capítulo 47

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Clara

Ainda não contamos a ninguém sobre o casamento, Helena achou melhor esperar mais um pouco até meu tratamento acabar por completo, ela conhecia bem as mães que tínhamos.

- Amor tem certeza que prefere deixar em segredo?- estávamos deitadas na nossa cama.

-Sim linda. Se bem conheço nossas mães, elas vão querer fazer o casamento amanhã mesmo – falou sorrindo. – E quero esperar acabar seu tratamento, quero viajar com você, um tempo sozinhas, o que acha? – me puxou pro seu peito e acariciou meu cabelos.

-Eu adoraria, mas Amélia ainda é tão pequena pra deixarmos ela sozinha.

-Ela não ficará sozinha, tenho certeza que Cora e minha mãe, entraram em guerra pra ver quem vai cuidar das crianças. – rimos e tive que concordar.

-Tem razão. Além do mais tenho mais quatro meses de fisioterapia, até lá Amélia já terá feito um ano, acho que não haverá problema ficarmos uma semana fora.

Ela suspirou e beijou o topo da minha cabeça. -Eu estou tão feliz amor. – me virei pra olhar nos seus olhos. – Você é a mulher da minha vida!

-Eu também Te amo senhora Weinberg Albuquerque, - me beijou com carinho,

-Gostei do sobrenome.

-Pois acostumasse com ele senhora Weinberg Albuquerque.
Ficamos mais um pouco deitadas entre beijos e trocas de carinhos, Amélia logo tratou de nos tirar da cama.

Desci para cozinha,depois de fazer Amélia dormir de novo, e quando cheguei os meninos e minha mãe estavam tomando café.

-Bom dia! – Beijei meus filhos e sorri para minha mãe.

-Pensei que não fossem mais sair daquela cama. – Minha mãe soltou.

Helena entrou na cozinha nessa hora já arrumada pra ir ao trabalho.

-Bom dia a todos! – pegou uma caneca de chocolate e sentou a mesa.

-Mamãe porque você e a Helena não saem da cama?-Roland perguntou olhando pra nós duas.

Helena me olhou confusa e eu desviei meu olhar direto pra dona Cora.

-Obrigada mamãe! – falei entre dentes. – Querido, nós só estamos cansadas, sua irma acorda muitas vezes a noite.

-Então aqueles gritos eram de Amélia? – Roland perguntou pra mim.

Olhei para Helena na mesma hora, com os olhos arregalados.

-Que grito campeão? – Helena vendo minha reação, resolveu se pronunciar.

-No começo achei que era a voz da mamãe, fiquei assustado, achei que tivessem brigando. – falou olhando para Helena.

-Ei querido,suas mães não estavam brigando,elas estavam...-minha mãe tentava arrumar uma saída.

-Jogando video game! – falou Rafa. – Lembra como a gente grita e briga,quando jogamos vídeo game,então mamãe e Helena só estavam jogando também.

Abaixei a cabeça constrangida, não acredito que meu filho de 13 anos me tirou dessa furada. Helena ria disfarçadamente.

-Posso jogar com vocês essa noite?! – falou meu filho inocentemente.

Respirei fundo, e deu um chute em Helena por debaixo da mesa, ela não parava de dar risadinhas.

-Querido... – minha mãe me cortou nessa hora.

-Quem quer sorvete? – falou dona Cora se levantando da mesa.

-Eu!-Roland logo levantou e deu a mão pra avó.

-Rafael, querido vamos? – dei um sorriso cúmplice pra minha mãe e ela somente piscou pra mim.

Assim que os três saíram Helena caiu na gargalhada.

-Não tem graça Helena! – olhei de cara feia pra ela. -Meu filho,me escutou transando,tem coisa mais constrangedora que isso?!

Ela ainda ria.

Desculpa amor, acho que fiquei tão nervosa que deu ataque de riso. Eu falei para senhora se controlar ontem à noite. – chegou perto de mim e me deu um selinho.

-Não acredito que foi Rafael que nos tirou dessa. Será que ele também ouviu? -já estava envergonhada demais.

-Calma Clara, vamos tomar mais cuidado agora, ok?

Minha mãe entrou na cozinha, olhou para nós duas e falou.

-Esqueci a carteira. E vocês duas, sejam mais silenciosas, por favor, tive que colocar fones de ouvido para dormir. – Deu uma bronca na gente e saiu da cozinha sem dizer mais nada.

Eu abaixei a cabeça e Helena riu de novo.

-Helena para! A culpa é sua! – falei empurrando ela.

-A culpa é minha? Você geme alto pra casa toda escutar e eu que sou a culpada?! – disse se fingindo de ofendida.

-Sua idiota! – disse rindo, - Sua sorte, é que não pretendo parar de fazer sexo, só vamos fazer algo mais silencioso agora.

- Melhor ainda, adoro você gemendo baixinho no meu ouvido.-falou surrando baixo pra mim.

Ela beijou meu pescoço e sua mão foi levantando aos poucos minha blusa.
Helen... Aqui não... – disse gemendo

-As crianças saíram com a sua mãe, não tem ninguém aqui.-Assim que minha futura esposa se pronunciou, escutamos o chorar da nossa caçula. Helena riu no meu pescoço.

-Como sempre falo timing perfeito! – falou Helena e levantei rindo.

- Vou lá dar o café da manhã pra sua filha! – disse apontando para o meus seios. – Bom trabalho querida! – Emma sorriu e me puxou para um beijo, saindo logo em seguida para seu escritório.

Tudo estava caminhando muito bem, minha vida com Helena estava cada dia melhor, e eu cada dia mais apaixonada, pela mãe e mulher incrível que ela era.

Dois meses haviam se passado, e meu tratamento estava quase no fim. Minha mãe continuava em nossa casa, ajudando com as crianças, nunca vi dona Cora , a grande médica requisita,ficar tanto longe da sua clínica. Zelena voltou para Londres duas semanas depois que veio para Storybrooke,mas prometeu voltar logo, voltaria mesmo porque nos casaríamos daqui a dois meses,só que ninguém sabia ainda. Eu como estava com o tempo livre,estava acertando tudo para a cerimônia e pequena festa que famos fazer. No fundo até gostei de não contarmos a ninguém,porque só assim podia planejar meu casamento do jeito que eu queria. Se nossas mães soubessem,iam tomar conta de tudo e a última coisa que famos fazer era dar algum palpite.

sol e Lu voltaram para Boston no mês passado, com o fim das férias, e com a minha licença Lumiar que era a vice-presidente, não poderia se ausentar por muito tempo. Robert passou a confiar no seu trabalho, e eu estava muito orgulhosa de como a minha amiga estava administrando com brilhantismo meu escritório. Não via a hora de voltar a trabalhar, sentia falta, adoro ficar com meus filhos, mas sou uma mulher de ação e não uma dona de casa. Esse papel, realmente não combinava muito comigo. Aproveitei o Máximo esse tempo de repouso para cuidar da minha família, me dedicar 100% a eles.

Concordei com Helena que voltaria para o trabalho logo após a lua de mel, por falar nisso, decidimos pelo Brasil também, Helena ficou maravilhada com as coisas que sol contou sobre o país, eu já conhecia o Rio de Janeiro, mas dessa vez iria adorar mais ainda, pois iria com a minha esposa.

Semana que vem era aniversário da Helena, e queria fazer uma surpresa pra ela.

“-Alô Sol! Sou eu clara.

-Até que enfim lembrou das amigas hein... O que houve que você e Helena andam tão afastadas e misteriosas?-perguntou a curiosa da sol,estávamos ocupadas com os preparos do casamento, mas elas não sabiam ainda.

Para de bobeira sol, - falei revirando os olhos. -Logo vocês saberão, e vão entender nosso mistério,

Humm-sol resmungou

-Liguei pra pedir um favor a você! Semana que vem é aniversário de Helena e queria fazer uma surpresa pra ela.

- Queria tanto pode ir até ai ficar com ela nesse dia... Mas me diga o que preciso fazer?”

A semana passou voando e hoje era aniversário de 29 anos da minha mulher.

-Bom dia amor... – acordei Helena distribuindo vários beijinhos no seu pescoço. -Acho que alguém está ficando mais velha hoje...

-Só mais cinco minutos. – falou sonolenta.

Roland entrou no nosso quarto correndo e se jogou em cima da Helena.

-Parabéns Lena! – falou pulando em cima da cama.

Ri com o entusiasmo dele. Helena se sentou na cama e puxou Roland pro seu colo.

-Obrigada campeão! – Distribuiu beijos pelo rosto dele. -Que papel é esse aqui hein?

-É o meu presente. – falou sacudindo o papel.

-E posso ver meu lindo presente?

Roland entregou o papel a Helena,e depois de alguns segundos ela olhou pra mim com lágrimas nos olhos.

-Nossa campeão,é lindo!

-É a nossa familia Helena! – falou mostrando quem era cada um no desenho. – Essa aqui baixinha é minha mamãe Clara, esse cabeçudo é o Rafael, e o bebê gordo é Amélia. – Eu e Helena rimos.-E essa de cabelo preto aqui é você Helena. – Ela olhou para desenho e se emocionou de novo, e me deixou confusa.

-Mamãe Helena. – repetiu com a voz chorosa, lendo o que estava escrito em cima do seu desenho. Ela agarrou Roland e apertou nos seus braços.

-Você quer ser minha mamãe também Helena? Como você é de Amélia-meu filho estava envergonhado.

No olhamos com os olhos marejados, e ela me encarou como se me pedisse permissão. Fiz um sinal que sim com a cabeça e sorri passando confiança a ela.

-É claro que quero ser sua mamãe também Roland. Vocês três são meus filhos, sabe campeã o ,vocês podem não ter saído daqui-disse apontando para a sua barriga.-Mas com certeza são meus filhos, sabe por quê?-ele balançou a cabeça que não. – Porque eu amo muito vocês, e estão guardados em lugar muito precioso, aqui no meu coração, e tudo que eu puder farei por vocês.

Roland puxou o rosto de Helena, e beijou sua bochecha.

-Vem aqui mamãe. -Me chamou e me sentei ao lado deles. -Não chora...-disse enxugando minhas lágrimas e a de Helena.-Eu amo vocês.- Abraçou a nós duas com seus pequenos braços. E sorrimos uma para outra.

Helena ltomou café com a gente e depois saiu para o trabalho, as crianças foram para a escola e minha mãe foi resolver alguma coisa no hospital de Storybrooke,o que eu estava achando muito estranho,ela passava muito tempo por lá agora.
Minha encomenda chegou, sol mandou exatamente o que eu pedi. Parte 2 do plano, roubar Helena para um almoço comigo.

- Ei amor! – falei entrando no seu escritório.

Ela abriu um grande sorriso.

- Entra linda. – se levantou e me deu um beijo.

- Vim roubar você pra almoçar comigo, o que acha?

-Depende, se a senhora Simpson não se importar? -falou olhando para a senhora sentada na mesa ao lado.

Senhora Baley Simpson era a nova secretária da minha mulher, fiz questão de contratá-la pessoalmente, e mais questão ainda que fosse uma senhora de cinquenta e nove anos, nada atraente. Brincadeiras a parte, ela era uma senhora adorável, amiga da mãe da Helena, que indicou a vaga. Ela acabou de voltar para cidade, com o marido e os filhos, e tinha todas as qualidades para o cargo. Ela foi secretária de vários escritórios de advocacia em Boston, resolveu se aposentar e voltar para a cidade,depois que seu marido teve um enfarte.Experiência de sobra ela tinha,e como sempre trabalhou e não queria ficar sem fazer nada,logo aceitou a vaga.

-Vai tranquila querida, termino tudo e fecho aqui. -disse sorrindo.

-Obrigada Baley. -helena falou pegando sua bolsa.

-Tchau senhora Simpson! – falei saindo.

Helena entrou na parte do motorista e fiz ela descer.

- Nem pensar querida, hoje eu dirijo. Ela revirou os olhos e saiu da direção.

- E então para onde vamos? – falou curiosa.

-Calma mulher! – falei rindo. – Você vai adorar tenho certeza. – Ela sorriu e suspirou ansiosa.

Já estava tudo pronto, com a ajuda de David e Mary, arrumamos um chalé antigo da família Weinberg que ficava perto da praia, o lugar era lindo, afastado da cidade, e meus cunhados me ajudaram com a limpeza e arrumação.

Helena logo reconheceu o caminho, levantou as sobrancelhas

-O chalé da minha família? – perguntou espantada. – Como sabia dele?

- Um passarinho me contou... – falei rindo.

-Imagino que esse passarinho, seja loiro de olhos azuis.

-Para de ser chata, seu irmão só quis me ajudar com a surpresa. Estamos chegando.

Mais dez minutos e estacionamos em frente ao chalé, que já estava com outra cara por fora. Entrei primeiro, e fechei os olhos de Helena.

-Vem cuidado com o degrau. -puxel ela devagar pela mão até a sala.- Pronto, pode olhar.-Ela arregalou os olhos.

-Nossa clara, está lindo! – disse olhando para interior do chalé e para a mesa arrumada com o ar muito romântico. Aquilo só podia ter sido obra de Mary.

- Ficou perfeito! – falei admirando.

- Você não tinha visto também?

-Não, deixei tudo na mão do seu irmão e da Mary, e eles não me decepcionaram. – Ela me puxou para seu colo e me beijou. – Calma, ainda temos um almoço, já que a sobremesa senhorita Weinberg? – falei andando até a mesa.

- Então terá uma sobremesa também... Estou gostando muito dessa surpresa.

-Pois então se prepare porque o dia será nosso. – Afastei a cadeira pra ela sentar.

-E as crianças?

-Não se preocupe, mamãe e Ingrid ficarão com eles.-me aproximei mais do seu ouvido e falei, - Até porque minha mãe falou que temos que parar de traumatizar nossos filhos, com meus gemidos.- Helena riu. – Aqui posso extravasar ... – falei beijando sua nuca.

- Helena... Será que podemos pular o almoço? – disse manhosa.

Afastei-me e peguei a bandeja fechada com a nossa refeição. Helena tentou espiar e dei um tapa na sua mão.

-Ainda não curiosa.-servi uma taça de vinho para cada uma e me sentei a sua frente. Helena estava com os olhos brilhando. E ficou mais ainda

Quando destampei a bandeja.
-Não acredito clara! – falou olhando para a caixa pizza. Era da pizzaria que ela me levou pra comer no nosso primeiro encontro, é a tal melhor pizza do mundo. – Como você conseguiu?

-sol enviou pra mim. – falei piscando pra ela.

- A melhor pizza do mundo. – Ela falou abrindo a embalagem e aspirando o cheirinho da pizza. – Não acredito que você lembrou desse detalhe.

-Eu me lembro de tudo que se refere a você, meu amor!-Passei a mão por cima da mesa e segurei a dela.-Gostou?

-Muito! Você é incrível.

-Feliz aniversário Helena!

Toda Poderosa/A esposa do meu Chefe. -Clarena ADAPWhere stories live. Discover now