois de tomar banho e me arrumar, fui em direção a sala. Enquanto passava pelo corredor, eu podia ouvir as vozes delas conversando. Ao me aproximar mais, consegui entender que elas estavam falando sobre mim.

- Então a tia Carol agora vai ser minha outra mamãe? - a garotinha perguntou confusa.

Vi que Rosa travou e demorou a se pronunciar, então resolvi tomar a frente, já entendendo do que se tratava aquilo. Me aproximei, tocando suavemente em seu ombro e a encarei como se pedindo permissão para responder. Ela apenas acenou afirmando.

- Eu vou ser o que cê quiser que eu seja. - falei e observei Rosa. Seus olhos logo se inundaram de lágrimas e eu a encarei, novamente, questionando silenciosamente se aquilo era o certo. Ela me deu um meio sorriso e isso me deu a certeza que eu poderia continuar minha fala. - Quero que cê se sinta confortável para me chamar e me tratar da forma que cê achar melhor. Cê não precisa resolver isso agora também. Fique tranquila e não pense muito sobre isso. Só deixe os dias dizerem pra você como cê se sente sobre mim. - completei fazendo um carinho em seus cabelos.

- Tá bom.

- Cê acha ruim, eu namorar a sua mãe? - eu perguntei um pouco preocupada.

- Não. Eu acho legal. A tia Nai também gosta de meninas. - ela disse simples. - E a mamãe parece mais feliz com a festa do pijama de vocês.

Eu olhei para Rosa e ela estava mais vermelha que um pimentão. A inocência no comentário de Juju havia nos pegado de surpresa. Mas não vou negar que eu tinha ficado feliz em saber que até a garotinha estava notando que sua mãe se encontrava mais alegre por minha causa.

Por conta daquela conversa acabamos saindo um pouco atrasadas de casa. Aguardei Rosa dentro do carro, na porta do colégio, enquanto ela deixava Juju em sua sala e depois fomos para o trabalho. Assim que estacionei, Rosa virou para mim e tirou seu cinto.

- Me desculpa por ter conversado com ela sem você estar presente como combinamos. - ela iniciou. - Mas ela acabou vendo a gente se beijando ontem e veio me perguntar sobre nós. Fiquei tão surpresa que nem deu tempo de te chamar.

- Não tem problema, amor. O mais importante é que deu tudo certo e ela aceitou bem. - eu respondi, enquanto também tirava meu cinto e virava para ela.

- É verdade. - ela retrucou e segurou minha mão. - Eu fiquei muito feliz pelo que tu falou para ela. Eu confesso que estava tão perdida que não saberia muito bem o que dizer. - ela revelou e eu fiz um carinho com meu polegar no dorso de sua mão. - Eu achei fofo a forma como tu disse aquilo.

- Eu fiquei com medo que cê não gostasse do que eu falei. Mas eu disse aquilo de coração. Eu quero muito que ela se sinta confortável com a nossa relação e quanto a mim, vou ficar feliz com qualquer que seja a forma que ela vai me chamar. Só me importo com a felicidade de vocês duas.

Those Eyes - Rosattaz Where stories live. Discover now