Five | Confessions

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Eu vou te levar de volta para a Igreja
Bem, faça suas confissões, querida, qual é a pior?❞

Chase Atlantic - Church

Tijuana, México 4 de maio, 2024

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Tijuana, México
4 de maio, 2024

Abri os olhos lentamente sentindo um feixe de luz sobre meu rosto, escapando pelas frestas da cortina entreaberta, notei que estava em um quarto que parecia carregar mistério, As paredes eram em uma cor cinza e tinham algumas placas de vidro de cidades como cidade do México e Los Angeles, ja cama era king size e tinha uma cabeceira de madeira junto de cobertores brancos a qual eu estava deitada em cima.

À esquerda, uma janela coberta por uma cortina de renda branca que estava entreaberta permitindo a entrada de raios de sol. Ao redor tinha uma TV de no máximo 60 polegadas e embaixo uma escrivaninha de carvalho onde tinham alguns livros espalhados.

Ainda meio desconcertada tentei me lembrar como tinha parado ali engoliu seco e olhei para baixo para ver se ainda estava vestida. Suspirei aliviada vendo que ainda estava usando o uniforme do colégio, com tudo o que aconteceu nem tive tempo de me trocar.

Tentei me levantar mas percebi que havia algo errado, senti uma frieza em meus pulsos e percebi que estava acorrentada à cama, ao perceber aquilo um desespero bateu tentei me soltar mas parecia que aqueles correntes só apertavam mais.

— Nem adianta tentar se soltar é um sistema telescópio — Ouvi o tom de voz rouca que me deixou ainda mais desesperada — Quanto mais você se mexe mais apertado fica.

Benjamín saiu das sombras com aquele sorriso de cantinho, o Martínez estava vestido com uma camisa branca social com os botões abertos exibindo seu peitoral magro. Meu coração bateu ao ver ele, meu peito subindo e descendo em um ritmo acelerado. O que ele vai fazer comigo?

— O que você quer de mim? — Minha voz trêmula mal conseguiu articular as palavras, uma mistura de medo e determinação transparecendo em meu tom.

Os olhos castanhos de Benjamín pareciam capturar cada uma das minhas expressões, me observando como se eu fosse uma maldita pressa. O brilho furtivo em seu olhar sinalizava um conhecimento oculto, alimentando ainda mais a minha angústia e o sentimento de vulnerabilidade.

Benjamín se aproximou de mim colocando uma mecha do meu cabelo para trás me fazendo tremer.

— Ángel Díaz, tão vulnerável na minha frente — Ele sussurrou em um tom rouco que me fazia tremer cada vez mais.

— O que você quer? — repeti tentando manter minha voz firme apesar dos tremores.

Benjamín apenas sorriu de maneira enigmática, como se estivesse amando aquilo. Seu olhar penetrante ainda saboreava aquele momento, como se estivesse decifrando cada pensamento que passava pela minha mente agitada.

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