Ela tinha razão. Mas, eu não estava ficando louca, eu apenas não consegui. Olhei como as crianças estavam tão magras, a mãe precisava de dinheiro. Ela estava sozinha com as crianças, sem um par paterno.

A aparência da mulher estava pior do que das crianças naquele momento, ela estava magra e pálida. Passava na minha cabeça como ela conseguiu furtar a loja estando tão fraca.

— Vamos deixar isto pra lá — suspirei. — tenho clientes para atender.

Ela me deu um sorriso descontraído, enquanto eu me retirava de trás da bancada. Hoje o movimento estava fraco, não costumava ser assim.

Normalmente, está cafeteria estava tão lotada, que mais mesas tinham que ser postas. Mas, hoje não estava assim, estava tão vazio.

Cinco pessoas.

Um café tradicional era posto por mim na mesa de um dos clientes, um senhor de idade, com um sorriso meigo. Ele sempre me dava uma gorjeta, e também sempre conversámos sobre seus lindos netinhos.

Alguns dos clientes cochichavam coisas inaudíveis, as pessoas iam bastante lá para colocar o papo em dia. Se pudermos chamar assim.

— Você está ciente do que eles estão dizendo, Querida? — o senhorzinho Lewis questionou.

— Para ser verdadeira, não. — levei minha atenção até ele novamente. — Rumores são naturais aqui em Dumont.

As pessoas inventavam muitos boatos sobre Dumont, coisas absurdas, que eu particularmente não levo tanto a sério.

As pessoas chegaram em um nível absurdo sobre o ponto de vista em Dumont, chega a ser terrível tudo que dizem - Muitas pessoas alegam ter vários assassinos, estupradores, ladrões e diversas coisas terríveis.

Não acredito em rumores, antes de vim trabalhar nesta cafeteria, eu sabia destes boatos. Eu poderia muito bem achar outro lugar para trabalhar, para eu conseguir me manter;

Mas está cafeteria era a única, a única que me salvaria naquele momento em que eu estava aos prantos sem condições alguma.

Eu facilmente me perdi em meus pensamentos, isso era normal acontecer. Balancei minha cabeça para os lados, tentando me desfazer dos meus pensamentos.

Minha atenção rapidamente saiu do senhor Lewis, minha atenção agora na pessoa que adentrava ao café. Os cantos dos meus lábios se curvaram, um sorriso estampado em meu rosto.

O governador da cidade, que por um certo acaso, era meu querido avô. Particularmente, a única pessoa da minha família que ainda se importava com a minha importante existência.

Dei passos rápidos, mas reservados, para não ser deselegante para os clientes. Meus braços estavam nas costas, minhas mãos encostadas, uma na outra.

— Vovô?! - saltitei na frente do governador — O que deseja aqui?

Um sorriso se formou nos lábios do mais velho, o que fez com que o meu sorriso aumentasse. Era bom vê-lo.

Seus cabelos que antes estavam grisalhos, estavam tintado de preto, sua barba também estava feita. O cigarro sempre entre seus dedos.

— Vim apenas vê-la. — pressionou os lábios contra os lábios, tragando.

Meus braços se cruzaram, em total descrença. Meus olhos se semicerraram, negando com a cabeça.

— Não posso acreditar nisso, vovó. — bufei, decepcionada — O senhor não iria largar essa porcaria?

O mais velho não deixou de soltar uma risada baixa, negando com a cabeça. Até parecia que eu estava fazendo uma estúpida piada com isso. Eu não estava.

𝐒̶𝐓̶𝐀̶𝐋̶𝐊̶𝐄̶𝐑̶ ̶𝐍̶𝐈̶𝐆̶𝐇̶𝐓̶ Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum