Capítulo 23: Resgatando o favor

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Ele rangeu os dentes, obviamente não satisfeito com a direção que a conversa estava tomando.

"Você não sabe o que está me pedindo. Mesmo que eu soubesse, o que não estou dizendo que faço, o paradeiro de uma pessoa procurada não é uma informação que queira ser espalhada." Ele suspirou. "Eu gosto de você, Ruby, e nos considero amigos, mas você tem que entender que Draco é meu melhor amigo, meu irmão. Eu nunca o trairia ou faria algo intencionalmente para colocá-lo em perigo."

"Não estou pedindo que você revele a localização dele, só preciso que você dê a ele algo de mim." Hermione tirou os outros galeões de sua bolsa. "Daphne já tem um e este é meu. Os outros dois são para Draco e você."

Um olhar confuso cruzou seu rosto, fazendo-o olhar para ela. "Eu já vi isso antes... Como você os conseguiu?"

"Se você está se referindo aos que o exército de Dumbledore usou, Draco me contou sobre isso e eu copiei a ideia, com pequenas mudanças. Você tem que segurar o galeão em uma mão e pensar na pessoa ou pessoas a quem deseja transmitir uma mensagem. Depois que estiver quente na sua mão, você pensará na mensagem na sua cabeça e ela aparecerá na moeda da outra pessoa." Hermione respondeu, dando uma rápida olhada em seu relógio. Apenas meia hora até o trem sair; ela não tinha muito tempo para convencê-lo.

Os olhos de Theo voltaram para o galeão na mão dela. "E você quer que os mantenhamos em contato então?"

Ela acenou com a cabeça. "Sim."

Houve um pequeno momento de silêncio que tornou o batimento cardíaco de Hermione mais rápido. Ela precisava de Draco para pegar a moeda encantada de alguma forma. Essa era a única possibilidade de se comunicar com ele. Se Theo não a ajudasse, então toda a esperança de ajudá-lo fracassaria. "Por favor, Theo. Preciso manter contato com ele. Eu quero ajudá-lo", Hermione implorou desesperadamente.

Ele balançou a cabeça, uma careta triste no rosto. "Eu não acho que você possa ajudá-lo tanto agora."

"Talvez não tanto quanto eu gostaria, mas sei que ele não quer. E embora ele discorde, sempre há uma maneira de fazer a escolha certa."

Ele olhou para ela irritada, a surpresa estava escrita em seus olhos. "Ele te disse que não queria isso?"

Hermione hesitou. "...não diretamente, embora ele continuasse dizendo que nunca teve escolha e que não importaria o que ele quer na vida, já que seu caminho já está estabelecido, e que sua mãe –"

"Ele te falou sobre Narcissa?"

Ela acenou com a cabeça com cautela, sem saber o que dizer a ele exatamente para fazê-la ganhar sua confiança e quanto revelar da conversa entre Draco e ela. "Um pouquinho. Pelo menos sobre seus medos de perdê-la ou ser a razão pela qual ela morre."

Ela tinha certeza de que Draco não gostaria de saber que ela falava abertamente sobre sua mãe e seus medos, que ele havia admitido a ela com relutância e em segredo, mas algo tinha que mostrar a Theo que Draco confiava nela o suficiente para que ele seguisse seu exemplo.

O menino franziu as sobrancelhas. "Ele não fala sobre a mãe dele com ninguém, exceto comigo, e mesmo isso acontece raramente..." Ele balançou nervosamente para frente e para trás, indecisionando-se em sua postura corporal, antes de acenar com a cabeça cedendo. "Se acontecer de eu entrar em contato com ele, por qualquer motivo, eu poderia potencialmente soltar uma moeda encantada."

Ela sorriu felizmente. "Isso seria muito legal da sua parte, obrigado."

Theo voltou para sua bagagem e colocou o resto de suas camisas nas malas. Hermione queria se despedir e já estava caminhando em direção à porta, mas Theo falou novamente, fazendo-a parar.

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