09. The Terror

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Simon já percebeu que pela sua expressão, ela evitava tocar no assunto e depois de comentar sobre o codinome de James, ficou em silencio.

"Eu não tenho que falar nada com essa mulher." - pensou consigo mesmo.

Por mais que tivesse se segurando para não tocar mais no assunto, de fato ele tinha ficado curioso com o background de Sora, e como no meio da densa floresta do Canadá, dois homens foram capazes de estocar tantos armamentos. Isso ia além de um simples hobbie de colecionador, aquilo mais parecia um arsenal de quem estava pronto para a guerra.

Sora continuou a tomar a sopa, e como se tivesse esquecido do comentário, disse:

"James era um exímio atirador, o melhor sniper da sua unidade." - ela continuou.

"Posso dizer." - comentou baixinho.

"Ele faleceu por em uma missão em Damasco." - ela disse, seria, sem esboçar emoção.

O silenciou pairou novamente entre os dois, e apenas o crepitar da madeira era o único som dentro da cabana, e logo após, o piar de uma coruja do lado de fora. A moça levou seu prato até a pia e o lavou, juntamente com a colher e deixou no escorredor ao lado. Limpou as mãos em uma toalha, abriu o armário e tirou o kit de primeiros socorros de lá, foi até uma das sacolas que tinha trazido da cidade e foi organizando e repondo as gazes, curativos, e demais medicamentos e voltou-se ao Inglês.

"Preciso ver seus ferimentos."

Ele balançou a cabeça em concordância e tirou a blusa, ela se aproximou e deu uma olhada, seria um processo lento de cicatrização, elqncomecou a preparar a solução de limpeza e foi aplicando sobre cada ferimento. Cada encostada de algodão fazia Simon torcer a boca, mas aquela altura já estava bem melhor. Ela colocou novos curativos e ele colocou a blusa novamente.

Ela juntou as coisas, jogou as gazes no lixo e guardou o kit novamente no armário.

"Obrigado." - Ele murmurou.

Sora tentou sorrir e colocou-se no caminho do seu quarto.

Quando fechava a porta, se sentia a vontade de novo, ter a presença de um homem desconhecido ali a incomodava, mas no fundo ela tinha pena dele. O que quer que ele estivesse enfrentando, a preocupava, depois do incidente, ela achava que teria um pouco de paz. De repente, lhe veio um insight, ela deveria ir até a cova de novo, ter certeza de que encontraria aquele homem, ou o que tinha sobrado dele. Ela esperou que Simon entrasse em seu quarto, assim que o fez, depois de alguns minutos, ela com os olhos de coruja, foi sorrateiramente abrindo a porta, para ter certeza de que ele estava adormecido. Ele estava virado para o lado e imóvel como uma Rocha.

Enfim, ela novamente calçou as botas, colocou o poncho e o chapéu e pegou uma pistola e uma espingarda. Com cuidado para não fazer ruido, ela fechou a porta delicadamente. Assim que estava fora de casa, ela se deparou com a floresta negra, que de tempos em tempos era iluminada com a breve luz da lua, que era tampada pelas nuvens do céu. Ela foi até a garagem, onde estocava várias ferramentas e pegou uma pá e uma lanterna. Jogou a pá sobre os ombros e começou o seu caminho por dentro da floresta.

Wolf and RavenWhere stories live. Discover now