Capítulo 24

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Hellouu!

Quero dizer que vocês estão muito desconfiados. Só pra deixar claro: ele foi preso mesmo. Página virada.

Dito isso, mais capítulo pra vocês...

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POV ROSAMARIA

O dia não poderia ter começado melhor. Ter a notícia que já sabiam onde o Rafael estava e que ele seria preso me dava um grande alívio. Eu morria de medo dele pegar a Júlia e utilizá-la de moeda de troca. 

Quando eu ouvi Carol conversando com o investigador e falando sobre mim e minha pequena, fiquei sem entender. Por alguns segundos meu coração se comprimiu. Eu não tinha entendido nada sobre aquela conversa deles. Só com o esclarecimento dela que eu pude compreender o risco ainda maior que eu e minha filha tínhamos corrido.

Eu sempre fui uma pessoa orgulhosa, que gostava de resolver tudo. Me tornar independente era uma forma de mostrar para aqueles que me abandonaram o que eu consegui sem eles. O que eu consegui sozinha. O fato de Carol ter entrado em minha vida e começado a me ajudar, a princípio me incomodou. Até porque, em alguns momentos, ela tirava o controle que eu tinha sobre meus problemas. Ela resolvia sem o menor esforço situações que eram difíceis para mim e acabava ferindo o meu orgulho de pessoa que queria resolver tudo. Mas acho que já tínhamos ultrapassado essa fase. Eu já me conformava que ter ela em minha vida era ter apoio. Era ter ajuda. Era a mão que eu precisava e não tive há alguns anos. Eu até pude sentir a tensão dela ao me contar que pagou a dívida ao agiota. Acho que ela pensava que eu iria reclamar. Mas como eu podia? 

O abraço que dei nela foi carregado de gratidão. Nunca ninguém tinha feito tanto por mim e eu não iria reclamar disso. Pelo contrário, eu iria fazer de tudo para que ela soubesse o tanto que eu estava agradecida.

Caroline merecia o mundo. Não só pelo que tinha feito e vinha fazendo por nós. Olhar a forma, o carinho com que ela tratava minha filha me deixava derretida. Assistir elas brincando na piscina me fazia admirar ainda mais aquela mulher. Parecia que quanto mais dela eu conhecia, mais eu queria estar perto. 

Eu encarei a mais velha por diversas vezes naquela manhã. Eu tentava disfarçar, mas algumas vezes eu não conseguia. Ela me pegava no flagra e me deixava sem jeito. Porém, estava sendo um pouco difícil não olhar. Carol não aparentava a idade que tinha. Ela tinha um corpo invejável. Acho que essa era a primeira vez que eu reparava em uma silhueta feminina. 

Quando ela saiu da piscina, vindo em minha direção, eu não pude deixar de olhá-la. Eu me sentia até um pouco envergonhada perto dela. Tanto é que ela insistiu para que eu fosse dar um mergulho com elas e eu não quis por conta do meu corpo. Meu ex sempre me colocava para baixo, me apontando alguns defeitos e desde a gravidez que eu sentia que meu corpo não era mais o mesmo e aquilo me incomodava ao ponto de eu não querer ficar de biquíni.

O resto do dia foi incrível. Nós almoçamos em um clima divertido. Carol elogiou várias vezes o almoço que eu tinha preparado. Logo em seguida, acabamos comendo a sobremesa que eu tinha feito na sexta à noite e não tínhamos comido. 

Acabamos passando mais duas noites em sua casa. Durante esses dois dias, Carol levou Júlia para o trabalho com ela de manhã, enquanto eu dava um jeito na minha casa junto com Naiane. Eu não queria que minha filha visse o estrago que o pai dela tinha feito. Na hora do almoço, eu buscava minha pequena e deixava uma marmita para Gattaz. Eu sentia que era o mínimo que eu poderia fazer já que eu sabia que ela gostava muito da comida que eu fazia. 

Algumas semanas se passaram e a vida boa das férias tinha terminado. Júlia já tinha voltado às aulas e eu já havia começado a trabalhar com Carol e retornado a livraria. 

Those Eyes - Rosattaz Where stories live. Discover now