05 TEATRO

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Da sacada de seu quarto, o mago assiste o funcionário que acendia um a um dos postes a óleo. Com a rua iluminada ele vestiu o casaco e chama Khoh para se esconder no bolso, avisando que investigariam que criatura maligna se escondia no teatro.

– Lembre-se que ninguém podem vê-lo ou teremos problemas. – advertiu o mago.

– Sim mestre... – disse o pobre fada desmotivado. Refletindo que os humanos deveriam resolver esse caso sozinhos. Era justo que eles apenas aproveitassem a cidade.

O mago conferiu o horário no panfleto e seguiu para o teatro. Logo na rua percebeu que não seria fácil fazer a investigação, pois havia muitas pessoas entrando no teatro. Mas seguiu comprando sua entrada.

Atrás de si percebeu energia negativa e virando-se não viu mais nada. Depois de pegar o ticket começou a analisar todos aqueles nobres elegantemente vestidos. Foi ficando cercado de pessoas até que percebeu a presença de vampiros entre os nobres. Assim que localizou o primeiro, começou a notar outros e outros – O salão está cheio deles... – pensou espantado.

Imediatamente tentou sair dali, pois o cheiro de Khoh e também de seu sangue magico poderiam ser facilmente notados pelos sanguessugas.

Contudo, era tarde demais, e um deles se aproxima amigavelmente. Até comenta a raridade de encontrar magos ali. O mago se prepara para a comoção, mas observando em volta nenhum humano se importou com as palavras dele. Pareciam cegos e surdos, o que era muito estranho.

– Não precisa se preocupar... Estão todos em transe... Hum... Parece que não é um mágico qualquer, vejo que possui um espécime fada... – e estica mão em direção ao bolso do mago. Mas ele desvia a mão do vampiro, encarando-o e já observado outros dois vampiros vindo pelas suas costas.

– Não precisa ser tão desconfiado... Meu senhor costuma recrutar mágicos. Venha, me siga vou leva-lo até ele. – Sem escolha, cercado por inocentes humanos e escoltado por dois sanguessugas em suas costas ele é obrigado a seguir. Fora do teatro uma carruagem está pronta para levá-los.

Enquanto os cavalos correm, a rápidos galopes, o vampiro tenta manter uma conversa amigável, perguntando o nome e o que ele faz ali. Ao que o mago responde secamente – Lucas. Só estou de passagem. –

– Não vai se arrepender da estadia! Hahaha! – com essa risada a conversar se encerra e chegam à mansão.

Um belo casarão com um jardim adornado por rosas, livre de qualquer suspeita. Lucas segue pelo caminho com ar de superioridade, mas observando cada centímetro dos arredores.

Aporta é aberta por uma mocinha muito bem vestida com trajes de empregada. No primeiro passo para dentro ele vê mais três jovens empregadas. Entre elas Luiza, mas ela nem parece reconhecê-lo.

O vampiro nota o interesse dele naquela mulher e a chama pelo nome – Luiza, venha aqui. Conhece esse homem? –

– Sim mestre. – ela responde sendo abraçada e acariciada pelo vampiro.

– Então vá lá Luiza, agrade nosso convidado. – ela concorda e se aproxima de Lucas parando alguns centímetros na frente dele.

– Ela está sobre hipnose, pode pedir o que quiser. Um abraço, um beijo... Ela oferecerá até mesmo o pescoço se lhe pedirem. Vamos fique à-vontade senhor Lucas. – um sorriso malicioso e olhos curiosos fulminavam o mago que se decidiu rapidamente, falando friamente – Qualquer coisa... Então já sei... – e cochichou no ouvido dela, depois afastou o rosto perguntando se ela entendera, ela respondeu que sim com aqueles olhos mortos e lhe deu um beijo na bochecha.

O vampiro ficou desconfiado e perguntou o que ele tinha pedido – Um beijo, não viu? –

Obvio que a reposta não foi suficiente, mas o mago seguiu pelo salão indo à frente de forma mais descontraída – Vamos quero conhecer o arquiteto dessa cidade, onde criaturas como nós podem andar livremente. –

–Sim, por aqui. – e o vampiro o guiou para o primeiro andar.

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Era Um MagoWhere stories live. Discover now